Capítulo Dois

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O dia no trabalho hoje foi exaustivo, mas foi bom por que a distração veio em peso. Estou em casa deitada e muito brava ainda, na verdade, não sei se deveria estar mesmo brava com o que houve. Eu não sou uma pessoa de muita temperança, mas acredito que aquele Junyor também não era, não posso julgar muito, por que não sei nada a respeito dele. Mas que ele parece se alterar fácil, isso eu sei, e como sei disso? Ah, eu simplesmente sei.
Resolvo ir tomar meu banho, vou lavar os cabelos hoje, estou sentindo que eles estão ressecados, eu gosto deles, são castanhos e ondulados, isso! Vou lavar os cabelos, mais uma distração do dia, visto meu pijama e vou ver o que comer, estou tentada a pedir um lanche, algo diferente, se bem que quase todos os dias eu como algo diferente, preciso mudar isso, não parece saudável. Mas quem liga pra isso? Um dia a mais não faz diferença, né? Qual é o número da lanchonete mesmo?
Assim que minha comida chega, junto com meu suco, não sei por que pedi o suco, se podia pedir refrigerante, agora já foi, deito na minha cama, e vou ver um filme. O que estou fazendo da minha vida? Era para estar estudando. (Risos).

O lanche e o filme se foram tão depressa, gente que horas são? A faculdade!

- Vamos lá mundo!
***

No caminho, lembro da pequena "discussão" que tive com o professor, bem provável que eu teria que me explicar, mas não tenho tanta certeza, se ele irá querer saber da minha vida pessoal. Posso ficar um pouco mais despreocupada né?

Chego na sala e abro meu caderno, o professor chega logo em segunda e me lança um olhar tão penetrante, que podia sentir perfurando meu ser, eu o encaro também, com a mesma intensidade, não sei bem o que quero com isso, talvez eu esteja um pouco encrencada. Pelo menos o restante da aula ocorreu normalmente, vai ver não estou tão encrencada assim.

- A aula está encerrada, todos podem se retirar, exceto a senhorita Spencer. Ele ainda estava de frente para o quadro, com o caneta na mão, escrevendo os recados. Depois de alguns segundos, se virou para a sala, mas não olhou para mim. - Na minha sala daqui dez minutos! Ele diz e vai embora.
Eu fiquei ali mesmo sentada, pensando não sei bem no que.

- Oi! Sou o Lincoln. Alguém diz.
Levanto a cabeça e olho para ele, eu sabia que seu nome era Lincoln, um dos garotos mais inteligentes da sala, alto e pálido, dos cabelos castanhos e olhos claros, bonito.

- Oi, e eu sou a Spencer. - Digo o óbvio. Eu sei que seu nome é Lincoln, estudo com você a quatro anos.

- Isso mesmo! - Diz ainda animado.

- Tudo bem, é melhor eu ir andando, por que a "fera" está atacada, e a "bela" vai acalma-la. - Soou mais irônica do que eu queria.

- Espero que saia dessa. - Ele diz como se eu estivesse prestes, a entrar em uma sala de tortura da ditadura militar.

Caminho até a sala do professor Junyor e espero do lado de fora, quando olho no relógio reparo que passou um minuto, então respiro fundo e bato uma, duas vezes.

- Entra! Ouço sua voz e meu corpo fica tenso. - Credo, o que há comigo? Empurro a porta e adentro, caminho até ele e não sei bem como me portar, então permaneço paralisada a sua frente.

- Está atrasada! - Ele diz arrumando os papéis em cima da mesa, como algum tipo de distração, enquanto me dava um sermão, por eu estar atrasada UM minuto.

- Um minuto! - Não consigo evitar, então solto no mesmo tom.

Ele tira os óculos e olha para mim, com a pouca luz que emanava na sala, ainda assim podia ver o seu rosto e os seus olhos azuis, como um oceano revolto, não sei, mas há algo naqueles olhos, que me chamam a atenção.

- Não podia ter me desafiado daquela maneira, na minha sala e na frente dos meus alunos, você me desrespeitou Spencer. - Me chamou pelo primeiro nome, isso quer dizer que está tudo bem, ou que estou ainda mais ferrada? - Quem você pensa que é? - Ouço sua voz soar rouca e baixa.

- Sou um pessoa que só quer terminar o curso, se formar na área, e seguir sua vida sem encrencas com seu mais novo professor. - Tento ser o mais simpática possível, e olhe dou um sorriso amigável. Deu certo? Deu certo!
Ele permanece em silêncio, por alguns segundos, mas logo solta.

- Não é momento para graça Spencer, não gostei da maneira como gritou comigo, você tirou todo o meu respeito, fez isso na frente dos meus alunos, saiu daquela forma. - Ele se altera um pouco. - Sabe o que provou com isso? - Penso em responder, mas ele faz isso por mim. - Que por mais que tenha gritado, e dado um show, não pode e não vai passar por cima de mim, e achar que qualquer um ali dentro, também possa. Eu não gosto que me desafiem, mas acho que você já entendeu a lição, que isso não se repita, caso contrário, tomarei outras medidas. - Não acredito que esse homem me disse tudo isso, e a parte que ele toma conta da minha vida? Não é relevante? Eu não admito.

- E você acha que eu gosto da maneira como ficou me interrogando? Pergunto

- Não, imagino que não. Ah, me chame de professor e não de você! Ele fala ainda mais rude

- Tudo bem... Professor! Falei e dei ênfase na última palavra

- Você brinca muito Spence, se prejudicará por causa disso. Ele disse, mas quem ele pensava que ele era? Meu pai? De novo não!

- E o sr professor, cuida muito da minha vida, qual é, pra que ser tão rude e orgulhoso? Pergunto mal percebendo as minhas palavras.

- Eu não devo satisfação da minha vida a você aluna, sou rude, orgulhoso chato, estúpido e ninguém vai me mudar! Ele gritou - Agora saia da minha sala!
Eu queria falar um monte para ele, mas aguentei firme e lhe dei as costas, quando sai bati a porta.

Esse professor tá de tiração né não? Kkkkkkk votem e comentem ook. Bjos galera 😘😘
Amo vcs lindãos ✌❤❤

Ps: Junyor na mídia!!

Preciso de você {Livro 1} Em revisão Where stories live. Discover now