Capítulo 11

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Sophia

Estava quase caindo no sono novamente quando Arthur entra no quarto, segurando uma bandeja inox brilhante, com uma xícara fumegante encima de um pires com as bordas floridas.

Nunca pensei que veria isso... Arthur, sr Finlay, o poderoso CEO que possui vários empreendimentos pelo mundo, autoritário, arrogante, prepotente, lindo, gostoso... Enfim. Nunca imaginei, nem nos meus melhores sonhos que um dia estaria sendo servida por ele. Ele está se empenhando ao máximo, e está tendo resultados. Eu poderia me acostumar facilmente com esse mimo todo.

Ele senta ao meu lado e estende os pés da bandeja sobre mim.

-Tome. Vai fazer com que não tenha dor de cabeça e algum mal estar, por causa do álcool. - por um momento, nos olhamos e sinto que o enorme sentimento que guardo, está transparecendo. É como se ele pudesse ver através de mim, através de minha alma. Sinto-me nua.

Devio o olhar pra xícara, e antes de colocar o líquido quente em minha boca, sopro um pouquinho fazendo com que a fumaça se espalhasse. Café forte e bem doce. Com certeza porque o açúcar quebra as moléculas do álcool... Ouvi isso na minha aula de biologia quando estava no ensino médio.

Assim que retiro a xícara dos lábios, Arthur pergunta:
-Aquele cara que estava com você... -

-O Marcos-  completo.

-Sim. Vocês estão juntos?  Quer dizer, tem algum tipo de relação? - é claro que não tínhamos, principalmente agora, depois do que ele fez. Penso, mas não falo.

-Não, sr. Finlay - ele parece pensar em algo.

-Como você me disse à pouco, não estamos trabalhando, então não precisa me chamar de senhor. Pode me chamar pelo meu nome. - fico surpresa com essa intimidade que está me dando. Será que isso vai dar certo?

-Tudo bem sr... Quer dizer, Arthur! - ele sorri. Ah! Esse sorriso...
Bêbo mais um gole do café.

-Sophia, você vai fazer alguma coisa amanhã? - não creio. Ele vai fazer isso mesmo?
Penso em tudo o que estava planejado pra amanhã, o que quer dizer que não pensei em nada. Mas... Seria correto sair com meu chefe? Acho que a resposta é não.
Mas algo dentro de mim, não deixa que eu minta. Quero estar com ele, quero ficar ao seu lado...

-Não tenho nada planejado, Arthur. - faço-me de indiferente, mas na verdade estou muito nervosa.

-Amanhã eu irei velejar em minha  lancha e acho que você seria uma ótima companhia. O que me diz?  - velejar?  Eu sou uma boa companhia?  Esse não é o meu chefe!
Penso bem, e mesmo o lado racional dizendo que eu não devo ir, porque ele é meu chefe e com isso estou arriscando não só a nossa convivência no trabalho, como também o meu próprio emprego... Meu lado Irracional vence. Estou apaixonada por ele, e tenho que tentar. Como vou saber se ele não  sente o mesmo, se não tiver momentos de conversas mais íntimas e o conhecer melhor? Adoraria saber mais sobre sua vida, família... Afinal, até agora a única pessoa que sei que está vinculada a ele é aquela tal de Melissa, e mesmo assim, só a ví umas três vezes saindo com ele. Com certeza pra   satisfazê-lo. Ele deve procurá-la quando está precisando de um alívio sexual. Puta.

- 5 centavos por seus pensamentos? - sorrio.

-acho que não. -

-Não vai me dizer o que está pensando, ou não vai velejar comigo amanhã? -
Penso bem, e acho que devo seguir meu coração.

-Eu vou com você amanhã. - ele sorri de lado,em triunfo.

-Ótimo! Agora eu tenho que ir.- não consigo disfarçar minha angústia,que surpreende até a mim mesma. Mas que droga Sophia, ele não veio aqui pra dormir com você!

Meu ChefeOnde as histórias ganham vida. Descobre agora