D-Boy { Taehyung Fanfic }

💚Binie is Pabo💚

Capítulo 1: Binie é idiota

  Dentro do cômodo de paredes cor de rosa, que já se encontravam bem desgastadas, e de iluminação precária onde só era possível ouvir os sons leves de dedos batendo contra as teclas de um teclado.

  Não é o instrumento musical, e sim um teclado conectado a um computador.

  O pequeno corpo sentado desconfortavelmente numa cadeira giratória bufava a cada segundo. Suas costas doíam, seus pés estavam congelando e seus olhos ardiam devido ao tempo que havia gastado rente ao aparelho.

  Os fios loiros, pintados recentemente, eram a única parte de seu corpo visível de costas, já que um cobertor grosso estava estendido sobre seus ombros.

– Agora só falta salvar...- um sorriso largo e um tanto cansado rasgou o rosto da pobre criatura; até que a pouca iluminação se fez nula e a luz que a incomodava sumiu junto da visão que tinha das palavras que levara horas para escrever – AAAAAAAAAAH ! EU NÃO CREIO NISSO ! ALGUÉM ME DÁ UM TIRO ! EU QUERO MORRER.

O corpo cansado foi direto ao chão – na verdade ele se jogou -, a garganta seca gritou palavras de ódio e as mãos pequenas e geladas socaram o chão com força.

– Omma, a Noona está tendo um ataque ! Chama o controle de animais ! – a voz do mais novo da casa surgiu do quarto ao lado no seu típico tom irritante.

–Cala a merda da boca, Kim Yugyeom ! Ou eu vou aí morder essa cenoura que você chama de nariz ! – rosnou alto o suficiente para que toda vizinhança ouvisse.

–Se acalme, Binnie. – a voz serena de Bora ressonou – A luz logo vai voltar.

A garota estava prestes a responder rudemente, mas aí ela acabou por lembrar que era a mais velha falando e que a mesma era muito amorzinho para receber patadas – o completo contrário de seu filho.

Kim Yugyeom foi adotado. Essa era uma das várias teorias que carregava em suas costas.

– Aish, eu devo ter atirado bolinha de cuspe no cabelo de Jesus para receber tanto castigo. – choramingou enquanto se aconchegava no chão frio – O que eu fiz de tão ruim, Deus ? Foi aquela bala que eu roubei ? Ou foi o soco que eu dei naquela menina nojenta ? Só me diz o que eu fiz para merecer todo esse mar de azar ! – ela continuava a murmurar frases de lamento enquanto desenhava círculos imaginários no chão gelado.

  Enquanto o cérebro por baixo da cabeleira loira se concentrava em pensar em coisas que não a deixasse mais para baixo, duas mãos ágeis seguraram no montante da janela, fazendo a travessa arrastar silenciosamente e abrir passagem para que o corpo magro e agasalhado adentrasse no cômodo.

  Por alguns segundos a loira se assustou, mas ao ouvir os passos apressados e o baque do outro corpo caindo no chão ao tropeçar no tapete, ela logo soube quem estava ali e um sorriso automático nasceu em seu rosto.

– Com quem estava falando, *Biyang ? – o intruso se aproxima da garota esparramada no chão e ri da careta que a mesma faz ao tentar se levantar e escorregar no tapete, assim como o menino fez anteriormente.

– Com Deus. – se sentou ao lado do rapaz, agora de madeixas castanhas, e o encarou com certo desinteresse – Por que está aqui ? Não tinha ido visitar teu primo anão em Busan ?

  Ele gargalhou pela comparação engraçada que a mais nova – por alguns messes – fez, Jimin ficaria irritadíssimo se ouvisse isso.

– Ele não é anão, só é bem baixinho. – corrigiu-a ainda rindo – E eu não fui porque queria te fazer uma surpresa.