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L e t í c i a

Minha coxa estava um pouco dolorida ainda, claro eu levei uma quase facada, eu entendo, mas eu não podia ficar aqui.

O quarto do hospital era bom, se você não fosse totalmente ansiosa e problemática como eu, o quarto era todo branco, e quando eu digo todo branco eu quis dizer todo branco mesmo, acho que até às sujeiras aqui são brancas.

Não tinha ninguém no meu quarto, todos estavam na sala de espera, eu queria estar lá também.

- Letícia: - saco! - exclamei baixo e bufei.

Olhei para o outro lado do quarto e havia uma cadeira de rodas parada, e foi aí que uma luz se acendeu sobre a minha cabeça e uma brilhante ideia veio na minha cabeça.

Tirei a agulha que estava no meu braço e fui sair da cama, indo direto de encontro ao chão.

- Letícia: - aí porra. - disse com dor e a porta se abriu.

Merda, merda, merda!

- Desconhecido: - o que você está fazendo? - olhei pra cima sorrindo. - você quer ir pra lá não quer? - ela perguntou e eu assenti ainda sorrindo. - vamos, eu te ajudo.

- Letícia: - aleluia Deus. - ela riu. - a melhor enfermeira desse mundo acabou de passar pela porta.

×××

- Marcelo: - obrigado, o caso do Gustavo não foi tão simples, mas agora ele já está fora de risco, ele está bem.

- Sara: - graças a deus. - minha mãe se sentou com a mão no coração. - pensei que fosse perder meu terceiro filho.

- Marcelo: - ele é seu filho? - o médico perguntou dando em cima da minha mãe.

- Sara: - não, ele é meu genro.

- Letícia: - mãe?

Sara: - aí meus Deus, minha filha tá aqui também. - ela respirou fundo. - não era pra você estar no quarto?

- Letícia: - eu dei uma escapada, mas não conta pra ninguém. - ela se sentou rindo.

- Marcelo: - você está bem senhorita.. - ele esperou ela completar com o seu nome é ela sorriu.

Mãe para ele ta dando em cima de você.

- Tomás: - senhorita muito bem casada. - Tomás chegou na recepção, minha mãe sorriu e o médico fechou a cara.

- Sara: - oi, meu amor. - minha mãe foi até ele.

Se a situação não fosse essa eu até poderia rir. Ele continuou de cara fechada e o médico estava sem graça.

- Letícia: - bom, doutor podemos ir vê - lo?

+ Marcelo: - agora não, ele está dormindo, amanhã de manhã sim. - assenti e respirei fundo. Eu precisava ver se ele estava realmente bem.

Olhei ao redor da sala e vi o garoto de olhos azuis que nos ajudou no canto com os olhos cheio de água.

- Letícia: - ei, ele ta bem. - disse ficando ao lado dele.

- Desconhecido: - Letícia eu tentei chegar antes, desculpa. - ele disse cansado.

- Letícia: - tudo bem, você chegou, isso que importa. - sorri sem mostrar os dentes.

- Desconhecido: - mas.. - o interrompi.

- Letícia: - ta tudo bem, obrigada. - o abracei e pude ouvir o mesmo chorar.

| O Melhor Amigo Do Meu Irmão | parte IIDonde viven las historias. Descúbrelo ahora