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Eu continuei no quarto e as garotas saíram, só sobrou Daphne, eu queria que pelo menos uma ficasse comigo, para servir de testemunha caso algo acontecesse, eu sei que foi muito infantil da minha parte. Daniel chegou e abriu a porta, se sentou do meu lado, ficamos frente a frente.
Daniel: O que foi?
Isabela: Dani, não fica bravo comigo, antes de qualquer coisa eu quero que você saiba que eu fui obrigada.
Daniel: Fala, você está me deixando nervoso. - Ele disse segurando minhas duas mãos com delicadeza.
Isabela: Eu fui vendida pelo meu padrasto, e... Eu sou uma prostituta. - Disse deixando uma lágrima cair, ele me olhou e me olhou.
Daniel: Olha, eu iria ficar bravo se você fizesse isso por vontade própria, mas você foi vendida, não tem como ficar bravo, e do mesmo jeito eu te amo, eu te quero só para mim, eu te aceito e te amo, o fato de você ser prostituta me deixa com raiva, mas não de você, e sim do seu padrasto, eu gosto tanto de você.
Isabela: Você é maravilhoso. - Nossos rostos se aproximaram mais e mais, até que saiu um beijo, o beijo mais maravilhoso do mundo, não foi muito longo, mas maravilhoso. Daphne saiu do quarto para nos deixar mais a vontade. - Eu te a-amo.
Daniel: Eu te amo mais.
Isabela: Eu te amo muito mais.
Daniel: Eu te amo primeiro.
Isabela: Mas eu amo mais. - A gente ficou assim por um bom tempo.
Daniel: Como foi seu dia?
Isabela: No começo horrível, mas você consegue melhorar tudo.
Daniel: Porque horrível?
Isabela: O Gabriel foi muito rude comigo quando ele soube a verdade, um pansudo velho me pagou para transar com ele mas eu neguei...
Daniel: Espera aí, transar com os outros por dinheiro não é o seu trabalho?
Isabela: Se eles irem para o bordel, mas o homem me pediu na rua, e do mesmo jeito, eu ia me negar a transar com aquela bolota de gordura.
Daniel: Você nem gosta de xingar os outros. - Ele disse sarcástico e eu dou um sorriso como resposta. - Vou trabalhar. - Ele me dá um selinho e sai. Eu vou para a sala onde está todo mundo até a Carmen. Me sento no sofá no meio de Angela e Vanessa.
Carmen: Eu quero falar com vocês. - Ela disse aparentemente brava.
Rebecca: O que foi?
Carmen: Falem a verdade que vai ser melhor, alguma das piranhas entrou no meu quarto? -Ela disse tirando o cinto. Eu e Rebecca nos olhamos e rapidamente desviamos o olhar para Carmen. - Falem a verdade.
Isabela: Não fui eu. - Disse bem claro e com naturalidade para ninguém perceber que eu estava mentindo.
Rebecca: Eu muito menos, e outra, como a gente ia entrar no seu quarto? Você sempre está nele. - Ela também disse normalmente. Ninguém percebeu que estávamos mentindo, nem a própria Carmen.
Carmen: Mas quando vocês foram a festa eu saí.
Isabela: Como você tem tanta certeza que alguém entrou no seu quarto.
Carmen: Porque uma coisa desapareceu e minha chave estava um pouco mais para a esquerda do local que ela deveria estar.
Que mulher louca. Eu nunca imaginaria que ela ia reparar isso, nem eu reparei. - Pensei.
Rebecca: O que exatamente desapareceu?
Carmen: Porque só vocês estão falando?
Isabela: Só idiotas respondem uma pergunta com outra pergunta.
Carmen: Foram vocês, né?! Agora vocês vão sofrer. - Ela disse batendo a cinta na mão dela.
Rebecca: Não Carmen, você vai sofrer. - Rebecca diz tirando a arma do bolso e apontando para Carmen.

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