Olhei ao redor do restaurante, sentindo-me fora um peixe fora d'água em um lugar como este. O lugar inteiro gritava sofisticação.

— Boa noite, senhor. — O gerente nos saudou quando nos viu.

Ele nos avaliou, dando-me um olhar de desaprovação quando percebeu o que eu estava vestindo. Eu queria me encolher quando percebi o quão estranho era estar aqui. Eu estava vestida com um jeans e uma camiseta velha. Esse era um traje pouco apropriado para um restaurante chique como este.

— Nós temos uma reserva em nome de Lawrence. — Pierre rosnou quando viu como o gerente olhou para mim. O rosto do gerente caiu e eu soube imediatamente que ele sabia quem era Pierre. Ele nos levou aos nossos lugares, entregando-nos a carta de vinhos. Antes que eu pudesse dar uma olhada, Pierre falou.

— Pinot Gris.

O gerente concordou, entregando-nos os menus antes de se afastar. Olhei para o menu com estupor atordoado. O lugar era caro demais, porra! Como ele pensava em gastar dinheiro comigo em um lugar daquele?

— O que você quer? — Pierre me perguntou, tirando-me dos meus devaneios. Dei de ombros. Eu não poderia mesmo decidir.

— Você não vai me responder? — Ele pressionou. Depois me deu um olhar plano.

— Comer. —, eu respondi em tom "não ainda óbvio?" e ele revirou os olhos para mim.

Dessa forma, ele se encarregou de pedir a comida, e assim que terminou de fazer isso, o silêncio se estabeleceu na mesa. Olhei para Pierre de soslaio, que estava olhando para mim fixamente, fazendo com que eu me contorcesse desconfortavelmente no meu lugar.

— Pare de olhar fixamente. — Eu murmurei, afastando-me dele, – o máximo que era possível em uma mesa para dois – enquanto eu senti um rubor escuro cobrir meu rosto.

— Por que está agindo tão estranho, Srta. Kingsley? — Pierre sorriu.

Eu estreitei meus olhos para ele.

— Você não acha que isso vai arruinar sua reputação? — Eu disse e quando Pierre franziu a testa para mim, eu expliquei. — Você não é geralmente visto com inglesas donas de cafés. Estou muito longe das modelos com as quais você está acostumado.

Pierre parecia divertido.

— Você tem que olhar para cima, Srta. Kingsley. — Ele brincou.

— Eu não sou uma desempregada, Sr. Lawrence. — Eu bufei.

— O que você faz? — Pierre perguntou, subitamente sério.

Eu fiz uma careta.

— Você já sabe. Eu gerencio um café.

— O que você faz quando você não está no café?

Dei de ombros. — Nada muito sério. Eu só saio com Adrian... e, ah, meus pais de vez em quando.

— Adrian? — Um olhar sombrio atravessou seu rosto e eu quase me bati. — Vamos falar sobre Adrian.

Engoli em seco, tomando um grande gole do vinho.

— O que quer saber sobre o Adrian?

Os olhos de Pierre queimaram nos meus e eu não consegui desviar o olhar para outro lugar além dele. Eu tinha certeza que toda a cor tinha sido drenada do meu rosto e eu parecia com um fantasma ou algo assim.

— Sobre você e Adrian. — Pierre se alterou e o medo borbulhou dentro de mim. Eu sabia que não seria capaz de mentir mais. E por alguma razão, Pierre sempre viu através de minhas mentiras.

— Por que não podemos apenas desfrutar o jantar e ir para casa? — Eu perguntei, ainda não capaz de manter o meu olhar longe dele.

O rosto de Pierre brilhava com raiva.

— Porque eu não quero estar pensando em foder a namorada do meu irmão!

Eu congelei. As palavras se perderam dentro mim, e eu acho que mesmo que eu quisesse falar, eu não poderia. Eu estava atordoada. Pierre mexeu-se mais para frente e sua mão apertou a minha.

— Você está realmente com o meu irmão, Jennifer?

— Está ficando tarde. — Eu murmurei, fugindo do assunto.

— Diga-me, Jennifer. Nós não deixaremos este lugar até que você me diga. — Ele estreitou os olhos para mim, dizendo-me que não estava brincando sobre isso.

— Não. — Eu sussurrei.

Eu vi a forma de um sorriso no rosto de Pierre, mas ele rapidamente o cobriu.

— Eu não a ouvi, o quê?

— Eu disse que não, ok? — Eu repeti, exasperada. — Eu estou apenas fingindo ser sua namorada! Feliz?

O rosto de Pierre brilhou com a felicidade.

— Muito. Por quê?

— Eu não posso te dizer isso. Adrian vai me matar só por dizer o que eu já disse.

Pierre não disse nada. Seu telefone tocou e ele franziu a testa. Ele atendeu, e então olhou para mim.

— Para você.

Olhei para ele, intrigada.

— Quem é?

Ele não teve que responder, pois ouvi a voz veio através do telefone.

— Jenny!

— Adrian? — Eu perguntei, surpresa.

— Onde está você? — Ele parecia em pânico.

— Em um restaurante.

— Nós temos que sair.

— O que? Por quê? — Eu perguntei, o medo se espalhando através de mim.

— Frederich e Shelly estão aqui.

O telefone de Pierre caiu da minha mão no prato enquanto eu olhava para qualquer coisa à minha frente com horror. Porra.

***~~~~~~~~~~~~~~~~***

Oi gente, o que estão achando da história? Por favor, ajudem essa autora a crescer. Curtam, comentem, compartilhem... Não se esqueçam, ok!! Milhões de beijinhos de luz em seus corações ♥♥ LOVE YOU

***~~~~~~~~~~~~~~~~***

Resistindo a Ele Onde histórias criam vida. Descubra agora