Capítulo 8

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Olá, deixe seu voto e sua opinião se desejar. É importante pra mim. Boa leitura.

Alejandro

Mesmo sentindo falta do Brasil eu queria me fixar em Vegas para ficar ao lado de minha mãe. E frequentar umas boas festas. Mesmo não sendo o tipo de cara que se apegava a nada . A verdade, é que eu preferia trabalhar alí mesmo. E Brasil não era uma boa opção, Jéssica não saía do meu pé. Sério as vezes mulheres são irritantes.

Desde o dia em que almoçei com Jennifer, vinha me preocupando com o tal jantar combinado. Mamãe insistia tanto para que nos juntássemos novamente, que acabei concordando. O que me preocupava era quem Jennifer iria levar, pensava que seria alguma modelo bonitona. Por essa dúvida, resolvi vestir algo que  impressionasse. Hora da caça.

Porem como desconfiei Jennifer não trouxe a tão esperada modelo. Pelo contrário, trouxe um belo par de coxas grossas e olhos negros uma verdadeira tigresa. Marjorie tinha uma cara de santa, mas minha experiência com mulheres não se enganava, e que por trás daquela cara angelical, havia uma mulher atrevida e ousada. Mas não era exatamente o que eu queria.

Surpreendeu-me, ela ter levado o filho, não podia tratá-lo indiferente, ele não tinha culpa de ter Jonathan como pai. Nicholas era esperto e curioso, não parava de falar, e por um lado senti algo diferente na presença do moleque.

A comida deliciosa de minha mãe e o barulho dos talheres, distraiam a mim. Mas vez ou outra meus olhos se cruzavam com o de Marjorie. Não costumava me sentir, daquela forma. Como se estivesse atraído por ela. Quanta burrice!

Como Nicholas estava animado com a ideia de ver os cachorros, logo que terminei o jantar levei-o até a pequena casa onde ficavam.

— Eles são bonitinhos!- Sorri com a expressão de alegria e surpresa de Nicholas- Como é o nome deles?

— Essa maior é a Mel, esse outro maior é o Derik, e os outros 4 não decidi, eles acabaram de nascer são filhotes.

— E qual a raça deles? Posso escolher os nomes?

O moleque estava super empolgado.

— Calma. Uma pergunta por vez. Eles são cães esquimós americanos admiro essa raça, e que nome voce quer dar á eles?

Respirei um pouco e expliquei a ele que haviam duas fêmeas e dois machos.
E

dei graças por ele não perguntar como foram feitos os filhotes.

— Marvel, Thor, Angel e Max.

Falou contando, nos dedos me surpreendendo com a rapidez.

— Gostei.

Sorri e ele retribui.

— Voce gosta de jogar futebol? — Perguntei e ele pensou um pouco.

— Gosto um pouco. Voce podia ir na minha casa pra gente jogar.

— É verdade! - Observei-o brincando com os filhotes, nunca havia tido uma experiência antes com crianças. Olhei para o rostinho do garoto e acabei tendo uma ideia.

— Voce quer ficar com um dos cachorrinhos? — Perguntei e ele pareceu mais eufórico.

— Não sei...mamãe diz que eles fazem muita bagunça. E meu tio tem alergia.

Falou triste. Por um momento me lembrei da expressão irritada de Marjorie, não ia perder a oportunidade de importuná-la. Não tinha como esquecer humor azedo.

— Tem razão. Vamos deixar pra próxima.

Ele pareceu decepcionado mas conformou-se.

— Sabe seria legal se voce me visitasse um dia.

— Sua mãe iria me odiar.

Ele ficou pensativo acariciando os pelos de Mel.

— Por que ela odiaria?

— Porque...ela não gosta de mim.

— Ela pode gostar eu sei.

Nicholas disse e eu não soube o que responder. Nunca que eu ia gostar daquela louca. E vice-versa.

— Seus avós moram com você?— Indaguei curioso.

— O vovô e a vovó Holder moram numa fazenda no Brasil.

Deitamos na grama do jardim e ficamos observando o céu em silêncio. Fiquei pensando no casamento de Leonardo, quem diria que meu amigo de baladas iria perder a cabeça por causa de uma mulher. Logo que eles assumiram o relacionamento todos nos tornamos amigos.

Olhei para o lado e fiquei sem reação ao perceber que o moleque dormia. Fiquei abismado que em questão de minutos ele dormir. Desajeitadamente peguei-o,
ele suspirou mas não acordou apenas entrelaçou os braços em volta de meu pescoço e continuou dormindo profundamente.

Quando adentrei a sala mamãe provavelmente parou sua conversa e ficou abismada. Na hora não entendi o porquê da reação.

— Acho que Marjorie ja esta voltando. — Jennifer disse carregando Nicholas.

— Onde ela foi? — Perguntei vencido pela curiosidade.

— Foi dar uma voltinha com Gabriel.

O arquiteto não perdeu tempo. Segui de volta para o jardim e logo percebi os dois chegarem pareciam um casalzinho animado. Nada contra Gabriel, mas a situação era patética.

Deitei na verde e ainda os ouvi se despedirem. Quanto mais rápido fossem embora melhor seria. Logo escutei passos de alguem se aproximando e fechei os olhos. Tentativa inútil de não falar com quem quer que fosse, mesmo eu imaginando quem era. Ouvi um pigarreado.

— Eu...queria agradecer por ter cuidado do meu filho.

Era ela. Só podia. Não respondi. Sua voz estava mais mansa do que "normalmente". Até estranhei.

— Bom. Ja que não vai dizer nada eu estou indo embora, tenha um boa noite!

— Espere! — Abri os olhos e me levantei devagar ela acompanhou meus movimentos com o olhar.— Acho que não devia deixar seu filho sozinho sabe!

— Isso é um problema meu! E aliás ja agradeci.

Cruzou os braços e me aproximei um pouco ficando cara a cara com ela.

— Voce deveria relaxar um pouco. Anda muito estressada.

Ela jogou a cabeça para trás e gargalhou.

— Ja estou de saída. Foi um...desprazer te rever. Pena que pela última vez.

Sorriu perversa e deu as costas me deixando com uma belíssima visão. Ela tinha certeza que não me veria denovo, mas, às vezes, nem tudo é como queremos.

Sorte no Jogo Azar no Amor - Completo  Onde as histórias ganham vida. Descobre agora