CAPÍTULO 35

3K 233 3
                                    

Na manhã seguinte, despertei às nove horas, fiz minha higiene matinal, tomei café e pedi a Victor que me levasse até a empresa. Ao chegarmos lá, Andreia parecia estar me esperando há horas e, ao me avistar, veio correndo me abraçar.

-Demorou, hein dona Débora! - Ela diz, tentando manter a seriedade. - Mas eu já separei as ideias para sua casa e acho que você vai gostar.

Eu sorrio.

-Então, pega essas ideias e vamos direto para a minha nova casa- Digo, e ela vai buscar as pastas e logo volta. Vamos direto para a minha casa.

Chegando lá, Andreia não parava de falar no quarto do bebê, perguntando onde seria... Ela estava mais animada do que nós, os pais do bebê.

Ela deu ideias ótimas para toda a casa e eu dei os meus toques, lógico. Andreia disse que iria fazer os pedidos de tudo hoje, mesmo estando de férias, mas ela disse que não importa, ela vai trabalhar na decoração da minha casa.

Minha sogra pediu que fôssemos às compras hoje à tarde, dizendo que eu preciso de roupas largas e comprar algumas coisas para o enxoval do bebê. Ela disse que vamos comprar tudo em tons neutros, já que ainda não sabemos o sexo do bebê.

Visitamos diversas lojas, e minha sogra não está poupando dinheiro. Ela insiste em pagar por tudo, o que às vezes me incomoda. As coisas para o bebê serão entregues em casa amanhã à tarde. Agora estamos indo à loja de móveis para comprar os itens do quarto do casal. Nessa parte, preferi cuidar pessoalmente e não deixar que Andreia se envolvesse.

Compramos uma cama Box de casal, um guarda-roupa grande com portas de correr, duas cômodas para a cabeceira da cama, dois abajures, espelhos para a parede, um ar condicionado, entre muitas outras coisas.

Ao cair da noite, decidi passar a noite na casa de Tamara, que ligou mais cedo querendo matar as saudades. Victor ficaria na casa dos pais dele. Lanchei com minha sogra em uma lanchonete antes de seguir para a casa de Tamara.

Tamara me recebeu com um abraço caloroso.

Passamos a noite compartilhando novidades. Ela mencionou estar conhecendo um cara e planejando se mudar para a Califórnia em breve. Pedi para ela não partir antes de ver o bebê crescer, e ela garantiu que a mudança só aconteceria daqui a um ano e meio, pois ainda precisávamos ir ao tribunal para o julgamento de Bruno.

Seis meses se passaram. Eu estava com um barrigão e uma fome incessante. Já estávamos morando na cidade, e minha tia e a sogra não me deixavam ter um momento de descanso. Trabalho para casa, e ao chegar, elas me mimavam.

Arthur sugeriu que eu saísse mais cedo do trabalho, encerrando meu expediente por volta das quatro da tarde. E adivinhe quem é o novo amor de Tamara? Isso mesmo, o senhor Arthur. Victor e eu os convidamos para serem padrinhos do nosso bebê, e eles pularam de alegria. Anje não ficou muito contente com nossa escolha, mas não brigou tanto quanto eu esperava.

Eu estava no jardim, acariciando a barriga e relaxando na grama. Victor chegou mais cedo do trabalho e sugeriu sairmos para jantar naquela noite. Sentando ao meu lado, ele beijou minha bochecha.

-Como está nossa muleca? - Ele perguntou passando a mão na minha barriga.

-Bem alimentada. - Rimos. - Como foi o trabalho hoje?

-Um pouco cansativo, mas valeu a pena. Consegui sair mais cedo para ficar com minhas mulheres.

Ficamos olhando o céu por uns instantes. Eu olhava uma vez ou outra para Victor. Não dá para acreditar que em meio a tudo que aconteceu, no final, amei ele e ele cuidou de mim.

Victor pôs sua mão sobre a minha.

-Em que está pensando? - Ele perguntou me tirando dos meus pensamentos.

-Em nós - Digo e sorrio. - Apesar de tudo, estamos juntos!

Ele sorri e me beija.

Já era noite e eu estava indecisa em qual vestido usar, pois com aquele barrigão eu não tinha muita escolha de roupa. Peguei o longo azul escuro com detalhes em brilhantes floridos. Coloquei uma sapatilha preta e deixei meus cabelos soltos. Fiz uma maquiagem bem levinha, porque ninguém nem sequer me deixava chegar perto das minhas maquiagens, diziam que fazia mal ao bebê. Mas sou teimosa, e nas minhas maquiagens, sou eu que mando.

-Que mulherão, amor! - Ele disse, vindo até mim. Eu sorri. 

Entramos no carro e fomos até um restaurante que abriu há pouco tempo. Era magnífico. Tudo muito arrumado e lindo. Ele perguntou pela mesa reservada, e a moça nos levou até lá. Sentamos e nos entregaram o "Menu", melhor dizendo, o cardápio.

-Amor, que povo cheio de 'não me toque' - Digo, e Victor ri parecendo nervoso.

-Isso você está dizendo.- Ficamos olhando o cardápio.

Logo chegaram Anje e Alex e se sentaram conosco à mesa. Depois chegaram Arthur e Tamara.

Eu não estava entendendo nada. Todos sorriam, e Victor com aquela cara nervosa.

Ele pôs sua mão no bolso e pediu que eu me levantasse. Ajoelhou-se à minha frente e...



Minha Calmaria Em Meio Ao CaosOnde as histórias ganham vida. Descobre agora