A Thousand Hands [REVISÃO]

Her Tattoos

Camila POV

Ela estava em cima de mim, colocou minhas mãos acima da cabeça de novo e me olhava intensamente, começou a descer passando a boca levemente na minha barriga, já comecei a me contorcer e estiquei a mão pra pegar na cabeça dela.

– Não se mexa! — ela disse empurrando meu braço.

Ela desceu mais um pouco, quase no meu sexo.

– Camila... — ela fechou os olhos e desceu mais.

Então escutamos um falatório na sala e ela olhou pra porta desconfiada, tirando a boca do meu sexo.

– Fica aqui.

Ela correu pro closet, pegou a primeira camisa que viu, vestiu uma calça de moletom e saiu do quarto abotoando a camisa. Eu me sentei na cama, ouvi ela falando algumas coisas mas não pude entender. Coloquei minhas roupas e esperei sentada na cama. Algum tempo depois ela voltou.

– Desculpa baby, era uma amiga.

– Amiga?

– Sim, amiga. — ela me olhou sorrindo.

– Que sabe a senha do seu apartamento...?

– Ela estava com Austin, não se preocupe baby.

Ela estava trocando de roupa enquanto tínhamos esse diálogo. Primeiro colocou uma cueca preta da calvin, depois colocou uma calça de linho azul marinho, que parecia ser masculina, depois quer me dizer que era hetero, claro que era né Lauren? Ri com meus devaneios e ela virou pra trás me encarando.

– Que? - perguntou.

– Nada. - respondi seria.

Colocou um sutiã branco e depois uma camisa de meia manga azul também, olhou pra mim e respirou.

– Certo. — colocou a mão na cintura — Minha mãe está vindo pra cá, então prepare-se para conhecê-la.

Fiquei a olhando perplexa, que? A gente só tava "juntas" há um dia e meio e ela já estava querendo me apresentar pra mãe dela? Meu deus Lauren.

– Aqui no seu apartamento?

– Não, vamos pra um restaurante perto do central park.

– Sério Lauren?!

– Sim, por quê?

– Não sei, você diz que quer só uma amizade colorida comigo e já me leva pra conhecer sua mãe?

– Bom, ela ia vim aqui, Austin não deixou ela subir e disse que eu estava com uma pessoa, então ela disse que quer conhecer essa pessoa.

– Lauren... — respirei e levantei — Você não é hetero?

– Ahn... Sou, não sei, por quê?

– Bom, sua mãe acha que você é hetero, aí do nada você me leva até ela?

– Minha mãe é psicóloga, ela vai entender.

– Não Lauren, não é assim, eu vou amar conhecer sua mãe, mas eu acho que é melhor você conversar com ela sobre isso sozinha.

Ela respirou fundo, olhou pra mim, abriu a boca pra falar, andou até a parede de vidro, encarou a cidade, voltou pra perto de mim e disse:

– Certo, então eu vou te levar pra casa.

– Tudo bem.

Ela saiu do quarto e eu senti meu celular vibrando no bolso, peguei e era Ally.

– Hey Allycat.