Trust no one, é confiar numa ruiva relaxada e num cara que parece um texugo.

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" – Shhh dude, está tudo bem...". – Sussurrou. – "Nós desculpamos-te, então, nos desculpe também... Nós nunca pensamos que isso tivesse acontecido".

Olhei ligeiramente para Wendy que me sorriu docemente e colocou a mão no meu joelho, impedindo-me de segurar as lágrimas.

Então, fiz algo que eu não tinha feito há muito tempo – Desabafei.

Gritei; gritei muito. Chorei e berrei sobre ter sido expulso de casa, por ter sido obrigado a me afastar da minha irmã, por não ter ninguém que me aceita-se.

Para mim, passaram-se, no máximo, dois minutos, mas estava ali há quinze. Eu decidi deitar tudo para fora, por não aguentar mais a pressão sobre os meus ombros e o tamanho do peso que carregava constantemente no meu peito.

Então, eu respirava fundo. Até Wendy já estava abraçada a mim e eu tentava acalmar-me novamente.

" – Bem... Desabafar, às vezes, sabe bem... Certo?". – Murmurou Wendy com um sorriso ligeiro e retirando o resto de lágrimas dos meus olhos. – "E que conversa é essa de não ter ninguém que te aceite? Então eu, o Soos e a Mabel somos o quê? Aliens?!". – Disse, em tom de ironia e brincadeira, fazendo-me dar uma gargalhada baixa, ainda a fungar.

Eu odiava chorar. Sentia-me fraco e um completo idiota.

Mas, quando se é expulso de casa devido à sua sexualidade pelo vosso pai com ataques de fúria descontrolados, separado da irmã à força, acolhido pelo vosso maior inimigo e culpado dos vossos pesadelos e parte da vossa insanidade, onde estão lá os vossos amigos que não vêm à longa data, acho que é aceitável.

" – Por falar nisso...". – Voltei a falar, com a voz rouca de tanto ter gritado. Esfreguei o olho direito, com um certo tom de curiosidade. – "Como vocês vieram parar aqui...?"

Wendy e Soos entreolharam-se.

" – Ahm... O Cipher deixa-nos dizer sobre o que se trata esta mansão?". – Perguntou Wendy, com um certo receio na voz.

" – Não faço ideia, dude... Mas vale a pena o risco, não?". – Contrapôs Soos, encolhendo os ombros. – "Além disso, se não pudesse-mos, tenho a certeza que ele tinha criado alguns braços mecanizados que calariam as nossas bocas ou ia fazê-las desaparecerem.

Não pude deixar de gargalhar um pouco.

" – Ouve, Dipper...". – Começou Wendy, levemente desconfiada e a olhar para os lados, como se tudo e todos pudessem ser seus inimigos. Não a via assim desde o episódio de Weirdmaggedon, onde Gravity Falls foi o palco para um apocalipse. – "Esta mansão... Ela tem um propósito".

Fiquei sério, percebendo que se ia tratar de algo importante. Não retirei os meus olhos de Wendy, enquanto ela explicava.

" – O Cipher, por algum motivo, voltou à vida... E acho que tem a haver com algum Deus superior de alguma dimensão, sei lá. Tudo o que sabemos é que esta mansão não é normal, acredita, vais ver as coisas mais macabras e aterrorizantes aqui... Mas!". – Ela falou tudo num tom sério, mas, na última palavra, fez um ênfase alegre. – "Em parte, isso não é mau".

" – Ah... Hello? Como é que não é mau?!". – Protestei, estupefacto. – "Acabamos de ser "adotados" pelo maior inimigo das galáxias e arredores e ele pode torturar-nos de mais de 3456 formas diferentes!!". - Disse, deixando um ênfase na frase destacada e fazendo aspas no ar.

Soos olhou para Wendy, com um sorriso. Wendy olhou-o de volta.

" – Dipper... E se eu te disse-se que o Bill tem de fazer, obrigatoriamente, boas ações?". – Supôs o rapaz ao lado de Wendy, deixando-me paralisado.

My little, sweet and loyal EmployeeOnde as histórias ganham vida. Descobre agora