Song About Love • Jake Bugg ft. Emily Browning

VINTE

Foram três horas e meia de um vôo extremamente cansativo, talvez porque eu estava muito ansiosa e não consegui dormir.

Assim que desembarquei, saí correndo para o local onde se pegava táxi. Encontrei um rapidamente e pedi para ir até o meu apartamento.

Chegando lá, Maik me cumprimenta e eu nem sequer respondo. Subo rapidamente para o meu andar e abro a porta.

- Jake? – não obtenho resposta.

Ando um pouco para frente e piso em alguma coisa. Olho para baixo e vejo uma pasta. Me abaixo e a pego.

Quando abro, meu coração se acelera.

Ele descobriu. Está tudo acabado.

Me desespero.

- Não, por favor, Deus, não...

Vejo a parede estragada e algumas coisas fora do lugar.

Saio do meu apartamento desesperada e vou correndo até o bar, não me importo nem um pouco com a neve fina que está caindo.

- Jake?! – grito assim que entro.

- Ficou maluca? – Josh chega perto de mim.

- Onde o Jake está? – ignoro sua pergunta e pergunto.

- Vem comigo – ele segura no meu braço e me arrasta até o provador. - Você não tinha viajado?

- É, mas eu voltei.

- Por quê?

- Pelo Jake. Eu preciso dele – ele solta uma risada abafada.

- Você está apaixonada por ele, não é? – engulo seco. - Lembra que eu te avisei? Eu te falei para não se apaixonar.

Ele me avisou. Na época, achei que nada aconteceria. Não estava na hora certa para isso, mas, sinceramente, qual é a hora certa? Quando estaremos preparados para cair de cabeça em um relacionamento se não tentarmos? Não há resposta para questões do coração.

- Onde ele está? – ignoro sua pergunta.

- Eu não sei.

Assinto. Passo a mãos por meu cabelo e agradeço a Josh pela informação. Saio do restaurante e começo a pensar onde ele poderia estar.

- Onde esse garoto se meteu? – sussurro.

Pensa, Emily!

Jake, diferente de mim, não tinha refúgio em pessoas, não se segurava nelas, talvez por isso tudo fosse tão triste para ele. Mas ele tinha um refúgio físico, se me lembro bem.

A colina.

Saio correndo em disparada até lá.

***

Demorei cerca de vinte e cinco minutos para chegar. Minhas pernas estão me matando, nunca corri tanto na minha vida, ainda mais com neve sob meus pés.