CAPÍTULO 25

3.1K 255 1
                                    

Tamara aparece na porta do quarto e eu faço sinal de silêncio.

-O café da manhã está pronto - ela cochicha. Eu faço sinal de positivo com o polegar e ela sai.

Fico mais um pouco ali deitada com Victor e vou me levantando devagar, mas sinto Victor me puxar para si pela cintura.

-Levanta agora não - ele diz com voz sonolenta.

-O café da manhã já está pronto, dorminhoco - digo sorrindo e me virando para ele. Ele abre os olhos com dificuldade por conta do sono.

-Fica só mais um pouquinho, depois a gente levanta - ele me puxa para mais perto e sorri.

Aquele rosto sonolento é apaixonante. E esse sorriso? Nem se fala. Acho que falhei na missão de não pensar em Victor enquanto o meu mundo desaba lá fora.

Fico olhando cada detalhe do rosto de Victor e o quanto ele era apaixonante. Victor sela os nossos lábios em um selinho demorado.

-Vamos escovar os dentes e tomar café - digo sorrindo e ele retribui. Ele me puxa para mais um selinho rápido e nos levantamos.

Fui escovar os dentes primeiro, apesar de não ter luz, pelo menos há banheiro, graças a Deus. Após escovar os dentes, vou para a pequena cozinha da casa. Começo a tomar café e Victor se senta à minha frente para tomar o seu café.

-Cadê a Tamara? - ele pergunta, quebrando o silêncio.

-A última vez que a vi, foi quando ela foi lá no quarto - respondo.

Não demora muito e Tamara entra na casa.

-Eu sei que vocês já estavam com saudade, fui só avisar no meu local de trabalho que estou mais perto deles - ela diz, colocando uma mochila no sofá. - Eles vão sempre dar uma olhada na área para nos manter mais seguros.

-Mas não sei porque tanto medo, Bruno é um e nós somos 3 - Victor diz, sério.

-Um? É o que você pensa. Ele tem vários comparsas, por isso sabe cada passo que damos, aliás, que vocês dão - comenta ironicamente, e Victor ri.

-Está bem, talvez... - ela fala enquanto procura algumas fotos na mochila. Ela joga as fotos na mesa. - Esses são alguns dos caras que estão atrás da gente!

Eu e Victor olhamos as fotos atentamente, uma delas me chama muito a atenção.

-Victor? Olha isso - digo, mostrando a foto. - É o Jared!

Victor olha para mim e observa a foto novamente.

-Será que ele sabia que Bruno estava atrás de mim quando ele foi me procurar na sua casa, quando eu me tranquei no banheiro e ele me ligou? - Pergunto para Tamara.

-Talvez... - Tamara senta-se conosco na mesa e fica pensativa.

-Tamara, o Jared pode estar querendo nos ajudar. Quero acreditar nisso. - digo, e Tamara me olha. Ela se levanta, vai até o quarto e volta com meu celular em mãos.

-Você tem o número desse tal Jared? - ela pergunta.

-Claro, olhe na agenda - ela procura por algum tempo e logo encontra, fazendo a ligação.

Tamara sai da casa e conversa por um tempo com Jared.

(...)

-Vou dar uma saída e você - ela aponta para mim. - Vai ter que vir comigo.

-Para onde você vai levá-la? - Victor pergunta.

-Jared só aceita falar comigo se a Débora for junto - ela diz. - E pediu que não levasse mais ninguém além dela.

Victor fica um pouco irritado e vai para o quarto. Eu olho para Tamara e peço para ela esperar, então vou atrás dele.

-Por que ficou assim? - pergunto, abraçando-o por trás.

-Se esse cara tentar fazer alguma coisa contigo, eu não estarei lá para te proteger - ele se vira, ficando de frente para mim.

-Tamara estará lá, e ela me deu uma arma - mostro a pistola em minha cintura.

-Tome cuidado com isso - ele diz preocupado.

-Vou tomar - sorrio. Ele me beija e eu retribuo.

Já estou acostumada a beijar Victor, ele me acalma e eu o acalmo aparentemente.

Paro o beijo e ia saindo, mas Victor me puxa e me abraça.

-Cuide-se! - eu sorrio e ele me dá um selinho.

(...)

Entramos no carro e Tamara segue por uma estrada de terra. Seguimos por uns longos 8 minutos.

Chegamos a um galpão e ela estaciona o carro em frente.

-Vem logo atrás de mim, e já sabe - ela se refere à arma. Eu apenas concordo com a cabeça.

Tamara entra e fui puxada por alguém que tampou minha boca. Fui jogada dentro de um carro e colocaram um pano com um cheiro forte no meu rosto, desmaiando.

(...)

Tamara

Entro no galpão e Débora vem logo atrás, pelo menos era isso que eu achava. Quando entro, a porta se fecha atrás de mim. Olho para trás e não vejo Débora. Uma luz está acesa ao fundo, e eu sigo até lá. Vejo um homem de costas.

-Ei - chamo, mas o homem não se vira. - Ei, dá para virar para cá, querido?

Ele se vira, rindo.

-Olá, Tamara! - o reconheço como Gabriel, meu meio-irmão.

-Gabriel? - Sim, era Gabriel. - O que você faz aqui?

-Apenas o meu trabalho - ele ri ironicamente. - Mas você não deveria estar aqui!

-Que tipo de trabalho você exerce? - pergunto, receosa.

-Alguns, nada tão grave - ele se aproxima. - Nunca houve investigação, então não é nada tão grave da minha perspectiva.

Do que Gabriel estava falando? E onde a idiota da Débora se meteu?

-Cadê Jared? - pergunto, afinal, foi a ele que vim encontrar.

-Ele deve estar com sua amiguinha agora - ele ri. - Você é mesmo uma boba por acreditar tão facilmente nas pessoas!

Minha Calmaria Em Meio Ao CaosOnde as histórias ganham vida. Descobre agora