As aulas seguiram se arrastando e novamente ninguém percebeu que matei um horário de aula, com exceção é claro de Violet — minha melhor amiga desde que eu me conheço por gente, a pessoa mais agitada e com maior índice de insegurança existente na terra — e Justin — o melhor amigo que alguém poderia ter, apesar de suas tatuagens e alargadores é difícil encontrar pessoa mais gentil e amável que ele —. Ser a garota invisível é realmente uma benção dos deuses.
Pela mesma benção escuto o sinal tocar novamente, dessa vez a única coisa que me vem na cabeça é casa, linda casa, lar doce lar, minha amada querida.
— E o garoto Serenity? — Violet me olha de jeito malicioso, realmente intimidador. — Digo, você esteve sumida o intervalo inteiro e ainda voltou com esse sorriso besta na cara, encontrou com ele não encontrou? — E infelizmente com um oposto dele também. — Qual o nome dele querida? Não me esconda nada. — Violet realmente me deu medo, sua fala contradizia sua expressão, de quem estava sedento por sangue e um carnívoro olhando para sua presa, num sorriso medonho e olhos piores ainda.
— Mathew Wood. — Digo. — É um estudante assim como nós, "querida", e ele é louquinho viu, não se anima. — Dou risadas com ela enquanto Justin nos olhava como se fossemos suas irmãs mais novas.
Fomos nós três caminhando em direção a saída e como sempre, sempre disputada. Mas especialmente agora, um tumulto por conta dos "alunos extras". Violet vai direto para o carro preto, seus pais a vinham busca sempre já que ela morava no bairro vizinho onde não haviam ônibus perto, mas não vá se enganar, era tão rico — se não mais — do que este. Eu e Justin vamos andando juntos, quando percebo Mathew recebendo vários olhares de todas as garotas em volta, mas ele continua como se isso não o abalasse, como se elas nem existissem, mas não de jeito egocêntrico.
— Terra para Serenity. — Justin me sacode de um lado para o outro e eu respondo com um "hum" sem desviar o olhar, então ele põe a cabeça ao lado da minha para ter a mesma visão que eu. — O garoto louquinho? — Diz ele sem nenhum emoção aparente
— Ele chama muita atenção, não? — Digo fascinada em como ele não se abala com isso.
— Você deveria aprender coisas assim. — Diz ele me dando um peteleco na testa. — Vamos.
Eu caminho com ele mas por alguma razão estou em outro mundo, completamente desligada. Então no meio do caminho me despeço de Justin que me dá um beijo na testa, a partir daqui, sua casa é num sentido diferente.
Ou caminhando devagar, o caminho de sempre, a rotina de sempre
Mas algo me diz que essa não é a Serenity de sempre.
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Serenity | #Wattys2016
Teen FictionQuem me dera serenidade ser um dos meus dons, ser o que me cerca. Infelizmente num mundo caótico, pessoas são mais caóticas ainda. Se dependesse de mim tudo não seria tão complicado. Mas infelizmente não é assim que funciona. Numa vida de altos e ba...