Carta a Um Docente

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Como num sonho tudo tem um fim
Sendo bom ou ruim
No fim nos resta lamentar,
Lamentar o que foi feito,
Lamentar o que deixou de ter sido
E o que talvez fosse ser.

No início o pequeno se fez grande
Nos mostrando que menos é mais,
Que havia um além e um por quê,
Presenteando-nos ao entardecer com um sorriso
Estridente,
Um brilho que causa inveja as estrelas.

Os ventos da mudança vieram,
Vieram lentamente, mas ganharam força
E mudaram,
Os ventos abriram as portas de uma mente simplória,
Transformando a desgraça em gloria,
E agora finda-se.

Aos poucos sentimos a distância,
Parece crescer,
Mas será mesmo?
As recordações que passam agora
Que transcorrem minha mente,
Não, não me abandonam
E quiçá me abandonarão.
Mas não, não haverá despedida,
Não haverá choro
Tampouco um adeus,
Não se perpetuará no fim,
Não desta vez, não agora.
Olho para dentro e vejo que não há distância,
É... Realmente não há,
Não se pode distinguir,
Nem se pode separar,
Não há distancia para o que está do lado de dentro.

Entre Metáforas e UtopiasWhere stories live. Discover now