Capítulo 5 - Bônus

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Alejandro


Tudo que eu menos esperava era, dar de cara com uma cena como aquela. Na verdade eu não esperava reencontrar aquela mulher. Havia voltado para a loucura que era, Las Vegas, depois de dois anos morando no Brasil.

Entre uma das idas e vindas de Las Vegas, fui atrás de um terreno que meu pai deixou como herança mas quando cheguei ao lugar, Jonathan Holder havia construído uma casa no local. Foi aí que começou nossa briga, ele alegava que havia pago um bom dinheiro ao meu pai pelo terreno. Ficamos assim durante alguns meses, até que um dia nós brigamos feio devido a ele ter xingado minha mãe e fomos para a delegacia. O cara de pau fez um "showzinho", implorando para que não o prendessem, porque ia se casar e seria pai. Muito injusto eu não estava nem aí para ele.

Dona Amélia minha amada mãe com todo seu bom coração, teve pena de Jonathan e resolveu lhe ceder o terreno, o que me deixou muito puto da vida. Novamente resolvi voltar ao Brasil para trabalhar, foi nessa mesma época que soube da morte de Jonathan. Fiquei surpreso, apesar de tudo ele era um cara sossegado sem inimigos, ou, quase sem inimigos.

Os boatos de que eu era o culpado começaram a surgir, mesmo sem eu estar morando na cidade. E mesmo quando a mulherzinha dele descobriu quem era o assassino, ainda desconfiavam que eu podia ser cúmplice, mandante, ou sei lá que loucuras o povo disse. Pouco me importei com todo esse caos. Apenas retornei a Las Vegas, por causa do casamento de meus velhos amigos Júlia e Leonardo.

Mas não esperava reencontrar, a "viuvinha", vestida apenas de lingerie. Eu confesso que gostei da visão, Marjorie tinha os lábios perfeitos e bem desenhados que acabavam mexendo com minha imaginação. Ver suas belas coxas, os olhos castanhos que chegavam a brilhar, seu rosto enrubescido em um misto de raiva e vergonha, e aquela fantasia nada discreta, não estava ajudando muito. Na verdade eu queria almoçar com Jennifer mas depois daquela visão, talvez não fosse dar certo.

— Alejandro não sabia que viria me buscar... — Jennifer parecia um tanto envergonhada pelo acontecimento.

— Se eu soubesse que iria encontrar Marjorie vestida assim, teria vindo antes — Disse e percebi que ela e Júlia estavam confusas.

Mas espere aí... Por que estou gostando de ver essa mulherzinha? Ela é muito rebelde. E pior é ligada ao filho da puta do Jonathan.

— Agora podemos ir Jennifer.

Eu conheci a modelo na época em que Leonardo começou a namorar Júlia. Apesar de ela ser uma loira e tanto, percebi que só haveria amizade entre nós. Seu jeito extravagante e despojado chegava a ser engraçado.

— Se me dão licença, eu vou embora cuidar de meu filho.

Finalmente Marjorie saiu do banheiro, com uma roupa que cobria todo o corpo, e seu semblante estava sério.

Que pena! Minha alegria durou pouco.

— Eu vou falar com ela. Acho que será uma boa ideia — Júlia saiu às pressas atrás da, petulante, que saiu ignorando minha presença.

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Jennifer me fez diversas perguntas durante o almoço, de todos os tipos possíveis. Jennifer era um pouco invasiva, e quase não largava o bendito celular.

— Posso saber o que tanto digita ai Jenni? — Indaguei impaciente e ela parecia assustada.

— Não...é...nad... — A loira gaguejou as palavras um pouco embaraçada — Me diga onde está morando?

Achei estranho ela ter mudado de assunto tão rápido, mas não insisti no mínimo conversava com alguma amiga maluca.

— Resolvi morar com minha mãe. Ela se sente sozinha desde a morte de papai, seria bom se você fosse visitá-la. E além do mais, tenho a companhia de meus cães lá.

— Espere...Sei de uma pessoa que iria adorar seus cachorros.

Jennifer estava animada. Mas não sabia se essa animação era boa ou ruim pra mim. Se ao menos fosse uma de suas amigas modelo eu estaria satisfeito.

— Alguma amiguinha sua? — Perguntei num tom safado, fazendo com que ela fechasse a cara.

— Lógico que não! Será que vocês homens só pensam num 'rabo de saia'?

Ihhh vai começar....

— Nem se atreva a iniciar uma discussão. Só fiz uma pergunta. — Tentei me defender.

— Tá bom. Mas não posso responder, é surpresa.

— Você sabe que eu não gosto de surpresas. Diz logo! — Resmunguei.

— Nossa! Como você é grosso.

Revirou os olhos e continuou seu almoço.

— Sou mesmo.

Pronunciei a frase com um duplo sentido, e um ar convencido. Jennifer fez uma careta me fazendo rir de sua reação.

— Minha mãe perguntou sobre Gabriel. Acho que precisamos marcar uma data para jantarmos. Mamãe vai gostar de receber visitas. Que tal no próximo sábado?

Lembrei de minha mãe pedindo para que convidássemos os irmãos Rivers.

— Hum... Vou falar com Gabriel, sabe como ele é, reservado. Ah! Estou pensando em fazer um encontro entre ele e Marjorie. Vai ser bom para ele se divertir um pouco.

Por pouco não engasguei com o vinho. Gabriel e eu tínhamos uma longa amizade também. Porém, não acreditava que ele era homem o suficiente para Marjorie. Não que eu ligasse pra isso.

— Talvez, seja melhor, ele ir ver dona Amélia. — Tentei convencê-la.

— Acho que vou remarcar o encontro dos dois então...

— Acho ótimo! Enfim, pode levar quem quiser. Mamãe gosta da casa cheia.

Imaginei que Jennifer iria levar uma de suas amigas da agência de modelo. Estava, precisando me divertir, um pouquinho. Não, costumava sair com qualquer uma. Mas eu estava sozinho, á um bom tempo, e seria a hora certa para demonstrar todo meu jogo de sedução.

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Sorte no Jogo Azar no Amor - Completo  Onde as histórias ganham vida. Descobre agora