Capítulo 10

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Nós dirigimos para a mansão Lawrence em silêncio. Eu não sabia o que dizer, como fazer com que o humor do Pierre melhorasse. Foi claramente óbvio para mim que Andreas estava perto demais do coração de Pierre, ele o amava como um filho. E Andreas tinha apenas dois meses de vida daqui para frente. Será se isso seria o melhor para o pobre garoto? Será se isso significa que você tem que se preparar para a tristeza que está prestes a entrar em sua vida? Será se o fato de que alguém próximo ao seu coração vai morrer, mas terá paz, torna tudo menos doloroso?

Eu olhei para fora da janela, perdida em meus pensamentos. Uma sensação de calor passou por mim e eu me virei para ver Pierre apertando a minha mão sobre o console do carro. E ele nem sequer pareceu notar isso. Um pequeno rubor cobriu minhas bochechas, mas eu apenas encolhi os ombros. Eu gostei muito que Pierre me procurou para o conforto. De alguma forma, em alguma fodido forma, isso me fez sentir quase especial para ele.

— Eu nunca disse a ninguém sobre Andreas. — Pierre falou depois de algum tempo. — Nem à minha mãe. Nem ao meu pai. Nem mesmo Adrian sabe, e nós somos tão próximos.

— Por quê?

Pierre virou-se para mim. — Eu prefiro não contar coisas assim.

— Todo mundo pensa que você é um homem cruel e frio de qualquer maneira, por que mudar isso? — Eu rebati, instantaneamente me sentindo culpada quando ele me deu olhar obscuro. Eu rapidamente mudei de assunto, não querendo causar uma briga. — Por que você me levou lá?

Pierre não respondeu, e eu não fiquei surpresa. Eu não esperava que ele respondesse de qualquer maneira. Mas eu estava curiosa para saber por que ele me levou.

— Eu não sei. — Pierre disse finalmente, fazendo-me olhar para ele com surpresa.

— O que?

Ele suspirou, suas mãos apertando forte o volante.

— Eu não sei por que levei você lá. Impulso, eu acho.

— Você se arrepende de me levar lá, então?— Eu perguntei, com a esperança de que ele dissesse que não queimando em mim.

— Não. — Pierre respondeu quase que imediatamente. — Eu não me arrependo de levá-la lá. Você foi tão natural com as crianças. Eu tenho certeza de que as crianças a amaram.

Um rubor subiu para meu rosto e eu olhei para fora da janela. Eu podia ver os sinais de alerta se acenderem em néon brilhante, piscando na minha cabeça, dizendo: "PERIGO!". Mas eu já estava além desse ponto agora.

— Jennifer... — Pierre começou a dizer, com a voz tensa, mas ele foi interrompido quando seu telefone tocou. Eu assisti com interesse enquanto todo o seu comportamento mudou. Ele tornou-se mais rígido, em estado de alerta. Foi-se o descontraído Pierre. Este era Pierre Lawrence, o CEO.

— Sam. — Ele falou em um tom monótono, sua voz fria e distante. — Como diabos isso aconteceu? — Ele quase gritou. — Ponha o Kumaron nisso agora... Sim... Eu não me importo como... Verifique se o seguro... Bom... Mantenha-me atualizado.

Eu podia sentir toda a mudança em seu comportamento. Ele parecia realmente bravo e irritado.

—Você está bem? — Eu perguntei calmamente, agora sabendo como conversar com ele.

— Sim. — Sua resposta foi cortada, curta. — Chegamos.

Eu fiz uma careta e olhei para fora. Nós estávamos em um restaurante. O criado abriu a porta e eu rapidamente saí, tentando esconder minha surpresa.

— O que estamos fazendo aqui? — Perguntei a Pierre, quando ele caminhou em minha direção, jogando as chaves do carro para o manobrista. Ele agarrou minha mão, me puxando em direção a ele, me fazendo ofegar de surpresa. Ele não disse nada, mas entrou.

Resistindo a Ele Onde as histórias ganham vida. Descobre agora