1. Meu Nome é Amelie

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Bónus

Retirou o casaco pendurando-o corretamente no cabideiro, e folgou a gravata, tudo cronometrado pois Rebecca lhe estendeu o copo com uísque assim que este se virou para a encarar.

— Dia difícil? — Questionou como habitual, estava sentada na cama do hotel com um lindo conjunto de roupa interior com ligas. O cabelo curto chegava ao queixo, e os olhos amendoados eram verdes límpidos. Parecia uma barbie acabada de comprar.

— Pior. — Não prolongou o assunto, e se o sobrolho pudesse falar com certeza iria reclamar de estar sempre franzido no centro da testa.

— O que vai ser? Vamos jantar ou vou ser jantada? — Passou a mão pela venda estendida na cama, e pelas algemas eróticas, com um sorriso provocador de dentes corretos.

Ocean era um homem secreto, e nunca conseguira se entender com as mulheres com quem andava, não gostava de recorrer às prostitutas, mas eram as que mais fácil cediam as suas exigências, até conhecer Rebecca há alguns anos atrás. Era bonita e inteligente, sempre arrumada na elegância certa, nem mais e nem menos e de poucas perguntas. Apenas concordava com as condições do belo homem a sua frente, e sequer pode acreditar quando este a pedira em casamento.

Primeiro nunca se encontravam nem na casa dele, e nem na dela. Saíam para eventos glamorosos, e era controlada vinte e quatro horas por dia, a mando de Sky. Tinham regras para se encontrar, e uma delas era que Rebecca sempre tinha que estar disponível. Sem muitas perguntas, conseguia desfrutar de todas regalias da fortuna do noivo e tinha acesso a eventos da elite e viagens esplendorosas, isso, sem nunca dividirem o mesmo quarto.

— Use a venda — ordenou, bebeu o copo com o líquido cor de âmbar e sentiu o coração bater no corpo emoldurado, a excitação lhe subiu só de ver Rebecca descruzar as pernas, e com sensualidade enrolar o tecido preto ao redor da cabeça e a cobrir os olhos.

Ocean pousou o copo de vidro em cima da mesa, e abriu a calça social com urgência, segurou as algemas e prendeu os longos braços pálidos com força por cima da cabeça da noiva. Passou os lábios no lóbulo da orelha mordiscando de leve, e devagar os desceu de encontro a pequena boca rosada para sentir o sabor dos beijos molhados. Era um homem impaciente, sem tempo para preliminares duradouros, tinha outra forma de brincar com Rebecca, e dia certo também, mas as mãos masculinas não deixavam de vasculhar os seios e o contorno da cintura delgada, até chegar ao sexo feminino, que já estava molhado só pela ideia de ser penetrada.

Abriu o fecho das calças e colocou um preservativo que já tinha sido preparado para aquele momento.

— Muito bem — murmurou contra os lábios desta, já se esfregando contra a entrada molhada. Era um homem de poucos elogios, os olhos costumavam ser mais expressivos que a própria boca.

Penetrou-a com um baque seco, indo fundo e voltando com força. De sua boca não se ouvia nenhum som, mas o membro intumescido demonstrava o nível de excitação. Entrava e saia com rigidez, e apertava o corpo feminino com força, deixando marcas vermelhas. Normalmente aquilo durava por horas, enquanto Rebecca gemia sem parar.

— Eu quero ver você, me deixa — pediu, quebrando as regras.

— Fique calada, Rebecca. — Cerrou os maxilares com força, mas não parou de se mexer por um segundo. Sem tirar a roupa, o suor fazia a camisa colar no seu corpo musculado, marcando cada detalhe do mesmo.

— Deixa eu te tocar, e te ver uma só vez — implorou, sua voz era sensual e tentou se mexer mesmo com as algemas. — Estamos há tanto tempo juntos, Ocean, só quero...

Uma mão masculina foi cobrir a boca dela para que se calasse, estava a desconcentrá-lo e não tinha ido até ali para lhe fazer favores. A noiva o mordeu.

Something About Ocean [DEGUSTAÇÃO]Onde as histórias ganham vida. Descobre agora