CAPÍTULO 13: A primeira lesão dele.

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Depois das férias de inverno na Lapônia, não demorou muito para Joachim Löw, técnico da seleção alemã de futebol, fizesse uma convocação. A Copa do Mundo seria no ano seguinte e aqueles seriam os últimos jogos, que iria definir quem estava classificado para ir para a Rússia.

Evelin havia visto André atuar no Brasil. Entrou em quase todos os jogos, fez dois gols no massacre em cima da seleção anfitriã e fez o passe que ajudou ao gol do título. Em Cambridge, enquanto fazia o curso, ela gritava e vibrava. Eram campeões do mundo pela quarta vez.

E nesse momento, se a vida lhe fosse boa o suficiente, ela tinha certeza que veria André brilhar em outra Copa do Mundo. Os dois se espantaram quando ele estava entre os meio-campistas escolhidos pelo técnico. Ele realmente estava passando por uma má fase, mas aquilo significava que ele ainda era confiável em campo.

- Já falei que além do 21, o número 9 também é o meu preferido?

Evelin pulou no colo de André, fechando as pernas dela em volta do corpo dele. Segurando a namorada, o jogador entrou no apartamento e fechou a porta atrás dele, levando ela até o sofá.

- Me diz que você vai conseguir tirar folga para ir aos jogos - ele pediu - Nenhum vai ser em Dortmund. E dependendo de quem a gente pegar, vai ser fora do país.

- Eu vou dar um jeito, mas eu não vou perder a oportunidade de te ver em campo pela seleção. Eu nunca vi um jogo da seleção.

- Você só pode estar brincando, liebe! - André não acreditava naquilo - Eve!

- O que? - ela sorriu para ele - Eu morei na Inglaterra por dois anos. E de qualquer forma, nunca nenhum jogo foi perto de mim.

- Cadê seu telefone, eu vou ligar pro seu chefe e falar que você vai viajar comigo por três jogos e se eu quiser, eu te devolvo pra ele.

André colocou a mão no bolso de trás da calça que ela usava, onde ela sempre deixava o celular, e Evelin começou a rir. Ele conseguiu tirar e levou o telefone até a orelha, fingindo que falava com alguém.

- É o chefe da Eve? - ele concordou com a cabeça e ela ainda o olhava gargalhando - É só pra informar que ela vai passar uns dez dias fora. É, acontece que existe algum motivo que nunca deixou ela assistir a um jogo da seleção.

- Você nunca vai me perdoar por isso - ela tirou o celular da mão dele - Eu fui em todos que eu conseguia do Dortmund.

- E ainda vai. Com uma camisa autografada.

- Mas meu querido! - ela desceu do colo dele e pôs uma mão em seu peito, empurrando-o no sofá - Se não tiver camisa da seleção autografada, pode esquecer essa bonitinha aqui gritando por você na arquibancada.

André já estava na concentração com a seleção há alguns dias, mas só na manhã do jogo que Evelin pegou um avião de Dortmund para Hamburg, cidade onde seria o jogo.

A cidade estava em festa. Não só alemães de diversas partes do país chegavam no aeroporto naquela manhã, como vários torcedores vindo de voos de Varsóvia, capital da Polônia, contra quem sua seleção iria jogar aquela tarde.

Ela estava se sentindo péssima. Quando Ana não podia acompanhá-la aos estádios, era Melissa e Gala que sempre estavam pela área VIP para entretê-la. No entanto, aquela tarde, não tinha ninguém. Estava completamente sozinha. Sentada na arquibancada, ela até via algumas namoradas de outros jogadores, que eram de outros times, que não o Dortmund, mas não as conhecia.

E Evelin era tímida o bastante para se apresentar como namorada de André.

O Volfsparkstadion enchia e era possível ver camisas brancas e vermelhas. Ela rolou os olhos. Nunca foi fã das camisas vermelhas. Munique só havia servido para que ela conseguisse o seu diploma, porque seu futebol e camisa do coração sempre foi amarela.

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