Já falei que odeio essa gente sem vida, que cada vez que eu e Leonardo conversamos um pouco mais alto, começam a nos encarar?
Pouco mais alto= discutir
Te perguntei nada, sub.
, .

Srta.Clermont: Posso falar srta. Saunders e sr. Mirrors? -brinca com um sorriso divertido. Assentimos e nos sentamos, Léo passa o braço por meus ombros e apoio minha cabeça no dele- Vocês terão de fazer a votação para líderes agora. Candidatos? -eu e Léo levantamos a mão ao mesmo tempo- Mais tarde voltarei para a votação. Ah, este período é vago. -finaliza e saí.
Ali: Ah não, Leonardo. Abaixa essa mão aí, eu quero ser a representante. -disse olhando séria pra ele
Léo: Querer não é poder. -retrucou sem olhar para mim.
Ali: Tu vai ver o que não vai poder depois. -resmunguei me afastando dele.
Léo: Claro, porque tu vai conseguir resistir a mim, só pra me deixar na seca. -debochou.
Ali: Tu fala como se fosse a única boca da escola. -digo grossa.
- UUUUUUUUUHHH -grita o resto da turma, em coro.
Léo: Não a única, mas a melhor.  -diz convencido.
Ali: Uma boca boa de verdade não fica na seca. Faz até beijo ruim ficar bom, pelo menos pra ela. E pra maioria, também. Mas pelo o que eu ouvi, tu não gostou daquele beijo, né? Iiih, acho que a tua nem é tão boa assim. -sorrio cínica.
- UUUUUUUUUHHH -escutamos de novo, vejo nossos amigos rindo, quase descontroladamente.
Léo: Cala a boquinha, Bela. -diz, finalmente, me olhando. Mas especificamente, se virando para mim.
Ali: É como? -me faço de desentendida, ficando de frente pra ele.
Léo: Cala. A. Bo. Qui. Nha. -fala se aproximando. Ergo as sobrancelhas com um sorriso debochado, em resposta- Ou eu calo. -sorri malicioso.

Ele me puxa pra si e sela nossas testas. Seu sorriso aumenta, mas eu continuo mantendo uma cara de tédio. Ele beija meu pescoço e eu me arrepio. Ele repara e ri baixo. Põe seu rosto próximo ao meu, novamente. Sorrio maliciosa e passo minha língua nos lábios. Vejo ele hipnotizado. Passo minha língua sob os lábios dele. O mesmo, rapidamente, a morde e puxa pra dentro de sua boca, iniciando um beijo. Ele chupa minha língua, enquanto sorrio. Quando ele a solta, à fim de iniciar a maravilhosa valsa que nossas línguas dançam juntas, eu interrompo o beijo.

Mel: Isso tudo não é só saudade, não. -diz rindo.
Jack: Claro que não. -concorda, também rindo.
Diih: É fogo também! -grita enquanto gargalha.
Igor: O deles, inclusive, dura mais que o da tocha olímpica! -fala rindo descontroladamente.
Iam: Dez minutos chupando a língua dela, maninho? -debocha gargalhando, loucamente. E eu não estou exagerando.
Xxx: Magina a língua do Léo em outro lugar! -fala baixo, uma menina para outra. Todos arregalam os olhos para ela.

Ambas sentadas perto da Djessica. Alerta de puta? Alerta de puta. Tá, todo mundo que me conhece bem, sabe que eu nem sou tão ciumenta, mas relacionado, à Djessica e suas amiguinhas, são outros quinhentos.

Ali: Miga, segura a pepeca, porque a língua dele tem dona. -digo e sorrio falsamente. Leonardo me olha espantado e sorri malicioso.
Léo: Quanto ciúme... -sussurra no meu ouvido e solta uma risada abafada- A gente podia ir pro meu quarto, e usar nossas línguas pra uma coisa melhor que discutir, ou beijar... -sussurra malicioso.
Ali: Leonardo, meu querido. Como você é pervertido, amor. Eu sou virgem, sabia? -sussurro de volta.
Léo: Ótimo. -sorri malicioso e me beija.

De novo. Ele nos separa puxando meu lábio inferior com os dentes, até o mesmo se soltar sozinho. Morde o lóbulo da minha orelha. Desce até meu pescoço o beijando e da uma, lenta, lambida.

Quanto fogo.
difícil, sub.
Joga um balde de água nele pra ver se apaga.
Sub, não me faça rir.

Ali: Se fizer isso de novo, se encostar no pescoço, eu vou te castrar. E não estou brincando. -disse séria e me sentei. Ele soltou uma risada curta, e levantou as mãos em rendição, em seguida se sentou também.

O sinal tocou, a aula vaga acabou. Tivemos aula de ciências e português. O intervalo foi tranquilo. Tirando o Leonardo, que não queria me deixar comer, por causa daquele fogo todo. Depois que eu consegui comer, ele praticamente me pro mesmo canto em que a gente se beijou pela primeira vez. Quanto amor por aquele. Puta que pariu.

Voltamos pra sala conversando, zuando, sarrando no ar, cantando, enfim, como sempre. Ao me sentar no meu lugar, meu celular vibra. SMS.

CVS.ON:
Xxx: Embaixo da mesa.
CVS.OFF.

Olho em baixo da mesa e há uma caixinha, pego-a e abro-a. Há uma foto de mim, Léo, e nossos amigos. Mas meu rosto está com um líquido vermelho, assim como há respingos pelo resto da foto. Pego a foto e coloco a mão no líquido. Sangue. Enxergo um envelope. Pego e abro.

"Querida Ali,
Aaah, minha querida. Nós conversamos, não?
Se afaste de Leonardo. Pro bem de todos. De seus amigos. E espero que saiba, que é por eles que iremos começar.
*Começamos.
Afaste-se, meu bem.

                                                             -D. L."

O que?! Quem quer que seja. Irá pagar caro, se esse sangue for de algum de meus amigos.

A Bela E A Fera No InternatoWhere stories live. Discover now