Uma Adolescente Muito Louca

Capítulo 123- Encontro.

Brayan: AAAAEEEEE PORRAAAA!!!- Brayan grita e todos na sala olham para ele, principalmente Anna.
João: Cala a boca Brayan!- Ordeno em voz baixa.
Anna: Brayan! Você está bem?- Anna pergunta rindo.
Brayan: Aposto que amanhã você vai estar melhor.- Ele sorri e eu dou um pisão no pé dele.
João: Eu vou arrancar suas cordas vocais!- Sussurro para ele.
Brayan: Foi mal.- Ele sussurra em resposta.
Brayan: Tá, mas vai chamar ela pra sair quando?
João: Hoje na saída.
Brayan: Segunda eu quero ver os dois juntos hein! Se não estiverem namorando ainda eu tranco os dois em uma jaula e só os liberto quando tiverem casados, com dois filhos e uma neta!
Julia: Sobre o que estão falando?- Julia aparece atrás do Brayan, assustando tanto eu quanto Brayan.
João: Caralho Julia!
Julia: Então, sobre o que estavam falando e por que o Brayan gritou?- Julia pergunta nos olhando claramente desconfiada.
João: Nada Julia, nada.
Julia: Quem nada é peixe, agora me falem sobre o que estavam falando ou eu arranco a língua dos dois.- A Julia nos manda um olhar psicopata. Essa garota me assusta quase tanto quanto a Anna.

É, é uma coisa estranha. A Anna me assusta, me irrita, me faz querer cometer um assassinato, mas eu gosto dela. Eu definitivamente preciso ser internado.
Brayan: Não estávamos falando de nada de importante amor. Eu só gritei por que... por que... por que eu não tenho o que fazer da vida.- Brayan diz.
Julia: Ok, mas eu estou de olho.- Ela vai em direção a Matheus e Anna, mas sem tirar o olho de mim e do Brayan.
João: Como você ainda está vivo? Essa garota parece que vai te estrangular a qualquer instante.
Brayan: A Anna também e você gosta dela, então não reclama.

O sinal para a próxima aula toca e todos saem da sala.

Anna narrando

O sinal para a última aula toca e então todos saem da sala. Vou até o meu armário, pego meus livros e no caminho até a próxima sala, encontro Matt. Nós dois vamos para a próxima sala.

Assim que chegamos, vamos para os nossos lugares. A professora de história entra na sala e anota no quadro negro as páginas que devemos copiar do livro. Ela passa 3 páginas, então começo a escrever no mesmo instante.

Sim, ainda estou em guerra com ela. Nossa guerra, por incrível que pareça, é silenciosa. Ela passa várias lições, de todos os níveis de dificuldade possíveis e pelo fato de eu ser boa em história, consigo fazer tudo e a deixo morrendo de raiva. Ela faz essas coisas na esperança de que um dia eu não vá conseguir, mas eu consigo.

20 minutos da aula se passam e eu já estou na metade da última página. Com a mão latejando, consigo terminar as 3 páginas em 25 minutos. Novo recorde.
Anna: Terminei.- Digo com um grande sorriso no rosto.
Professora: Agora copie as 20 questões da página 217 e 218 e responda.- Ela diz e mesmo com a mão doendo, começo a fazer as questões.

Em poucos minutos, termino de copiar as questões e começo a responder. Levo 10 minutos para responder todas as perguntas, pois 13 eu já sabia a resposta de cabeça e as outras 7 estavam fáceis de encontrar no texto.
Anna: Terminei.- Sorrio novamente e vou até a mesa da professora.
Professora: Aposto que errou todas.- Ela diz em voz baixa, mas consigo escutar.
Anna: Vamos ver.- Repondo também em voz baixa.

Ela pega sua caneta e começa a analisar as respostas. A cada "certo" que ela dava, era uma faísca de raiva que saia do seu olho. No final, ela vê que todas as respostas estão corretas e me dá 10.
Professora: Não quero ouvir sua voz!- Ela diz e me devolve meu caderno.

Volto totalmente satisfeita para a minha mesa. Como na maioria das aulas, João está sentado na minha frente. Assim que me sento, ele se vira.
João: Já terminou?
Anna: Sim.
João: Terminou tudo?! Os textos e as questões?!
Anna: Aham.
João: Como?!
Anna: Anos de experiência.- Respondo e ele me encara por alguns segundos, como se estivesse esperando eu falar a verdade.
Anna: Minha letra está horrível, eu não parei de escrever 1 segundo sequer e pulei algumas palavras do texto.- Admito e ele ri. Esse sorriso...
João: Ainda não consegui entender essa guerra das duas.
Anna: Ela me dá desafios na esperança de que eu não consiga cumpri-los, pois assim eu serei considerada por ela uma perdedora, então eu faço de tudo pra conseguir cumprir os desafios e provar que nada que ela faça vai me fazer desistir ou perder.
João: E os desafios dela é passar inúmeras lições para você terminar em uma aula?
Anna: Isso.
João: Bem a cara dela mesmo.- Ela da um sorriso em forma de risada. Em seguida, ele morde o lábio inferior. Eu sei que não foi intencional, pois ele tem mesmo essa mania de morder o lábio inferior, assim como eu, mas mesmo assim cada vez que ele faz isso, meu coração quase sai pela boca.
Anna: Então, já terminou a lição?
João: Estou na primeira página ainda.
Anna: Então continua!- Ordeno de uma forma brincalhona.
João: Ok mamãe.- Ele ri e volta a escrever.