Cap 78- Festa PT.1

4.4K 292 34
                                    

Karla: Quando eu tinha por volta dos meus 10 anos, meus pais se divorciaram, pois minha mãe passava tempo de mais trabalhando como modelo e isso acabava deixando ela muito alterada, e isso irritava meu pai. Quando eles se divorciaram, minha mãe ficou muito mal, pois ela ainda amava muito ele. Bom, anos se passaram e minha mãe foi conseguindo reconquistar meu pai, até que um dia, meu pai chegou aqui em casa com um buque de flores e uma caixinha preta, e perguntou onde minha mãe estava. Eu não havia visto o buque nem a caixinha, pois eu estava conversando com umas amigas falando sobre qual roupa iríamos usar para ir a escola outro dia, e então eu falei que ela estava no quarto. Ele foi até lá, e depois eu só ouvi os gritos. Subi correndo e vi que minha mãe estava na cama, com o fotógrafo dela, e obviamente, meu pai viu também. Depois desse dia, meu pai voltou pra França, nunca mais falou com minha mãe, nunca respondeu às mensagens nem as ligações...
Anna: Tá, mas por que sua mãe te trata assim?
Karla: Minha mãe ficou muito mal, muito mal mesmo. Foi então, que em um dia, ela estava chorando muito, e eu fui tentar fazer ela parar de chorar, mas aí ela explodiu, e começou a dizer a culpa era toda minha, que eu não devia ter falado pro meu pai onde ela estava, e que eu não queria que eles voltassem. Eu fiquei revoltada e comecei a falar também, até a hora que sem querer, acabei chamado eu de... puta. Depois desse dia, a única coisa que ela faz é me tratar mal.
Matt: O que ela faz com você?
Karla: Me obriga a passar as roupas dela, limpar o quarto dela, lavar as roupas dela, a fazer a comida dela, resumindo, ela me obriga a ser a escrava dela.
Matt: E se você não faz o que ela manda?- Karla abaixa a cabeça.
Karla: Me deixa sem almoço e sem janta por quantos dias ela decidir, tira minhas coisas favoritas, me tranca no armário de limpeza por horas, mesmo sabendo que eu tenho claustrofobia, e as vezes... ela me bate.- Olho pra Matt e ele me olha.
Matt: Cara, como você ainda não denunciou essa mulher pra polícia?
Karla: Querendo ou não, ela é minha mãe.
Anna: Mas cara, se ela te trata tão mal, você tem que denunciar.
Karla: Eu já tentei, mas ela me pegou e quase quebrou minha mão... literalmente. Sem falar que eu precisaria de provas, tipo vídeos ou fotos.
Anna: Ok, a gente continua falando dela depois, mas e sobre o quarteto satânico?
Karla: Sabrina, Flavia, Maria e Lindsay?
Matt: É.
Karla: Bom, vamos dizer que eu era bem ruim e maltratava elas pra caralho. Depois que você chegou e me enfrentou na frente da escola toda, alguma coisa aconteceu que elas se revoltaram e decidiram roubar minhas "amigas", minha popularidade e minha paz.
Anna: Ata, bom, elas são o de menos, primeiro vamos resolver a situação da sua mãe e...
Karla: Não, melhor não! Se minha mãe descobrir que contei isso pra alguém, além de ela me matar, ela vai usar o "poder" dela pra ferrar com a vida de vocês.
Matt: Mas...
Karla: Sem mas Matt, melhor vocês irem.
Matt: Não vou te deixar aqui com ela e...
Anna: Matt, deixa pra lá, vamos.- Levantei da cama e peguei Matt pelo braço.
Matt: Ué, mas...
Anna: Você ouviu, sem mas, agora vem!- Puxei o Matt até o andar de baixo.
Matt: Cara, você vai mesmo desistir?
Anna: Claro que não né burro! Eu tenho uma idéia!- Peguei Matt pelo braço, sai da mansão e arrastei ele até uma loja que parecia vender de tudo.
Anna: Passa o dinheiro.
Matt: Pra que?
Anna: Só me dá a porra do dinheiro!- Matt me deu 60 reais.

Fui até o balcão e perguntei pro cara se lá ele vendia câmeras bem pequenas. Ele falou que vendia cada uma por 15 reais. Pedi 4 das câmeras e voltei até Matt.
Matt: O que sua mente maligna está planejando?- Perguntou Matt enquanto caminhávamos até a casa da Karla novamente.
Anna: Coisas meu caro amigo, coisas.- Ele deu uma leve risada.

Chegamos até a casa da Karla e eu toquei a companhia.
Anna: Matt, é o seguinte, distrai a Samantha.
Matt: Que? Mas pra que?- Me escondi atrás dos arbustos e logo em seguida Samantha abriu a porta.
Samantha: Oi, você de novo?- Disse Samantha, num tom simpático.
Matt: É... bom... é que eu estava andando aqui pela rua, e não é que eu vi uma árvore caindo atrás da casa.
Samantha: Uma árvore?
Matt: É, melhor a gente ir lá ver, vem!- Matt pegou Samantha pelo braço e os dois foram até atrás da casa. Olha, até que o Matt improvisa bem.

Uma Adolescente Muito Louca Onde as histórias ganham vida. Descobre agora