three

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Ashton se assustou com a imagem que viu quando chegou à enfermaria.

Não o leve a mal, é apenas estranho quando você vê o novo voluntário do hospital dormindo ao lado de um paciente.

Ashton pigarreou, andando até o garoto loiro.

- Luke... - ele chamou, baixo. O menino nem se mexeu. - Luke! - deu tapinhas leves em seu braço, esperando que acordasse.

- Sai, mãe! - Luke resmungou.

- Luke! - Ashton o puxou, e o garoto quase caiu da cama.

Foi até engraçado. Luke havia pulado na cama, não caindo por muito pouco. Seus cabelos estavam bagunçados e seu rosto estava amassado.

Ashton se culpou por achar isso extremamente sexy.

- Nossa, me desculpe. Eu... eu só estava aqui e... - Luke tentava se explicar, gaguejando. Mordia o lábio a todo momento, junto com aquele piercing.

Ashton sentia vontade de gritar.

- Não tem problema. Eu só ia te pedir para fazer algo, mas já que você está olhando o Michael...

Luke agradeceu por isso.

Estava preocupado com o garoto, ele era tão pequeno. Sentia vontade de cuidar dele.

E, bom, ele meio que estava fazendo isso.

Sorriu para o cacheado, ele não era tão ruim assim.

O loiro mal sabia o que causava dentro do mais velho.

De repente, Michael acordou. Luke se virou, tentando ajeitar o cabelo e a roupa amarrotada.

Michael olhou para os dois, não entendendo nada.

Era sempre assim. Demorava um pouco até que ele lembrasse de tudo.

Quando acontecia, ele preferia não lembrar.

- Eaí, campeão? Como se sente? - Ashton perguntou, sorrindo.

- Dolorido. - Michael respondeu, olhando para o cacheado.

- Onde dói? Quer alguma coisa? Água, algum remédio...?

- Não, obrigado. Já estou acostumado com isso.

Luke odiava a maneira como Michael fingia estar bem.

- Tudo bem, então. Você vai ficar com o Luke hoje.

Ashton disse e saiu, acenando quando chegou na porta. Michael acenou de volta.

Luke pegou o banco que tinha no canto da sala, colocando-o ao lado da cama. Não queria ver Michael triste, então começou a puxar assunto.

- Então, quer fazer alguma coisa? - perguntou, sorrindo e batucando os dedos no banco.

- Que tipo de coisa? - Michael indagou, olhando para o loiro.

- Não sei, que tal dar uma volta? Você já teve alta, não é?

- Sim. Mas... Acho que eu prefiro ficar aqui.

- Ah, Michael, vamos. Vai ser divertido.

- Eu estou sem roupas. - o menor sussurrou, envergonhado.

Luke viu sua bochecha tomar uma coloração vermelha.

Ele havia corado, e Luke pensou que isso era a coisa mais fofa que já tinha visto.

- Eu posso buscar roupas pra você. - Luke riu.

- Pode mesmo?

Luke estranhava a maneira como Michael parecia pensar que ninguém faria nada por ele, então apenas saiu da enfermaria sem dizer nada.

Passou pelo corredor, à procura do quarto de Michael. Quando o achou, entrou e se sentiu tonto.

A maneira como a energia daquele lugar pesava, o jeito como tudo era, ao mesmo tempo, tão certo e tão errado... Tudo isso era tão estranho para ele.

Enxergava as marcas nas paredes e quase podia ouvir as noites de agonia de Michael. Quase podia escutar seu choro baixo. Quase podia ouvir seus sussurros.

Quase sentia como se fosse louco também.

Abriu as gavetas de Michael, à procura de uma roupa qualquer, se surpreendendo ao notar que quase todas as suas camisas eram de bandas.

Tentou abrir a última, mas parecia estar trancada.

E, bom, não que ele fosse curioso, mas...

Quando deu por si já estava procurando a chave em todos os lugares possíveis.

Ele revirou o quarto todo em cinco minutos, e já estava cansado de procurar quando levantou o colchão de Michael.

Bingo.

A chave estava lá, e Luke se animou com isso.

Mas parou ao perceber que também tinham lâminas ali.

Luke sentiu nojo do hospital e das pessoas que trabalhavam ali. Como eles podiam deixar isso acontecer?
Era extremamente fácil achar essas coisas, então por que eles continuavam deixando isso de lado?

Respirou fundo, fazendo uma anotação mental para falar com Ashton sobre isso depois.

No momento, o foco dele era aquela gaveta.

Colocou o colchão no lugar, se sentando no mesmo e não hesitando em abrir a gaveta.

O adolescente não pôde deixar de ficar surpreso com o que encontrou.

Não eram lâminas, ou remédios. Não era nada assim. Não era nada tão sério, pelo menos para Luke.

Eram cartas. Muitas delas.

Eram cartas de alguém chamado Calum.

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oioioi
desculpa pela demora, mas é que

na verdade não tem motivo, eu só não gostei muito desse cap hdisbdi

vocês estão gostando da história? espero que sim

desculpa por ser tão chata dusjjsjw

ps.: OBSERVEM ESSES BEBÊS LINDOS E CHEIROSOS NA MÍDIA AAAAA

bj pra mim, bj pra ti, tchau tchau

insane ➸ mukeWhere stories live. Discover now