décimo sétimo capitulo

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Coringa estava com um pirulito na boca enquanto anotava em um caderno o que faria está noite. Seus olhos estavam atentos na caligrafia maravilhosamente ridícula dele mesmo. Estreitou os olhos e depois sorriu.

Ele tirou o pirulito da boca e olhou para o céu observando o reflexo de um morcego nas nuvens. Aquilo era o sinal de que o Batman estava a solta nas ruas. Ele saiu de sua lamborghini com seus olhos fixos no seu alvo.

Coringa olhou para o restaurante a sua frente e um sorriso zombeteiro surgiu nos lábios vermelhos do Arlequim. O Palhaço estava escondido junto das sombras em um beco em frente ao restaurante. Neste local havia várias pessoas circulando de um lado para o outro. Coringa mordeu com força o pirulito fazendo-o se quebrar todo em sua boca.

Lambeu os lábios e pegou sua metralhadora que estava do seu lado. Carregou a arma e fechou os olhos. Mais uma vez, irá tirar vidas de inocentes.

- Que se foda todos eles! - falou correndo em direção ao restaurante mas não  sem antes matar as pessoas que estavam no seu caminho.

Coringa  atirou contra a enorme porta de vidro do local que tinha um cheiro de dar água na boca fazendo a porta  se quebrar em pedaços minúsculos. Gargalhou alto com diversão.

- Boa noite meus amigos! - Coringa falou adentrando no local com um enorme sorriso macabro nos lábios. - Eu decidi vir jantar com vocês, eu estava morrendo de fome. - Passou uma das mãos na barriga com um semblante de como se estivesse morrendo de dor no estômago. - Sabe qual meu prato preferido? - ele perguntou olhando para o rosto de cada pessoa que estava naquele local.

Ele sentiu vontade de se deitar no chão e rir feito um louco. Todos eles estavam com caras engraçadas transparecendo o pavor que estavam sentindo.

- Eu amo comer coração mal passado. - ele falou apontando a metralhadora para o peito de um homem que estava sentado em uma mesa junto de algumas mulheres. Este homem estava com os olhos arregalados.  - Ou melhor dizendo, coração picotado.

Assim que Coringa disse tais palavras disparou  mais de vinte balas no peito do homem deixando-o em carne viva.

O Arlequim  aumentou seu sorriso ao sentir o cheiro de sangue fresco entrar por suas narinas. Todos ali estavam apavorados,  uns choravam enquanto outros se tremiam. As mulheres que estavam acompanhando o homem não tirava os olhos do corpo sem vida do mesmo.

Elas tinham sangue em todas as partes possíveis do corpo. Uma delas chamou a atenção do psicopata. Ela não esboçava sentimento algum. Seu olhar estava distante. Era como se estivesse em um outro lugar.

Ele andou alguns passos ficando de frente com a mulher de cabelos pretos e olhos castanhos claros. Os olhos dela se encontraram com os dele e Coringa viu um brilho surgir.

- Senhor Coringa. - sussurrou fitando o homem que estava com respingos de sangue no seu terno.

Ele arqueou as sobrancelhas. Ela não deveria estar com medo dele?

- Temos uma diferentona. - ele anunciou para que todos ouvisse. Seus dentes pratiados se uniram. Seu abitual sorriso de divertimento reapareceu.

Ela abaixou a cabeça.

- Me mate logo. - a mulher que parecia não passar dos 22 anos falou baixo.

- E porque eu faria isso? - ele perguntou olhando para as pessoas que estavam paralisadas nos seus lugares.

- Porque é isso que você veio fazer, tirar sangue de pessoas inocentes. - ela o olhou novamente. - Alguns nem tanto. - terminou olhando para o homem morto.

Foi neste momento que o Palhaço descobriu o motivo da garota está daquele jeito. Aquele desgraçado que estava morto tinha feito algo para ela. Coringa não se importava nem um pouco. Mas raramente aparecia uma pessoa corajosa que não se cagava de medo quando o olhava.

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