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As festas de fim de ano estavam chegando e eu sinto tanta falta dos meus avós nesta data. Daqui à algumas semanas eu irei pra lá passar natal com eles, e sozinha, meus pais se recusam a ir e o Alysson vai passar com a família e o victor nunca foi chegado aos meus avós como eu. Então ir solitária é oque me resta.

Antes de eu ir eu vou tentar conversar com o arthur eu já até falei sobre isso com o Alysson e ele não gostou muito da ideia não.

E na hora de enviar a mensagem que eu parecia sofrer de mal de Parkinson minha mão tremia e eu apertava uma tecla e ia outra enfim pedi que minha mãe escrevesse a mensagem.

- Bom Dia, eu sei que eu tenho muita coragem de te enviar mensagem depois de tudo. Mas eu gostaria muito de conversar com você, Quero te pedir a mais sinceras desculpas por tudo que eu te fiz. Se você não quiser tudo bem, só fique com as minhas mais sentidas Desculpas.

Mensagem enviada, que pode ser lida,respondida com sucesso. Ou pode ser lida, excurraçada, ignorada com sucesso também.

- Na hora do meu almoço a gente podemos nos ver, mas tem que ser em menos de 30 minutos.

- Ótimo, às 12:00 eu estarei lá.

Me arrumei super rápido e liguei avisando para o Alysson se ele quisesse ir  comigo seria bom também. Pra acabar totalmente com essas desconfianças.

Mas por fim ele me tratou um pouco indiferente e não quis ir, me desejou uma boa reconciliação vê se pode uma coisa dessas.

Eu sabia aonde ele costumava comer na hora do almoço e eu entrei tremendo o corpo inteiro, com uma vontade imensa de ir em uma banheiro mais próximo.
E quando eu olhei ao redor vi ele sentado em uma mesa lá no canto.

Fui andando em direção a sua mesa e incrivelmente eu parecia ter esquecido como se andava.

- Boa tarde - Eu disse ainda em pé e ele fez sinal pra eu me sentar; e eu me Sentei.

-  Vou ser direta- eu disse; ainda muito nervosa com o olhar sério dele pra mim.
- Garçon, boa tarde, uma água por favor - eu disse quando o garçon passou por mim.

- Pra que tanto nervosismo. - Ele disse.

- É difícil pra mim ficar cara a cara com você.

-  Pra mim está sendo normal - Ele disse com a expressão mais séria que eu já vi.

-  Que bom - Eu disse, o garçon chegou com a água e eu tomei um gole bem generoso.

-  Daqui à pouco tenho que voltar e você ainda não disse nada.

-  Não precisa ligar seu modo grosseiro. Eu sei que eu fui muito infantil e egoísta, não foi justo eu colocar a culpa em você. E... Depois de tantos meses eu estou colocado a cabeça no lugar e aceitando os fatos, eu não estou querendo voltar não, eu só quero colocar a cabeça no travesseiro e não ter a culpa de ter magoado e injustiçado alguém.. espero que você aceite as minhas desculpas são de coração.

-  Querendo ou não eu tive um parcela de culpa, e eu já me culpei demais. E cara, desde o começo eu já tinha perdoado você.. - Ele não deixou escapar nenhuma expressão mais amena no seu rosto.

-  Que bom, eu fico muito mais tranquila, muito mais mesmo. - Eu fiquei encarando ele sem saber oque dizer.

Ele olhou no relógio e faltava alguns minutos pra ele voltar, e nos despedimos por alto sem nenhuma aproximação.

E era muito triste, passamos de quase irmãos para namorados e agora praticamente dois estranhos.
E nada voltará a ser como antes, não digo quanto a nossa relação, mas sim de tudo na minha vida.

Eu de novo tentei ligar para o Alysson e ele me atendeu quase na décima quinta vez, e sinceramente eu não estou com paciência pra tanta insegurança embora eu também seje um poço de insegurança também.

Por fim marcamos de nos ver na praia a noite assim que ele saísse do colégio.
Cheguei em casa meus pais não estavam tinham saído juntos. Tudo está voltando ao seu devido lugar e é uma sensação muito boa de alívio sabe..
É muito bom vê-los assim de novo.

Filhos Do Morro || Concluída.Onde as histórias ganham vida. Descobre agora