Saí de lá o mais rápido que pude, evitando completamente o olhar dos irmãos. Um deles era meu namorado falso e o outro era o meu inferno, determinado a me seduzir. Um rosnado de frustração escapou dos meus lábios e eu me inclinei contra a parede, olhando para o jardim bem iluminado. Marie tinha feito de tudo para impressionar e estava conseguindo isso com êxito. Luzes de todas as cores adornavam o jardim e mesas foram colocadas em outra extremidade do lugar.

— Tudo certo aí? — Eu ouvi uma voz atrás de mim. Pierre. Eu não precisava me virar.

— Mais ou menos. Eu nunca fiz algo assim. E você está se aproveitando disso. Como você está se sentindo?

Ele veio e ficou ao meu lado. Eu fiquei instantaneamente embriagada com o seu perfume e o cheiro do seu cigarro, mas mesmo assim eu enfrentei-o com o olhar. Ele ergueu as sobrancelhas. Peguei o cigarro da sua mão e o joguei no chão, amassando-o sob meus saltos.

— Por que fez isso? — Pierre protestou, olhando para mim.

— Não fume. — Eu respondi. — Pelo menos não quando você está comigo.

Ele suspirou. — Para responder à sua pergunta, eu odeio esses eventos. Não vá a menos que seja absolutamente necessário.

Olhei para ele com surpresa. — Sério?

— Sim, realmente. — Ele revirou os olhos. — Apesar do que você pode pensar, eu não sou uma daquelas pessoas que são regulares em lugares como este.

Eu não respondi. O silêncio entre nós não era desconfortável. Era quase reconfortante. Eu suspirei, odiando que eu tinha que voltar lá novamente. Eu me senti como um peixe fora d'água. Completamente fora do meu elemento.

— Você não quer voltar lá, não é? — Pierre perguntou, como se tivesse a habilidade para ler a minha mente.

— Não.

— Honestamente Jennifer, por que está aqui? — Pierre perguntou, seu tom me dizendo exatamente o que ele estava tentando perguntar. Ele queria saber por que eu estava fingindo ser a namorada de Adrian. Ele queria que eu admitisse que eu estava fazendo isso. Mas eu não ia lhe dar a satisfação.

— Devemos entrar. — Eu disse, e sem esperar pela sua resposta, eu entrei. Eu sabia que ele estava me seguindo e isso me deixou desconfortável. Não é todo dia que você encontra um incrível deus grego querendo você. Eu era como Eva no Jardim do Éden. Não estava livre da tentação e sabia que mais cedo ou mais tarde iria pecar.

— Aí está você. — Disse Adrian com um floreio desnecessário, visto que eu não saí da casa, apenas dei uma volta no pátio externo. — Estão servindo o jantar, vamos lá. — Ele pegou minha mão e me puxou junto com ele.

E no jantar é que eu me senti mesmo desconcertada. Aliás, eu estava sentada entre Pierre e Adrian agora. Engoli em seco quando o mais cretino dos irmãos sorriu para mim. Algumas pessoas que eu não conhecia estavam sentadas à mesa e mesmo com Adrian me apresentando uma por uma, ao passar por uma, eu já tinha esquecido o nome da outra. Não fiz, de qualquer forma, nenhuma tentativa de lembrar os nomes pelo fato de que eu não iria vê-los novamente depois desta noite.

— Entradas. — Adrian murmurou quando um garçom colocou um prato na nossa frente.

Ele encheu os copos com vinho tinto enquanto eu olhava ao redor, completamente perdida. Adrian estava falando com alguém em italiano e eu não queria nem sequer olhar para o que Pierre estava fazendo.

Assim que levei a primeira garfada de comida à boca, eu senti os dedos no meu vestido. Engasguei e Adrian, atencioso como sempre, gentilmente acariciou minhas costas.

Resistindo a Ele Where stories live. Discover now