Cap 56- Casa assombrada PT. 3

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Durante o caminho todo o Pedro e a Karla ficaram reclamando sobre a idéia da Ju, e que a gente não devia mexer com o capeta.
Carolayne: Concordo com a Karla e o Pedro.
Anna: Parem de frescura!
Matt: Você fala isso por que você morrendo ou não, não vai fazer diferença.
Anna: Como assim?
Matt: Se você morrer nem o Diabo vai te aguentar e vai te mandar de volta.- Todos começaram a rir.
Anna: Hahaha, palhaço!- Mostrei o dedo do meio pra ele.
Julia: Chegamos.- Quando reparei na casa me deu um arrepio. Eu achei que era só uma casa velha, mas cara! Isso parece casa de filme de terror!
Karla: QUE? AI EU NÃO ENTRO NEM FUDENDO!
Julia: Para de frescura!
Carolayne: Ju! Tira essa idéia loka da cabeça!
Julia: Não!
Anna: Vamo logo!- Entramos arrastando Pedro, Carolayne, Mari e Karla, mas entramos.

Assim que entramos, demos de cara com uma sala caindo aos pedaços. O chão era manchado com marcas que pareciam de sangue, as paredes eram num marrom MEGA escuro, quase preto, havia um sofá vermelho no meio da sala cheio de poeira e teias de aranha, uma lareira caindo aos pedaços, uma mesa no centro da sala com algumas fotos rasgadas e mais algumas coisas que não conseguimos ver direito.
Matt: Caraca...
Brayan: Que zika...
João: Quero morar aqui...
Eduardo: É tarde de mais pra me arrepender?
Anna: Aham...
Carolayne: Eu quero minha casa!
Karla: Esse lugar tá precisando de uma reforma urgente!
Pedro: Me tira daqui!
Mariana: Sem comentários...
Julia: Ok gente, ninguém se separa! Vamos.- Fomos para a cozinha que também era no andar de baixo.

A porta da cozinha era toda quebrada. O chão era cheio todo sujo, havia umas facas em cima da mesa, armários caindo aos pedaços, alguns quadros rasgados nas paredes e mais algumas coisas.
Brayan: Vamos pro andar de cima.- Subimos as escadas da sala que dava direto para um corredor grande e escuro. Paramos todos no início do corredor e ficamos o observando.
Julia: Gente! Olha!- Olhamos para o fim do corredor e vimos um vulto. Tomei um susto tão grande que a primeira reação que tive foi agarrar no braço da pessoa ao meu lado, que por acaso era o João.
João: Tudo bem?
Anna: Ah...ér... tá...- Corei e soltei seu braço. Ryan encarou João com um olhar mortal e pegou na minha mão.

Entramos no primeiro quarto do corredor, que só tinha uma cama com o colchão todo rasgado, no segundo quarto só tinha insetos por toda parte, o terceiro quarto tinha um guarda-roupa mais velho que minha trataravó, e, no último quarto do corredor, havia uma cama de casal toda ferrada, um guarda roupa marrom quebrado, um cômoda que nem estava tão velha assim e um quadro com a foto de uma freira bem no meio da parede.
Brayan: Pronto, já Olhamos a casa toda, vamo vazar!- Brayan já ia voltando pro primeiro andar quando Ju o puxou pela camisa.
Julia: Só sonha, ainda falta uma coisa... o porão.
Carolayne: Tá loka? Nunca viu histórias de terror?
Anna: Como você sabe que tem porão aqui?
Julia: Fia, passei a noite toda pesquisando sobre essa casa.
Matt: Vamo logo!- Fomos pro primeiro andar e procuramos a entrada pro porão.
Eduardo: Galera! Achei!- Fomos até o Edu que estava na cozinha. Ele estava em frente a uma escada que dava num lugar muito escuro.
Julia: Vamos logo, até eu já tô ficando com medo.- Descemos iluminando o caminho com as lanternas. Quando chegamos, procuramos o interruptor e quando achamos acendemos a luz. O porão era um pouco pequeno, tinha várias coisas velhas espalhadas, principalmente fotos de uma mulher e um homem. Olhamos um pouco o lugar.
Matt: Pronto gente, melhor a gente ir, já vai dar 12h.
Julia: Ok.- Subimos as escadas e adivinha? A porta que dava para as escadas estava trancada, ou seja, estávamos presos.
Julia: Droga! A porta não abre!
Brayan: Deixa eu tentar.- Brayan tentou abrir a porta mas não conseguiu abrir de nenhum jeito.
Carolayne: Falei, falei que esse casa é demoníaca! Vocês não acreditaram agora estamos presos!
Anna: Não é hora de ficar se gabando Carolayne!- Senti alguma coisa passar por trás de mim e logo dei um grito.
Ryan: Que foi Anna?
Anna: Algumas coisa passou atrás de mim agora!
João: Não deve ter sido nada.- Do nada algumas coisas caíram.
Pedro: AI JESUS! NA CASA DO SENHOR NÃO EXISTE SATANÁS! XÔ SATANÁS!  XÔ SATANÁS!- Começamos a rir. Só ele pra me fazer rir agora.
Karla: Gente, agora é sério, precisamos sair daqui!
Eduardo: Vamos ter que arrombar a porta.
Anna: É o único jeito.- Brayan tentou mas não conseguiu. Ryan também tentou e não conseguiu nem Matt.
Matt: Pra uma casa velha como essa, essa porta até que é bem resistente.
João: Deixa eu tentar.- João tomou impulso e empurrou a porta. A porta fez um barulho, mas não abriu.
Anna: Vou tentar também!- Eu e João tomamos impulso e empurramos a porta o mais forte possível. Por sorte, a porta abriu e todos corremos para a cozinha.
Mariana: Ufa, vamos sair daqui.- Assim que demos mais um passo, as luzes começaram a piscar,  coisas começaram a cair, e sabe aquele aquelas fotos da freira que tinha no porão, então, voaram todas em nossa direção.
Anna: Droga!- Me escondi atrás de alguém, e quando as fotos pararam de voar, vi que esse alguém era o João.
Pedro: AI Cristo! É meia noite!
João: Galera, vamo vazar!- Corremos pra sala mas a porta estava trancada.
Carolayne: E agora?
Matt: Vamo pela janela!- Quebramos o vidro da janela e mais coisas começaram a voar em nossa direção.
Ryan: Vai! Rápido!- Pulamos a janela.
Karla: AAAHHH!- Karla gritou.
Anna: QUE FOI?
Karla: Minha unha quebrou.- Como eu ainda não matei essa garota?
Anna: Ah Karla, faça favor né, tamo numa casa demoníaca e você está preocupada com uma unha?!- Virei as costas pra ela.
Karla: AAAHHH!- Karla gritou denovo.
Anna: Que é? Quebrou outra unha?
Karla: Não! Tem alguém ali!- Karla apontou pra uma das janela do segundo andar. Realmente tinha alguém na janela.
Anna: Galera! Vaza!- Dei uma de flash e corri até perder o ar. Quando olhei pra trás todos estavam atrás de mim.
Matt: Tem alguém faltando?
Mariana: A Karla!- Assim que Mari disse isso, Karla apareceu atrás do João.
Karla: EU VOU MATAR VOCÊS! SABIA QUE NÃO É FÁCIL CORRER DE SALTO?
Anna: Quem mandou ser exagerada?
João: Falow galera, tô voltando pra casa.
Matt: Tô indo também.
Julia: Tchau galera, amanhã a gente se encontra no colégio.- Cada um foi para um lado, menos eu, João e Edu por que estamos na mesma casa.

Durante o caminho, eu e o Edu ficamos conversando sobre a casa, e o João ficou simplesmente calado.
Quando chegamos, fui direto pro meu quarto, tomei banho, coloquei meu pijama, prendi o cabelo num coque e fui pra sala. Peguei os jogos que tinha pra jogar no vídeo game, mas o jogo que eu queria não estava lá. João com certeza pegou.
Fui até o quarto e bati na porta.

Desde quando você bate na porta?
Não sei, foi meio que automático.

João: Quem é?
Anna: A Anna!
João: Entra!- Entrei e fechei a porta.
Anna: Ér... aquele jogo que você me ensinou a jogar, tá com você?
João: Qual? Aquele?- Ele apontou pro jogo que estava em cima da mesa.
Anna: É.- Peguei o jogo e fui direção a porta.
João: Vai jogar na sala?
Anna: Vou, por que?
João: Desiste, esse jogo não tá pegando no vídeo game da sala.
Anna: Ah, ok. Tchau.- Joguei o jogo na cama do João e fui pra porta.
João: Anna! Perai!- João veio até mim.
Anna: Que?
João: Então, as férias são daqui uma semana e a professora de português falou que se eu não passar na prova que ela vai passar antes das férias vou passar as férias todas trancado no colégio.
Anna: Tá, Idai?
João: Idai que como você é boa em português podia me ajudar né?
Anna: E oque eu ganho com isso?
João: O prazer da minha companhia.
Anna: Haha, palhaço.
João: Vai me ajudar ou não?
Anna: Com uma condição.
João: Qual?
Anna: A gente troca de quarto até eu voltar pra minha casa.- Ele me mandou um olhar fuzilante.
João: Nunca! No meu quarto ninguém fica mais de 15 minutos!
Anna: Tá, então apodrece dentro do colégio enquanto os outros vão estar se divertindo.- Virei as costas pra ele.
João: Tá! Mas você vai ter que me ajudar em todas as matérias agora!
Anna: Já vou te avisando que não sou boa em Matemática, nem em Biologia e nem em história.
João: Dessas matérias pelo menos um 5 eu levo.
Anna: Ah, tem mais uma condição.
João: Lá vem, fala.
Anna: Tô precisando de uns 50,00 reais.
João: Não!
Anna: É pegar ou largar.- Ele ficou me encarando mas no final se rendeu.
João: Tá.- Ele revirou os olhos.
Anna: Aé! Mas antes de começarmos, você vai ter que me ajudar a trazer minhas coisas pra cá.
João: Pra que agora?
Anna: Pra eu ter certeza que você vai comprir a condição.
João: Affs.- Ele revirou os olhos.

Depois de um tempo levamos minhas coisas pro seu quarto e algumas das coisas dele pro meu.
João: Pronto! Da pra você me ajudar agora com aquela merda?
Anna: Ok irritado, vai pegar os livros.- Ele pegou e nos sentamos na cama.
Anna: Vamo começar por português que é mais fácil, me dá o caderno.- Ele me entregou o caderno mas estava totalmente em branco.
Anna: Sério?
João: Que foi? Não gosto de português.
Anna: Assim não dá.
João: Vai desisti agora?
Anna: Vamos fazer o seguinte, já está tarde e eu estou com sono, amanhã depois do colégio a gente se encontra e eu te explico melhor, Ok?
João: Ok.- Ele saiu da cama.
Anna: Ah, e vê se copia pelo menos as lições  amanhã!- Me levantei da cama também.
João: Ok mãe.- Ele me mostrou a língua.
Anna: Eu vou tacar minha havaiana na tua cara.
João: Sem agressividade.- Lhe mandei o dedo do meio.
Anna: Tá, vai, vaza, quero dormir!- Empurrei ele pra fora do quarto.
João: Perai, esqueci uma coisa.
Anna: Oque?- Ele me roubou um selinho.
João: Boa noite.- Ele piscou pra mim e saiu. Fechei a porta e me joguei na cama.




Uma Adolescente Muito Louca Where stories live. Discover now