Primeiro capítulo

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Harleen estava se olhando no espelho e seria mentira se dissesse que estava tranquila. Ela tentava a todo custo por seu cabelo em coque. O que era quase impossível. Apesar de ter cabelo liso, ele ria e debochava dela por não segurar nem em um mísero coque. A quem Harleen queria enganar? Ela não era boa nisso, nem um pouco.

Depois de alguns minutos, a loura finalmente conseguiu deixar seu cabelo em um coque quase que perfeito, se não fosse por alguns fios de cabelo que estavam escapando.

Ela olhou para as horas no relógio dourado que estava em seu pulso e suspirou. Estava na hora. Hoje, Harleen iria consultar algo, um alguém. Uma pessoa fora odiada por muita gente.

Coringa.

Ela não estava muito interessada mas, foi escalada para um nível alto, e esse nível era, consultar pessoas com um alto problema chamado doidice. Harleen com toda a certeza estava muito agradecida por ter subido de posição. Aquilo era como realizar um sonho, tecnicamente. Ela daria o seu melhor. Mostraria para si mesma que era capaz de conquistar tudo que almejava.


°•°


-Olá doutora Harleen Frances Quinnzel.Que bom que veio, achei que seria que nem os outros.- riu Jessy se referindo aos demais psiquiatras que simplesmente não aceitaram examinar Coringa.

- Eu não fugiria disso. - Harleen sorriu simpática. Ela estava nervosa e Jessy notou de imediato.

-Acho melhor se acalmar antes de atender aquela criatura. - A ruiva falou sorrindo pondo uma mão no ombro da Quinnzel que suavizou sua feição.

Harleen balançou a cabeça afirmando e soltando um ar pesado. Estava tendo um certo problema para acalmar seus nervos. Jessy saiu sem se despedir e Harleen se sentiu sozinha.

Para a surpresa da loira, Jessy voltou com uma bandeja na mão aonde havia um pedaço de bolo de chocolate e um copo com um suco roxo. Certamente era de uva.

- Óh, que gentileza sua Jessy. - falou abocanhando o bolo e dando um enorme gole no suco de uva. Agradeceria eternamente por aquela demonstração de preocupação pela parte da ruiva.

- Minha mãe sempre dizia que pra enfrentarmos nossos desafios precisamos estar bem alimentados. - Jessy disse animada observando a loura.

- Você tem razão. Quer dizer, sua mãe tem razão. - sorriu. - Está na hora. - Harleen sussurrou após ver o horário em seu relógio. - Obrigada.

Harleen se despediu da ruiva e seguiu seu caminho para a sala na qual foi instruída a ir. Suas mãos suavam e a cada 5 segundos Harleen buscava mais ar do que o normal. Receosa ela olhou para trás e pode notar seguranças a observando.

Que ótimo. - pensou revirando os olhos.

Seu corpo queimava em ansiedade, nervosismo, estava extasiada, tudo isso por que estava prestes a fazer parte de um momento delicado, cheio de expectativa. Mas acima de tudo, perigoso. Harleen ficaria à frente de um indivíduo opressor.

A psiquiatra parou em frente a uma porta banhada em tinta branca e soltou o ar que nem havia percebido que estava prendendo.

- Ele não morde Harleen. - sussurrou pra si mesma antes botar suas mãos suadas na maçaneta, e gira-la lentamente.


Arlequina Where stories live. Discover now