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  Michael podia ouvir. Ele ouvia. Ouvia as vozes. Ele as entendia. Ele ouvia.
Ele fazia o que elas mandavam. Ele fazia. Fazia. Elas diziam que era certo. Diziam. Sussurravam. Gritavam. Michael podia ouvir.

O que era real? O que é real? Michael não sabia. Ele não sabe.
Michael sentia seu braço formigar. Doía. Não doía. Ele sentia.
Sangrava. Ele viu o sangue. Vermelho. Metálico. Escorrendo. Ele sentia escorrer. A lâmina estava vermelha.

Tinha uma falha no seu código. Tinha. Ele era uma falha. As vozes. Elas não o deixavam sozinho.

Michael gritou. Chorou. Gritou e o sangue ainda escorria. Ele não queria. Elas queriam.

Elas disseram para fazer. Elas gostavam quando Michael se machucava. Diziam que ele não devia sentir.

Michael sentia.

Michael era louco. Não, não era. Michael não se sentia louco. Michael estava apaixonado. Apaixonado pelas vozes.

Michael não era louco. Michael é louco.

Eu sou Michael.
Você é louco como eu?

insane ➸ mukeWhere stories live. Discover now