Capítulo 13

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Chego na emissora um pouco atrasado, mas não me importava muito, ultimamente nada mas me importava,desde que a Silvia e eu nos separamos parece que nada mas importa.

Tive uma reunião com alguns produtores, eles queria que eu fizesse o novo vilão de uma serie, não aceitei,não queria trabalhar, não agora.

Estava com uma dor enorme na cabeça, e a emissora como sempre estava cheia de gente e o barulho só aumentava, pergunto a uma das pessoas se tem algum camarim vazio que eu pudesse descansar um pouco.

Entro em um camarim, e fecho a porta, mas percebi que havia alguém lá.

-desculp...- parei de falar assim que virei, era a Sílvia, ela estava tão linda e sexy,com aquele vestido laranja,colado em seu corpo valorizando suas curvas,fiquei hipnotizado com a bela visão.

-não tem problema- ela fala um pouco tímida, como quem sente vergonha.

- eu vou embora- falo e vou até a porta, tento abrir mas sem sucesso, tento outra vez mas abria- droga.

- algum problema? - ela pergunta curiosa.

- não quer abrir- falo tentando abrir a porta mas uma vez- essa droga não abre.

Tento mas algumas vezes, até que desisto, me sento no sofá, tentando não ligar para a presença de Sílvia, que por sua vez estava, estava em pe perto da parede,lendo algo que parecia ser um livro.

Procuro meu celular, mas lembro que havia o deixado no carro, penso em perguntar se a Sílvia estava com o dela, mas resolvo não fazer isso, penso que quanto menos contato eu tiver com ela vai ser bem melhor.

Observo ela algumas vezes, ela esta mordendo os lábios, com as pernas inquieta, com um olhar ingênuo e singelo, aquela imagem me encantava,me fazia esquecer todo o sofrimento das ultimas três semanas.

Ela mordia os lábios com uma inquietude, eu sabia que ela estava me provocando, ela sabia que eu adorava quando ela parecia uma virgem inocente, eu já não sabia se conseguiria aguentar por muito tempo essa vontade louca que estava de ir lá e beija-lá, eu tinha que ser forte, mas ela não estava deixando.

- dá pra para com isso- falo me levantando.

- isso o que? - ela pergunta se fazendo de inocente.

- de me provocar- falo um pouco agitado.

- não estou te provocando- ela fala e em seguida morde os lábios.

- não? Tem certeza que não?

- tenho- ela continua mordendo os lábios, SAFADA.

- ok- sussurro- droga.

- qual o problema?

- o problema foi que você me traiu- eu deixo escapa.

- eu já te expliquei que não foi bem uma traição, eu nem sei de onde surgiu aquele homem, ele me beijou do nada.

- e você retribuiu e quem sabe mas o que você iria fazer se eu não estivesse ali, talvez fosse até pra cama com ele.

- não vou discutir com você- ela fala e morde os lábios discretamente.

Não consigo resistir, e quando dou por mim, eu já estava ha empurrando contra a parte, eu estava tão perto dela que conseguia sentir o leve cheiro do seu Womanity Thierry Mugler, e conseguia sentir a sua respiração fluindo contra a minha, seus olhos verdes observando a minha boca, enquanto a sua boca me deixava hipnotizado.

Não sei por qual motivo mas eu simplesmente a beijei,minha lingua explorava cara canto de sua boca, enquanto eu  pressionava seu corpo contra o meu, minha mão deslizou pelo seu corpo até chegar na sua bunda onde eu apalpei sem o menor pudor.

- não, não- eu disse enquanto me afastava dela.

- Jorge? A gente pode tentar outra vez.

- não, não podemos- eu afirmo.

- por que não? E esse beijo?

- esse beijo foi um erro- eu afirmei enquanto a olhava de um jeito serio.

Ela não disse nada, apenas me deu as costas e pude perceber que ela esta chorando, isso me doía muito, eu não conseguia vê a Sílvia chorando por minha culpa.

- para de chorar- eu falei um pouco confuso.

- você me odeia né?- ela se virou e me olhou de um jeito sereno.

- não, esse é o problema.

- que problema Jorge?- ela perguntou caiam algumas lágrimas em seu rosto.

- era pra eu te odiá, mas infelizmente eu não consigo te odiar, por que eu te amo- as palavras saíram da minha sem que as pudesse controlar.

Me lembrei da noite em que vi a Sílvia com outro homem, lembrei de quando estávamos no quarto e ela não conseguiu dizer que me amava, aquilo me machucou de um jeito, talvez de se ela tivesse dito que me amava eu e ela estivéssemos juntos.

Ela continuou a chorar, me virei pra não vê essa cena, quando ouvir.

- Eu te amo Jorge- ela disparou como uma bomba- eu te amo e sempre vou te amar, até a minha morte eu vou te amar e talvez o meu amor por você seja além da vida.

Eu não sabia o que falar ou o que fazer, essas foram as palavras que eu mas queria ouvir, mas agora que eu as escutei, não sabia o que fazer, e a cena dela beijando outro homem veio a minha mente, droga! Essa cena não vai mas embora não?

A Sílvia continuava me olhando como quem pede uma resposta, e eu não sabia que resposta dá.

Então eu apenas a beijei,um beijo que transmitia o desejo insaciável que eu sentia dela e ela de mim, eu queria te-la, queria que naquele momento fossemos um só, era como se estivéssemos juntos, como se a nossa separação fosse só um pesadelo.

O beijo foi ganhando mas intensidade, a conduzi até o sofá, onde deitei em cima dela, droga! Eu não conseguia para de beija-la, era mas forte que eu o desejo que eu sentia não tinha o menor controle, ele me dominava quando ela estava por perto.

- eu estava com saudades- ela murmurar enquanto eu beijava seu pescoço.

Percebo que tem alguem mexendo na maçaneta, então me afasto de Silvia, que por sua vez se senta, Marcelo entra.

- estou atrapalhando? - ele pergunta enquanto nos analisava.

- não já estava na hora de alguem abrir essa porcaria- falo saindo da sala.

Dei uma última olhada em Sílvia antes de sair.

Fui direto pro estacionamento, fiquei no meu carro pensando em tudo que havia acontecido, pensei na pequena declaração de Sílvia, em nossos beijos, e por fim cheguei a única conclusão " essa mulher é minha".

Continuei no meu carro, demorou uns trinta minutos, até que eu avistasse a Sílvia vindo com o Vini até seu carro, desci do meu e fui em sua direção, ela me olhava surpresa.

- vem comigo- falo enquanto a puxo pelo braço.

- mas o meu carro- ela pergunta com uma voz doce, estava me provocando.

- toma Vini- pego as claves da mão dela e jogo para o Vini- pode ficar com ele essa noite.

Eu a levo até o carro, abro a porta e ela entra, logo depois eu entro.

- você est...

- cala a boca- eu a interrompi antes dela terminar a frase que iria falar.

Eu só tinha um pensamento para aquela noite " hoje ela vai ser só minha".

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