Procurando por segredos guardados

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Dereck parecia não raciocinar e mão conseguia medir as consequências do que falava e fazia, de um tempo para cá estava odiando a palavra vadia.

"Ahhh!", soltei um gemido de dor quando me disse aquilo, me abracei e comecei a chorar e neguei com a cabeça, "Eu não quero fazer sexo com você".

Dereck não me escutou e começou a tirar a roupa ficando completamente nu a minha frente, pegou nos meus pulsos e me fez deitar na cama e arrancou do meu corpo o conjunto lindo de renda que tinha escolhido, deixando vergões em minha pele me forçando a recebê-lo dentro de mim, chorei a noite inteira encolhida ao seu lado depois que se cansou e se satisfez várias vezes, não consegui gozar naquele dia, me sentia tão humilhada e triste por que Dereck não me respeitava mais como mulher e esposa, no dia seguinte ele viajou, não disse para onde e quando voltaria.

Resolvi que já estava na hora de eu ir a traz de algumas informações sobre Vincent, saber seu passado e tentar livrar Amélia e Vincent de seus traumas, pedi a Helen que tomasse conta de Kristen e segui para o instituto de tecnologia, a mansão onde um dia eu vivi com Vincent e deixei justamente por ser enorme e não conseguir me acostumar com o tanto de luxo que aquela casa oferecia, foi uma surpresa quando o diretor me viu ali, eu estava elegante, usando uma calça jeans escura, salto e camisa branca cheia de babados, e o cabelo preso apenas por uma presilha, nos sentamos e eu pedi que me desse acesso ao deposito onde estão a maioria dos pertences de Vincent, depois de procurarem a chave do local, eu me vi sozinha no meio de tantas coisas, caminhei por aquele deposito enorme, eu precisava da minha intuição para descobrir algo que revelaria sua vida.

"Vamos Vincent... Eu sei que está aqui... Precisa me ajudar a achar!", abri um baú, lá existiam brinquedos antigos, poderiam valer uma fortuna caso fossem leiloados, fechei e deixei no mesmo lugar, aquilo um dia teria seu destino certo, puxei um lençol muito empoeirado de sima de uma mesa que embaixo dela mostrava que tinha bastante coisas, uma pequena caixinha de madeira talhada a mão me chamou a atenção, era linda e a peguei na mão, estava trancada, fiquei curiosa, a levaria comigo, deixei sobre a grande mesa e continuei a minha buscar, pilhas de livros estavam em um canto e sem querer esbarrei fazendo um estrondo naquele local, levei um susto completo e pisei em um, me abaixei para começar a arrumar, pegando um a um para empilha-los de novo, toquei em um dos livros, mas não er um livro comum, ele tinha o couro muito macio e maleável, passei a mão e abri, ele era escrito a mão, tinha anotações e desenhos e um desenho de uma jovem de olhos expressivos me chamaram a atenção, aquele olhar eu conhecia, comecei a rir, era Amélia, eu estava diante de um perfeito desenho de seu rosto, ela era simplesmente linda, as lágrimas rolaram de felicidade, eu iria conhecer a verdadeira história daquela mulher e de Vincent, mas minha busca não diminuiu e continuei a vasculhar os pertences e achei outra caixinha trancada, com detalhes de pedraria muito bem elaborada, provavelmente era da mãe de Vincent e ao chacoalhar eu percebi que eram papeis,estava leve demais para conter joias, saí de lá satisfeita pela minha busca e se precisar voltaria mais vezes, aquele lugar foi a única coisa em que Derek não conseguiu tirar de mim, ele estava em salva guarda pelo instituto e era intransferível e nem sobre justiça ele conseguiria tira-la de mim.

Charles pegou as duas caixinhas de minhas mãos e me ajudou a entrar no carro e seguimos para o apartamento, Charles me olhou pelo retrovisor, eu sabia o que ele iria dizer.

"O Sr. D'Villa já se encontra em casa!".

"Obrigada Charles!", suspirei, "Não deixe que veja essas caixinhas, são segredos que preciso manter a salvo", o olhei, "Conto com sua descrição!".

"Claro Senhora!", Charles sorriu em uma linha simpática.

A estrada para Paris foi um balsamo para mim, eu há muito tempo não me sentia com tanta liberdade, iria aproveitar mais a vida quando Derek estivesse fora, eu sentia falta de trabalhar nas minhas ONGs e me doar para as pessoas nos institutos, eu estava me transformando em uma pessoa fútil e triste e sem propósito.

"Onde foi?", Perguntou Derek sentado tranquilamente no sofá da sala me esperando.

"Até o instituto de tecnologia e ver como andam as coisas por lá!", joguei a bola em um canto e me sentando na poltrona.

"Existe um diretor que toma conta de tudo isso!".

"E eu sou a dona do instituto e tenho o dever de ir conferir com meus próprios olhos o que anda acontecendo por lá!", o olhei, era visível que não gostou do que falei, "Cansada de ficar enfiada dentro desta casa... Eu mereço respirar um pouco e me inteirar dos poucos negócios que sobraram.


Amor de Primo parte 3 - FiNaLWhere stories live. Discover now