Capítulo 27- Quando tudo ia bem...

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Sophia 

Eu me sentia estranhamente aconchegante deitada naquela cama. Pensei que dormir com alguém seria incômodo, já que a única pessoa com quem um dia dividi a cama foi minha irmã. Mas não. Ali parecia o meu lugar. Nem ao menos estranhei o colchão ou o travesseiro, como pensei que faria. Mas... Como estranharia? Duas ou três horas de sono não dariam pra sentir desconforto, não é?

Nossa noite foi longa. Parávamos de fazer amor somente pra descansar de mais um orgasmo obtido. Éramos como dois animais no cio, para nossa surpresa, já que naquela mesma noite Arthur havia me "desVirginado".

Tão pouco o corpo quente de Arthur, me incomodou. Nos enrolamos em um emaranhado de pernas, e eu acabei adormecendo com o toque suave de suas mãos em meus cabelos.

Não sei como ele ainda conseguia fazer alguma coisa depois de tudo, já que eu estava como se um caminhão tivesse passado várias vezes em cima de mim.

Adormeci rapidamente, sem pensar duas vezes sobre não ter dormido em casa, ou sobre o fato de amanhã ter um longo dia de trabalho.

Mas, e quanto ao trabalho?

Eu me sentia fraca e sem forças quando fui dormir.  Eu conseguiria trabalhar de forma adequada depois de uma noite como essas? Provavelmente não.

Eu me estiquei naquela cama imensa, e senti músculos, antes desconhecidos pra mim, doerem. Não de uma forma aguda ou insuportável. Mas uma dor, que eu diria, até gostosa.

Isso era normal?

Tenho que fazer uma nota mental de pesquisar isso no google.

Meus olhos estavam pesados, não queriam abrir. Tive que fazer um grande esforço para que eles se abrissem.
Pisquei algumas vezes, até que eu me acostumasse com a iluminação.

Minha mão foi diretamente para o lugar onde ele havia dormido ontem. Tal foi a minha surpresa, ao perceber que ele não estava mais ao meu lado.

Sentei-me, levando comigo o lençol para me cobrir.

Eu me sentia pequena, envolvida pela dimensão daquele luxuoso quarto masculino.

Me peguei pensando no que Arthur estaria fazendo naquele momento. Será que já foi trabalhar?

Porra! Eu tinha que ter acordado mais cedo e ido pra casa me arrumar para o trabalho.

Meus olhos vão até a cadeira onde repousavam minhas roupas dobradas, e minha bolsa pendurada.

Ele dobrou-as ?

Levantei-me indo em busca de meu celular.

Estar nua dentro de sua casa é bem diferente de estar nua na casa de alguém. O sentimento de estar sendo espiada por alguém é quase que inevitável.

No momento em que chego próximo a minha bolsa, a porta se abre, revelando um Arthur muito bonito.

Ele estava vestido somente com a calça de pijama, expondo seu peitoral e abdómen estupendos.
Por um momento, não percebi que em suas mãos ele carregava uma bandeja com café da manhã.

Meu rosto estava corado, e eu estava morrendo de vergonha por estar nua.

Juntos, olhamos ao mesmo tempo para a cama que estava com alguns pingos de sangue, nos fazendo lembrar de tudo pelo que passamos ontem a noite.

Só não desmaiei por alguma ajuda divina.

Seus olhos percorreram todo meu corpo, e um leve sorriso de satisfação se apresentou.

Meu ChefeOnde as histórias ganham vida. Descobre agora