Capítulo 29

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Marjorie

Liguei para Julia, ela dizia estar muito bem na lua-de-mel, e realmente estava vivendo no paraíso. O.k., senti uma invejinha branca dela.

Mas por outro lado ela avisou que em poucos dias voltaria a Las Vegas. Estava com saudades do seu Sex Shop. Mal sabia ela, que o local estava em boas mãos, Jennifer. Quem melhor para cuidar, do que a louca baladeira?

Enfim, uma das partes mais complicadas de se ter um novo "relacionamento", foi contar isso para o meu filho. Logo no outro dia, estava deitada com o pequeno Nicholas.

— Minha vida, a mamãe tem uma coisa pra te contar.

Ele ficou me encarando esperando que eu contasse.

— Então, você gosta do tio Alejandro, não, é? – Ele assentiu. – Certo, se por um acaso a mamãe namorasse ele você iria gostar?

Fiz uma suposição. Acho que foi um bom começo, visto que ele tinha apenas cinco anos.

— Eu não sei, acho que sim. Ele seria meu papai?

Pensei na situação, que por sinal estava ficando mais complicada.

— É, bem, você pode chama-lo como quiser.

— E o Alejandro pode trazer mais cachorrinhos?

Sentei na cama. Eu até amava cachorros, inclusive Alejandro, mas se dependesse de Nicholas, encheríamos a casa com os animais.

— Mais? Querido, não podemos transformar nossa casa em um canil.

Expliquei com um pouco de decepção. Ele pensou um pouco.

— Podemos sim.

Sorri e ele continuou.

— O Alejandro vai morar com a gente? Meu amigo Tommy disse que os pais dele moram juntos.

Não soube ao certo o que dizer a ele. Alejandro não ia morar comigo, ele poderia até mesmo se desligar de mim a qualquer momento. Repensei melhor minha conversa com Nick.

— Ouça, ele não vai morar conosco. Eu só estava sugerindo, você entende?

Acho que ele se sentiu confuso, me senti péssima por deixa-lo daquela forma. Eu não devia nem ter abrido a boca.

— Eu quis dizer se isso acontece algum dia sabe, até mesmo com outro homem.

Ele mexeu nos meus cabelos e pensou.

— Eu queria que fosse o Alejandro. Ele me empresta a coleção de bonequinhos dele.

Gargalhei da astucia do garoto.

— Está bem, irei lembrar disso espertinho. Agora venha aqui.

Comecei a fazer cócegas nele. Ele era pequeno, mas meu amor por ele era infinito.

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Mais tarde, os avôs de Nicholas, haviam ligado. As férias de Nicholas haviam chegado e eles queriam que fossemos ambos para a fazenda Holder.

Mas eu não estava com vontade de ir. Já me estressava pela tpm, ainda com a notícia, as coisas ficaram tensas.

Eu queria curtir o momento com Alejandro, e não queria recusar o convite dos Holder.

Foi então que acabei tendo uma ideia. Era um pouco maluca, mas se desse certo, tudo iria funcionar muito bem obrigada.

Aos poucos iria colocar meu plano em prática e a viagem, seria um sucesso. Estava trabalhando no turno diurno mesmo, graças a Deus, Estela estava cumprindo seus horários. Peguei o telefone sobre a mesa do escritório e disquei.

Sex in the Love, em que posso ser útil?

Não consegui segurar a risada quando ouvi a voz sedutora, que Jennifer havia feito.

Só posso dizer que amei essa sua voz forçada, vou querer o sex shop inteiro.

Ela berrou.

Não acredito que você está me ligando no meio do expediente. Meu Deus, que vergonha!

Como se você não fizesse o mesmo.

Menina, é um sex shop, não um disk sexo.

Ouvi ela bufar do outro lado da linha. Parece um boi, isso sim.

Argh! O que você quer? Fantasia sensual? – Provocou.

— Nada disso. De estressada já basta eu. Os Holder ligaram me convidando para passar as férias no Brasil, e eu não quero recusar. Mas, preciso da sua ajuda.

Fiquei alguns segundos ansiosa esperando que ela me respondesse.

— Ah, claro. Só me liga quando precisa de mim. Não vou ajuda-la.

Respirei fundo. Drama misturado com mais drama.

Olhe, vai ser algo muito legal. Eu pensei em você e no Andrew, mas como você não está interessa...

— O.k., diz logo. E seja lá, o que for, eu espero que dê certo.

O apoio de Jennifer eu já tinha. Só precisava de sorte, muita sorte.

Quando já era tarde e eu já havia terminado o serviço, Alejandro me convidou para sair. Eu queria muito, mas estava péssima. Cansada demais. Talvez não fosse uma boa ideia, eu seria péssima companhia para aquela noite. Estacionei o carro e para minha surpresa no mesmo momento em que Alejandro estacionava sua moto. Saí do carro e fui cumprimenta-lo, ele me recepcionou com um belo beijo.

— Melhor assim. – Disse repuxando meus lábios.

Ele caminhou até a porta da minha casa, e me deixou plantada boquiaberta. Nem protestei, já estava me acostumando com seu jeito inconveniente.

— Que bom que você veio. Preciso dizer uma coisa importante.

Disse entrando em casa e jogando as chaves na mesa de centro. Ambos nos sentamos no sofá. Joguei meu salto longe e ele colocou o capacete no chão.

— Diga morena. Sou todo ouvidos.

Ele cruzou os braços realçando os músculos. Sorri como se não fosse dizer nada demais.

— Nós vamos viajar.

Ele arregalou os olhos.

— O que?

Ihh, isso vai ser difícil.

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CONTINUA...

RETA FINAL :-(

Sorte no Jogo Azar no Amor - Completo  Onde as histórias ganham vida. Descobre agora