- tudo bem, não se preocupe - falo cansada.

Assim que nos despedimos, praticamente corro até o meu armário para guardar minhas coisas, e quando eu o abro, um pequeno bilhete cai na minha frente.



Eu preciso conversar com você. Sei que está brava comigo, e que a essa altura já apagou o meu número de celular, mas preciso falar com você.

- Leon Black.




Amasso o bilhete com raiva e o jogo no lixo. Eu não quero falar com ele. A cada passo que dava a caminho da porta da escola, era um pedido que eu fazia a Deusa para que a chuva tivesse ido embora. E bom, parece que funcionou.

Fecho melhor meu casaco e começo a caminhar para fora, apenas aproveitando a brisa fresca.


(...)

Após uns 15 minutos andando, uma gota de água cai na minha testa.

Droga, estava começando a chover de novo.

Coloco meu capuz e começo a correr na medida em que a chuva estava se intensificando, que por sinal foi de uma hora para outra. A vista a minha frente estava começando a ficar turva por causa das gotas de água e da potência em que caiam, mas eu sabia a direção que tinha que seguir.

Sinto uma mão segurar meu braço e me puxar com força para trás, mas quando penso em gritar minha boca é tampada.

- calma, sou eu! - Leon fala alto devido ao barulho da chuva.

- mas o que está fazendo aqui?! - me viro para ele - seu grande imbecíl!

Ele estava com os cabelos molhados e sua blusa completamente encharcada, como quem estava correndo na chuva a bastante tempo. Sua blusa branca por baixo de sua jaqueta estava quase transparente, e seus lábios levemente pálidos por causa do frio.

- estava te seguindo! - ele fala com normalidade - vamos, tenho uma casa aqui por perto... - ele pega minha mão.

- eu não vou a lugar algum com você! - vocifero com fúria, me livrando de seu toque.

- você não vai conseguir voltar para casa, a chuva está ficando mais forte! - ele fala impaciente - está frio aqui, você vai ter uma hipotermia!

- eu não me importo! - volto a andar com pressa.

- Emily, seus lábios estão pálidos e suas mãos geladas! - ele se põe a minha frente - apenas espere a chuva amenizar em algum lugar quente!

Em algo ele tinha razão, minhas pernas estavam tremendo tanto quanto minhas mãos, e só agora podia perceber isso.

Eu me recuso a desmaiar com o frio. E eu não me arriscaria em me transformar aqui, com possíveis humanos por perto.

- Emily! - ele me chama, me despertando dos meus devaneios.

- ta bom, droga! - grito.

- ótimo! - ele sorri e segura minha mão contra minha vontade, me puxando para um desvio pela floresta.

Ele nos guia até uma pequena casa a uns 10 minutos dali. Estavamos completamente encharcados e morrendo de frio.

Te Amo Meu Alpha-2° volume.Onde as histórias ganham vida. Descobre agora