Power Rangers Magic Awake: O Despertar da Força

Capítulo 3: Amanhecer Negro / Parte 3: Senhor das trevas

Saxer
     Ashmond estava se contorcendo de dor. Eu estava preso ao chão. Não conseguia me mexer enquanto estivesse sob o feitiço do garoto da terra. Um clarão de luz se formou ao meu lado e fui puxado pra ele. Sabia quem era. Em questão de segundos estávamos longe do confronto. Estávamos em nosso esconderijo, uma caverna localizada no lado deserto da floresta mística. Quando minha fiel aprendiz me soltou pude sentir meu corpo leve e relaxado, como se não estivesse mais sendo pressionado contra o chão. Perdi um pouco o equilíbrio ao tocar o chão com os pés, mas logo estava em posição ereta. Me virei para trás e vi minha aprendiz ajoelhada, com a cabeça abaixada.
     - Como o senhor está? - me perguntou.
     - Não se preocupe comigo, minha criança. Eles precisariam de muito mais do que aquilo pra me derrotar. - com certeza precisariam de muito mais.
     Toquei seu rosto, coberto pela máscara de pano branca, com detalhes dourados e pretos, dançando sobre sua face. O capuz que cobria sua cabeça estava caído em suas costas agora. Seu olhar estava diretamente para o meu. Ela se levantou lentamente. Sabia que eu falava a verdade. Assentiu e, com a mão agora em seu ombro, pude sentir seu corpo relaxar.
     - Eles precisam pagar.
     - E eles irão, criança. Pode apostar que irão. - afirmei. - Se divertiu com os outros?
     - Não diria que foram um grande desafio. Mas a gente tava começando a criar uma boa amizade. - respondeu com ironia. - Se eu não tivesse que deixar nossa batalha pra ajudá-lo eles não seriam mais um problema. - ela fez uma breve pausa, pensativa. - Agora estão todos juntos.
     - Sim, eles estão. Ashmond conseguiu uni-los. Porém isso não durará por muito tempo. - ela pôde ver meu sorriso pela abertura da boca em minha máscara. Dei uma leve risada. Mesmo sem ver seu rosto pude perceber que parte dela entendeu o que eu quis dizer, mas a outra ainda duvidava de que era isso mesmo que estava pensando.
     - Pretende chamá-los? - fez uma breve pausa - Aqueles sete?
     - O que você acha?
     Virei as costas e caminhei pela caverna. Pude ouvi-la me seguir. Um trono surgiu assim que ergui minha mão em direção ao fundo da caverna. Me sentei ali e apoiei o queixo em minha mão direita, enquanto apoiava o braço no trono. Minha aprendiz ficou de pé ao lado direito do trono, olhando para a mesma direção que eu. Em direção a entrada.
     Uma por uma, sete sombras começaram a surgir ao lado da outra, se levantando do chão. O local estava escuro. Levantei minhas mãos e tochas com chamas negras surgiram por todo o contorno da sala. Pude vê-los claramente. Os 7Sins.
     - Louryka, - luxúria - Glothon, - gula - Graneed, - ganância - Sleeth, - preguiça - Wrothyor, - ira - Envox, - inveja - e Praygon. - orgulho - Meus sete poderosos e fiéis generais. Sejam bem-vindos à nova era.
     - Senhor! - os 7Sins disseram em uníssono e se ajoelharam.
     - É uma honra servi-lo após anos na escuridão. - Louryka disse.
     - E que comece a bajulação. - minha aprendiz murmurou ao meu lado, cruzando os braços e olhando pro outro lado. Sorri pra mim mesmo.
     - O que é isto ao seu lado, ó poderoso Saxer? - Praygon perguntou. Claramente era possível ouvir seu tom de deboche. Ela parecia não ter se abalado com isso.
     - Esta é minha maior aposta nessa nova era. Minha criança.
     - Então essa é a garotinha do papai! - Envox disse em tom de desprezo.
     - Pensem como quiserem. Mas espero que não arrumem problemas com ela, senão arrumarão problema comigo. - pela postura de todos pude perceber que minha ameaça surtiu efeito.
     - Eu sei me cuidar sozinha, senhor. - ela disse ao meu lado, ainda de braços cruzados.
     - Como se uma coisa insignificante como essa valesse nossa atenção. - Granned disse.
     Ri baixo e abaixei a cabeça. No segundo seguinte apontei minha mão em direção a Graneed e, com minha telecinese, eu o puxei, até que sua cabeça estivesse presa por minha mão. Eu estava apertando com força. Ele se contorcia e gritava de dor. Então, logo em seguida, o levei ao chão, chocando-o com sua cabeça, com uma força absurda, abrindo uma pequena cratera enquanto eu forçava cada vez mais. Decidindo que era o suficiente, puxei a cabeça dele para perto da minha, para que eu pudesse falar em seu ouvido, por baixo de seu capacete.
     - Eu pensei que tinha sido bem claro. Será que eu fui claro o bastante agora, demônio da ganância? - perguntei, pode do sentir sua cabeça balançar sob minha mão. Eu ri e soltei sua cabeça contra o chão, me levantando e voltando ao meu trono. - Mais alguém ousa desobedecer minhas ordens?
     Todos permaneceram em silêncio. Graneed, ainda tonto pela forte pancada, se levantou apressado e voltou a seu lugar. Todos olhavam para o chão, com medo de me olharem diretamente. Após um longo momento de silêncio, me levantei e caminhei até eles, andando em frente a todos eles, com as mãos nas costas.
     - Assim é melhor. - eu disse, antes de ir direto ao assunto - Devem imaginar por que os convoquei aqui. - fiz uma pequena pausa, antes de me virar e caminhar para a outra ponta da fila - Ashmond conseguiu unir os cinco jovens Voltors para me derrotar.
     - Até mesmo o... - Wrothyor começou a falar.
     - Sim... Até mesmo o herdeiro de Galleon. - meu tom era sério.
     - Precisamos matá-los o mais rápido possível. - Glothon abriu sua boca nojenta pela primeira vez.
     - Não é uma tarefa difícil. - disse minha aprendiz, caminhando até nós. - Eles não são lá essas coisas. Não sabem nem do que são capazes.
     - Muito bem lembrado, criança. Eles só tem ao Ashton para protegê-los. E ele não vai ser páreo para nós.
     - E qual é o plano, meu senhor? - Wrothyor questionou.
     - Matamos todos. É simples. - respondeu minha aprendiz.
     - Se acalme, minha criança. Primeiro devemos mostrar ao mundo quem somos e pra quê viemos. - sorri com meu pensamento.
     - Então o que o senhor propõe? - perguntou Louria.
     - Atacaremos a cidade, onde encontramos Ashmond. - fiz uma pausa, onde puderam ver minhas intenções sombrias - E depois mataremos um por um daqueles garotos estúpidos e aquele guardião deles.
     A hora de ter o poder que mereço e ter a minha vingança finalmente chegou. E dessa vez não haverá falhas.

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Votem e comentem o que acharam deste começo do capítulo.
Sentimos muito pela demora da publicação, mas pra se criar uma história requer algum tempo.
Após o terceiro capítulo estar completo entraremos em um pequeno (eu acho) hiatus para a produção e continuação dos próximos capítulos.
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