𝐂𝐇𝐀𝐏𝐓𝐄𝐑 𝐄𝐋𝐄𝐕𝐄𝐍

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⠀⠀⠀⠀⠀⠀𝐂𝐇𝐀𝐏𝐓𝐄𝐑 𝐄𝐋𝐄𝐕𝐄𝐍:
⠀⠀⠀⠀⠀⠀𝐔𝐌𝐀 𝐌𝐀𝐋𝐃𝐈ÇÃ𝐎
⠀⠀⠀⠀⠀⠀É 𝐉𝐎𝐆𝐀𝐃𝐀 𝐂𝐎𝐍𝐓𝐑𝐀
⠀⠀⠀⠀⠀⠀𝐌𝐄𝐋𝐈𝐒𝐒𝐀

⠀⠀⠀⠀⠀⠀𝐂𝐇𝐀𝐏𝐓𝐄𝐑 𝐄𝐋𝐄𝐕𝐄𝐍:⠀⠀⠀⠀⠀⠀𝐔𝐌𝐀 𝐌𝐀𝐋𝐃𝐈ÇÃ𝐎 ⠀⠀⠀⠀⠀⠀É 𝐉𝐎𝐆𝐀𝐃𝐀 𝐂𝐎𝐍𝐓𝐑𝐀 ⠀⠀⠀⠀⠀⠀𝐌𝐄𝐋𝐈𝐒𝐒𝐀

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“Eu não queria tê-la pressionado daquela maneira, mas... eu pensei que me entenderia. Não estou confuso com os sentimentos, Melissa, estou mesmo apaixonado…, não me deixe.

Xx

Era uma mensagem do Henry no meu celular, sendo a quinta daquela manhã. Eu não fui trabalhar, as forças que eu tinha simplesmente foram embora depois do que vi no dia anterior. Ver mamãe daquela maneira me destruiu e era pior ainda saber que eu não conseguia mudar a situação.

Eu gostava do Henry, mas eu não podia arriscar e colocar a sua vida em perigo, já que o espírito do seu irmão me ameaçava a todo momento. A verdade era que eu estava confusa. Harry me fazia mal, não queria que eu me aproximasse do irmão e havia me torturado. No entanto, ele me levou até a única coisa que eu fui capaz de amar naquele mundo: a minha mãe. Eu não sabia dizer quais eram as suas intenções, mas o fato era que isso não importava. Suas palavras sobre ela  fizeram sentido, então eu não conseguia acreditar que pudesse ser apenas manipulação da parte dele. Eu acabaria fazendo o que ele queria, logo não fazia sentido me levar até alguém que eu amava para garantir de vez a minha ajuda.
     — Por que jogou o corpo da minha mãe naquele rio? Você poderia tê-lo deixado aqui — eu falei, devidamente atordoada. Harry estava parado perto da janela, me observando como se quisesse ler os meus pensamentos. Ele estava até bem mais nítido, como se estivesse vivo de verdade, e eu não entendi o porquê.  
     — Não fiz isso.
    
Aquilo me fez pôr toda a atenção nele, já que eu havia passado todo aquele maldito tempo achando que ele tinha sido o responsável.
     — Isso não é verdade — acusei, irritada e jogando o celular sobre a cama.
     — Não estou mentindo, Melissa.
     — Se não foi você, então quem foi? Ninguém sabia que ela tinha se matado. Apenas eu, você e... — parei de falar, assim que Bruce apareceu na minha cabeça. Fiquei fitando Harry e pensando em todas as possibilidades. 
     — O que foi?
     — Bruce, ele…

Pus as mãos na cabeça e não evitei ficar frustrada. Eu não tinha pensado na possibilidade de que ele poderia ter jogado o corpo da mamãe no rio, porque eu não sabia que a sua crueldade era tanta. Eles dois viveram juntos e, mesmo que ele não a amasse, teria tido coragem de fazer isso com ela?

Por impulso, desejei ir até o quarto dele. Não o ouvi saindo naquela manhã, então ele ainda estava dormindo. Eu realmente não me importava em interrompê-lo, queria apenas que ele admitisse na minha cara, que fosse corajoso o suficiente como foi ao jogar o corpo da mulher dele para os abutres comerem.
     — Melissa, espera... — pediu Harry, chegando perto de mim e segurando o meu braço, como se fosse evitar a minha morte mais uma vez —, onde você pensa que vai?
     — Me solta.
     — Não adianta fazer nada, acredite em mim — revidou, com mais atitude e autoridade do que eu. — A sua mãe já está morta, aceite isso e não perca o seu tempo, porque ele é mais precioso do que você imagina.
     — Você não entende mesmo, não é? — joguei, e com isso ele me soltou. Eu precisava ouvir Bruce dizendo o que havia feito. Eu queria ter consciência do que as pessoas à minha volta eram capazes de fazer. No fim, saí de perto do Harry e entrei no quarto do Bruce, o encontrando sentado e murmurando alguma coisa inaudível. Ele transparecia tristeza, na verdade, e logo quando me viu se levantou. — Foi você, não foi? Foi você quem a jogou naquele rio?!

hope • hs | book 1 (CONCLUÍDO)Where stories live. Discover now