Capítulo 1

3.8K 195 14
                                    

Boa leitura!! ♥

- Não! Por favor, não me deixe. - Eu implorava.

- Me desculpe filha, mas é preciso. Você estará em segurança. Seu pai vai está com você. Ele vai cumprir o devido papel.

- Mas você é minha mãe. Por favor fica.

- Eu sinto muito.

Me agarro em suas pernas e tento segura - la, mas é em vão. Sinto mãos me segurarem. Olho pra pessoa e não consigo reconhecer quem é. Mas era uma mulher.

Minha mãe se afasta de mim junto com suas malas. Enquanto ela vai em bora, eu fico no mesmo lugar tentando me soltar.

- Cuide dela pra mim.

- Você deveria está aqui. É a mãe dela.

- Adeus Bonnie. Não se esqueça que eu fiz isso para o seu próprio bem. Um dia, eu voltarei para te buscar. Eu te amo.

Foi as últimas palavras que ouvir sair de sua boca. Palavras que me torturaram. Que tipo de pessoa abandona uma criança? Que tipo de mãe abandona sua filha?

Ela me deixou... Desistiu de mim, e da nossa família. Ela se foi pra sempre e me deixou largada no chão frio do quarto que aos poucos foi inundado com minhas lágrimas.

- Bonnie! Acorde. - Escuto alguém chamar.

Aos poucos a visão da minha mãe indo em bora sume como mágica e a do meu pai preocupado surge.

- Pai? – É outro pesadelo. De umas semanas pra cá, meus demônios de infância voltaram para me assustar.

- Está tudo bem. Foi só outro pesadelo. - Disse ele me abraçando.

- Mas foi real. Eu jurava que ela estava aqui, pai. Ela disse que vai voltar. Por mim.

- Bonnie, eu estou preocupado com você. Isso aconteceu há 16 anos atrás. Não sei se essa ideia de você morar em outro estado sozinha com esses pesadelos vai ser uma boa ideia.

- Desculpe, pai. Eu vou ficar bem. É que... Foi tão real.

- Você conseguiu ver o rosto dela?

- Não. Nem dela, e nem da pessoa que me segurava. Mas parecia ser a vovó.

- Eu sinto muito, querida.

- Será que algum dia eu irei Reencontra-lá e reconhece-lá?

- Eu não sei. Ela desapareceu há tantos anos...

- O senhor sente falta dela?

- Todos os dias e todas as noites. Desde que ela se foi.

– Eu não tenho nem uma fotografia dela. Por que o senhor não tem nenhuma foto dela?

- Ela queimou tudo. Ainda não sei o porquê. As duas últimas fotos que tínhamos juntos de nós três, ela levou.
Agora, a única coisa mais perto de uma foto dela é você. A cada dia você fica tão linda quanto ela. - Ele passou a mão em meu rosto acariciando-me. - Bom, acho melhor você levantar e começa a se ajeitar porquê se você perde o voo mais tarde, eu te mato.

- Sim senhor, capitão. - Falei ao levantar.

- É essa a Bonnie que gosto de ver.

**

- Pai, Para de chorar. Eu não vou ficar lá para sempre.

- Eu sei. É que eu nunca me afastei de você. Não sei se vou aguentar tanto tempo longe do meu bebê.

- Pai, eu tenho dezenove anos, não três.

- Pra mim sempre vai ser um bebê. Não importando a idade.

- Promete ficar bem?

- Sim.

- Vou te ligar todos os dias para saber ser você tomou os remédios.

- Pode deixar. Tchau, filha. Juízo e se cuida.

-  Eu terei. Tchau, pai. - Falei, dando-lhe um forte abraço. - Quando eu chegar lá, eu aviso.

- Tudo bem.

Peguei minhas malas e fui em direção ao avião.

Pude sentir o aperto no coração do meu pai. O máximo que ele ficou longe de mim foi apenas 3 dias quando eu ia pra fazenda da vovó.

Eu só espero que ele fique bem.
Agora, Nova York me aguarde.

**

Apenas um Contrato - BAMON // REVISÃO Onde as histórias ganham vida. Descobre agora