— Aquele ali, não é o Andrew?

Eles se conheciam?

— Sim...Ele veio acompanhado do...Louis.

Eu vi fazendo uma careta, que ele até tentou disfarçar.

— Algum problema?

Ele bufou feito uma criança mimada.

— Não. Nenhum.

O analisei por um instante. Isto é, ciúmes?

Não, seria loucura.

— Você conhece Andrew? – Perguntei.

— Ô, se conheço. Ele é um amigo de anos, e é louco pela Jennifer, coitado.

Disso eu já sabia.

— Vou falar com ele. Vamos?

Recusei, porem fiquei observando de longe.

Eles se cumprimentaram. Logo, Louis que havia saído, aparecer. Mas que droga!

Alejandro também o cumprimentou, mas disse algo que não ouvi. Continuaram conversando.

Os três olharam em minha direção e tratei de desviar o olhar, me fazendo de desentendida. A curiosidade estava me corroendo.

Respirei fundo. O que estava acontecendo comigo, eu não era de ficar se intrometendo em conversas alheias.

— Deus me ajude.

Desviei minha atenção deles, para outras mesas de jogo. Conversei com alguns visitantes novos e fiquei um tempo arrumando as coisas no escritório.

Fiquei alguns minutos dentro da sala, adiantando algumas planilhas e listas. Até que ouvi batidas insistentes na porta.

— Entre.

Mary abriu a porta.

— Marjorie. Preciso da sua ajuda.

Ela estava nervosa.

— Se eu puder ajudá-la.

Ela remexeu os dedos.

— Vem comigo.

Revirei os olhos impaciente. Céus, eu estou me tornando mais insuportável.

— Me diga logo, o que aconteceu.

Fomos até o banheiro feminino. Algumas mulheres da alta sociedade, conversavam entre si e retocavam a maquiagem.

— Veja, Jennifer está chorando.

Jenni estava secando algumas lágrimas, fiquei surpresa.

— O que aconteceu com você?

Ela insistiu em dizer que não era nada.

— Escute, você não é assim. Seu estado norma, é sempre animada. Brilhando até.

Limpou os borrões do rímel.

— Eu odeio o Andrew.

Ah, estava explicado o motivo do choro.

— Não, acredito que você está chorando por ele.

— Eu disse que ela estava fazendo papel de trouxa – Mary disse.

Ela deu de ombros.

— Estou com raiva dele. Não queria, mais ainda sinto que gosto dele.

Cocei o cabelo confusa. Então, ela gostava dele e não queria admitir, nem para si mesma.

— Me explique o que aconteceu.

Ela suspirou e começou a história. Como imaginei, ela gostava dele. Disse que não queria se apegar a ninguém, mas que Andrew era diferente. E ela havia o visto conversando, com uma mulher. Pareciam íntimos.

— Eu não sei, vamos lá fora, e veremos isso. E, bem, retoque sua maquiagem, você precisa continuar maravilhosa.

Andrew não parecia o tipo de homem, que brincava com os sentimentos das mulheres. Caminhamos até onde eles estavam, a elegante Helena estava entretida numa conversa com Andrew.

— Deixa que agora eu converso com ele.

Olhei para Mary, ela ficou em alerta.

— Não faça nenhuma bobagem, Helena é uma jogadora antiga. Nunca tive problemas com ela.

— Obrigada meninas, adoro vocês.

Quando percebi que Helena havia saído normalmente e que o "futuro" casal, conversavam bem calmos me afastei.

— Venha comigo. Vou me despedir do meu irmão.

— Mas, por que já está indo?

— Estou cansada. Tive muito trabalho hoje no estúdio.

Estranhei. Mary estava até meio pálida. Mas talvez o trabalho como fotografa estivesse exigindo muito dela.

— Alejandro, estou indo embora. Avisarei a mamãe que você vai ficar mais um pouco.

Ele parecia estar no meio de uma disputa em um jogo. Com Louis. Fiz uma careta de reprovação.

— Eu a levarei.

— Não – Ela se adiantou em dizer, levei um susto. – Eu irei sozinha.

— De jeito nenhum. Está muito tarde.

Mary o encarou firme. Os irmãos Porterri entraram numa discussão. Eram muito teimosos. Imagino o trabalho que não deram, quando mais novos.

— Eu posso leva-la.

Louis ofereceu como um cavalheiro. Mary olhou para a cara do irmão antes de responder.

— Certo. Vamos.

Quando estavam na porta Alejandro disse entredentes.

— Não gosto dele.

Ora, ele não gostava de Louis por ciúmes.

— Oh, mas por que? Ele agrada a todos...e a todas...

Ele me olhou com o cenho franzido, me fiz de desentendida.

— É sobre isso que preciso falar com você.

Fodeu.

— Alejandro, estou trabalhando.

Parte de mim queria ouvi-lo e a outra parte não.

— Dá pra ver.

Ele debochou. Cruzei os braços e o encarei séria.

— O.k. Eu espero você terminar por aqui e vou te levar a um lugar.

Senti seu perfume e fechei os olhos para apreciá-lo. Humm...eu poderia passar horas o abraçando.

— Está bem, mas já aviso que vou demorar.

Ele sorriu e coçou a barba.

— Irá valer a pena.

Piscou.

CONTINUA

Perdoem o atraso. Beijos cherrys.

Sorte no Jogo Azar no Amor - Completo  Where stories live. Discover now