Baby

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Me parecia um assunto muito pertinente, e até sobre tudo as ações, nem meu avô nem minha avó muito menos meu tio me disse. Então era isso que ele queria falar, isso não abalou nem nada só me magoa ser a última a saber das coisas, sei que era isso que Lucas me informaria de modo ou de outro, mas acabamos dando importância a nossos desejos carnais.

E bem, não me arrependo, de nada.

- Vocês deveriam ter me contado... Eu pelo menos queria ter me despedido. – Solto como um sussurro na mesa de almoço para que todos ousam, sentados com pratos repletos de comida e um clima agradável lá fora, seria bom que esse clima estivesse aqui.

- Seu pai teve que ir de madrugada e eles mesmos não nos contaram, só disseram em cima da hora. – Meu avó se pronuncia.

Não é culpa de ninguém que meus pais tivessem que voltar para o nordeste, o desemprego aqui está aumentando para o lado financeiro onde meu pai trabalha ou trabalhava, pelo menos lá meu pai criou mais laços e minha mãe nunca o deixaria.

Queria pelo menos ter dito "Até logo", pois, eles vão voltar. Sei que vão.

- Sua mãe adora o ensino daqui, então, resolveu deixar seu tesouro com a gente. – Vovó pega minha mão por cima da mesa e o aperta, sorrio fraco para ela, não estou brava muito menos me lamentando da partida de meus pais, só que sempre fui apegada a eles, para agora ter que deixa-los ir, melhor, saber que foram sem me despedir.

- Tudo bem, depois do almoço vou falar com minha mãe. – Olho para o meu lado e vejo Lucas que acena com a cabeça para mim ele me parece um pouco... Tenso?

(...)

Pego meu celular e vou direto para os meus contatos procurando por "Mãe" e clico em ligar, ouso cada toquezinho irritante do celular até que a voz doce de minha mãe soa cessando esses toques de espera.

- Oi, filha. – Ela diz simplesmente, esperando que talvez eu de um ataque, as vezes acho que a minha família não me conhece, posso ser mais madura que aparento ser.

- Mamãe, como está indo a vigem?

- Estamos esperando sermos chamados para embarcar. Não fique magoada comigo bebê, eu não quis acorda-la. – Sua voz estava tremula e fraca, ela estava levando esse papo de ir sem me avisar muito a sério, o que é estranho.

- Tudo bem, só queria dizer um até logo e manda um beijo para o papai. – Quando ela me responde com um "até logo" pude imaginar seu sorriso com todos seus lindos dentes a mostra, e desligo a chamada e logo em seguida o celular, preparada para fazer qualquer de minhas atividades escolares que me deixam o tédio em pessoa.

-Isabella. – A voz de meu tio chega aos meus ouvidos me fazendo quase entrar em deleite, eu só de olha-lo me lembro do que fizemos no meu quarto, eu e ele só nós dois até a minha avó chegar.

- Sim? – Me ajeito no sofá da sala, que é bem aconchegante e bom, muitas vezes peguei no sono nele.

- Eu deveria ter lhe dito, mas sabia que iria ficar triste por saber que seus pais estavam indo embora. – Fala como se isso estivesse o fazendo engasgar e precisava urgentemente disser essas palavras para mim. – Não queria que soubesse aquele modo.

Como fiquei sabendo foi um tanto cômico...

- Como está minha neta sabendo que foi abandonada pelos pais? – Vovó me pergunta rindo de minha cara, o que não acho engraçado, pois não entendo nada que a de engraçado pelo menos até agora, abandonada?

- Como assim?

- Não sei do que está rindo... – Lucas se senta ao meu lado, fazendo de proposito com que nossas coxas se toquem, ele está agora com um simples short jeans e que faz com que minha pele exposta toque a sua pele com os seus pelos que são de uma quantidade mediana, isso não me incomoda de modo algum... Eles são gostosos de sentir, cada um tocando e fervendo a minha pele delicada e lisa.

- É que agora que eu entendi a piada, vi o motivo do riso, entende? – Pergunto sorrindo para ele, e para mim tinha todo o sentido gargalhar agora, não vejo motivo para chorar, não que eu seja uma pessoa que não tenha sentimentos e que posta no Facebook que a flor se transformou gelo, não, graças a Deus os parafusos que algumas meninas não tem eu tenho, pelo menos o que me faz não postar esse tipo de coisa.

Não precisamos expor tanto o que pensamos para tantas pessoas, por isso fico longe de redes sócias, só em momentos com minhas amigas, o que facilita nossa comunicação e isso basta ao menos que para fazer pesquisas também. Pesquisas como essas.

"Como se masturbar"

"como encontrar o clitóris"

Ok, ok. Também faço pesquisas escolares não sou uma louca por essas coisas, na verdade sou muito curiosa, eu já tentei pelo menos umas três vezes me masturbar, mas foi em vão, não consegui o que me deixou frustrada e minhas amigas caindo na gargalhada.

- O que vai fazer agora? – Pergunta tirando seu celular de seu bolso desbloqueando-o.

Tiro de sua mão o celular vendo claramente uma mensagem de Matheus como "oi Lucas" e outra da Ruiva pedindo desculpas.

- Nos, quer dizer eu vou estudar e você vai me ajudar. – Bloqueio seu celular e devolvo para ele. – Me desculpa, não queria ter visto nada.

- Talvez eu deva fazer algo que te ensine a não pegar nas minhas coisas sem permissão, baby. – Esse baby soou muito mais erótico do que qualquer outra coisa que poderia transparecer, isso me deixou sem reação, pois não esperava que o mesmo me deixaria encurralada dessa forma.

- Tipo...Punir? – Minha voz sai mais rouca do que esperava e fez com que o Lucas se sentisse satisfeito.

- Sim, agora quero que vá pegar todos seus cadernos de estudos. – Isso soa sombrio de mais para o meu gosto, os olhos de meu tio estão em completa luxuria, o azul claro se tornou escuro e seu sorriso doce tornou-se maléfico e obscuro.


Ninguém vê (INCESTO) HIATUSDonde viven las historias. Descúbrelo ahora