Comeback Please! -Imagine G-Dragon

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Ele saiu e bateu a porta da casa. Ele ficou bravo por que eu sai para almoçar com o Seungri e decidiu terminar comigo, me parece ser tudo drama. Fui olhar através da grande porta de vidro que dava para o jardim da frente da grande casa dele. Abri a porta e gritei.

-Ow! Sai daqui, seu ridículo!

-Eu não estou ai, eu estou aqui! Pelo que eu sei, a Coréia é um país livre!

-Tá! Vou arrumar as minhas malas!

-Pra que? Gritou ironizando e correndo para as escadas da porta.

-Eu vou voltar para o Brasil! Eu saí e fiquei na frente dele, ele no chão e eu na frente da porta.

-Você o que? –Ele parou de rir, me olhou sério e quase engasgou.

-É isso mesmo que você ouviu. Esse lugar não é para mim... Eu preciso voltar, o que me fazia ficar era você, e agora, eu não tenho mais motivos para. –Abri a porta dando de cara com a Sra. Jin, uma simpática senhorinha que nos ajuda na casa. Ela me olhou com os olhos cheios de lágrimas como se estivesse com o coração nas mãos.

-A Srta. vai embora mesmo? –Ela falou e eu não contive as lágrimas.

-Sim... Eu vou, mas eu prometo dar notícias todos os dias, prometo ligar, mandar email, sinal de fumaça, gritar, qualquer coisa! –Eu falei sorrindo entre as lágrimas e ela estava segurando as minhas mãos.

-Então vamos arrumar suas malas! –Ela falou e eu a segui, indo para o quarto no andar de cima.

Eu amava a sra. Jin, ela é a minha mãe coreana. Ela cuidava muito bem de mim, quando eu tinha dias horríveis quando eu me machucava, tudo o que acontecia ela cuidava de mim, eu a amava muito e me dedicava para ajudá-la. Terminamos de arrumar as minhas malas e o carregador do carro as pegou e levou para a porta no andar de baixo.

-Então, Sra. Jin... Estou indo! Não se esqueça de mim tá? Se cuide e tome os seus remédios! –Eu falei chorando e a abracei bem forte. –Saranghae Omma! –Eu falei e me direcionei para a porta.

-E eu? –O Kwon me olhava com lágrimas nos olhos, eu me virei levemente e comecei a fitá-lo com um pingo de ódio nos olhos.

-Você? –Eu gritei. –Você fez todo aquele show para o meu chefe, gritou com o Seungri, ameaçou ele e vem querer que eu me despeça? –Eu o olhei com um pouco de rancor.

-Mas eu não fiz por mal! Fique, por favor! –Ele falou pegando a minha mão, mas eu a tirei de seu tato rapidamente.

-Olha... A sua vida se resume à shows, baladas e eventos grandes. Paparazzis, fãs e gritaria... Você nunca se quer me incluiu nesses planos! Você dava festas aqui e sempre mandava eu sair da casa durante a festa, nunca teve orgulho de mostrar a namorada que você tem. Mas será que... Eu sou mesmo... Sua namorada? Você pode estar me traindo e eu nem sei por que você sempre me manda ficar em casa. –Eu me virei para a porta ficando de costas para ele. –O que eu era pra você? Uma namorada, companheira? Ou apenas alguém que você tem certeza que vai estar na sua cama todos os dias? –Eu abri a porta e entrei no carro. Baixei o vidro e o encarei. –Eu não sei o que eu sou para você. Talvez a sua bonequinha sexual, ou apenas uma garota com quem você dorme caso não consiga nenhuma garota na balada.

Eu fechei o vidro e o carro saiu da casa, me virei para trás e vi os imensos portões se fecharem atrás de mim, pela última vez. As lágrimas escaparam sem dó e nem piedade, eu só queria que toda aquela dor parasse. O carro me levou direto para o aeroporto, em menos de 2 dias, já estava de volta ao Brasil.

--- 7 anos depois ---

--- Kwon P.O.V---

-Na moral? Há mais de 3 milhões de garotas que morreriam só por respirar o mesmo ar que você. E agora você vem me dizer que ainda está preso ao passado com a S.N? –T.O.P falou do lado de fora do camarim.

-Eu sei! Dói até hoje, e como nós estamos no Brasil, a dor está mais forte agora. –Eu falei abaixando o olhar, então entramos no camarim.

-Olha, você vai subir naquele palco e vai cantar até ela escutar. Vai olhar para a plateia e vai vê-la em meio aquele mundo de gente.

-Tá... –Eu falei arrumando o meu tênis e a staff mandou a gente ir para os elevadores do palco.

A contagem regressiva começou dos 10. Subiram um de cada vez e no final eu subi com um grande grito "G-Dragon!!". A luz da plateia ascendeu e eu fui vendo um por um ali perto do palco, até que os meus olhos pararam numa garota que estava de costas para mim. Uma garota de cabelos negros que parecia soluçar, desci do palco e a chamei pelo microfone.

-Sn? –Eu falei e ela se virou.

-Oi Kwon! –Ela falou parando na grade e eu desci até ficar à altura dela.

-Tenho uma proposta para você. –Eu disse e ela virou a cabeça em dúvida. –Oi! Eu sou o Kwon, quer ser minha amiga?

-Olha... –Ela me olhou e o meu sorriso se desfez. –Eu quero ser bem mais que uma amiga.

O meu sorriso que havia desaparecido voltou à ativa. Eu pulei a grade que nos separava e a abracei seguido por um longo beijo... DE SAUDADE!

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