Capítulo 30 - Sasori ao ataque

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Dia 16 de julho, sábado, às 11h49h.

No hospital...

— Você era a última pessoa no mundo que eu pensei que fosse atender hoje... Mas o que você tá sentindo, Sasori?

— Quanta felicidade ao me ver! – Esboçou um sorriso de canto – Bem, eu estou sentindo muitas dores no pulso.

— Deixe-me dar uma olhada. – Ela pediu, o examinou com cuidado. – Quando eu aperto dói?

— Dói. Chega a latejar. Então Sakura?

— Você já teve isso antes. É uma tendinite no pulso. Você sabe que tocar instrumentos pode causar isso.

— Vai me passar que remédio?

— Bom, eu vou pedir um ultrassom para ver a gravidade da lesão e passar um anti-inflamatório. Se não melhorar, volte aqui porque pode ser necessário que você faça uma fisioterapia e aí eu vou te encaminhar para outro profissional.

— Você é a melhor médica do mundo, sabia?

— Você é exagerado. Melhor se cuidar e não ficar horas e horas praticando o mesmo instrumento.

— Entendido, Sakura!

— Pode ir! – Disse já abrindo a porta do consultório.

— Que tal almoçarmos juntos? Já está perto do horário do seu intervalo não é mesmo?

— Sasori, a última vez que conversamos eu te disse que não quero ser sua amiga. Custa entender?

— Estou te convidando como ex-namorado mesmo. Adoro sua companhia e passei muito tempo longe.

— Melhor não.

— Tudo bem.

Sasori saiu de lá decepcionado. Acreditava que, finalmente, tinha arranjado o motivo perfeito para falar com Sakura, mas ela sempre achava uma maneira de afastá-lo. Conhecendo os horários da médica, o ruivo foi até aquele restaurante que fica a três quadras do hospital e esperou pela doutora chegar. Uma hora ou outra ela iria comer.

Na hora de seu almoço, Sakura chamou Ino para acompanhá-la, mas a loira teve de recusar o convite porque já havia marcado com Sai um almoço romântico. Sakura entendeu as razões da amiga e foi sozinha para o restaurante, mas enganava-se ela em acreditar que comeria sozinha. Sasori já a esperava lá com uma mesa para dois.

— Você é impossível mesmo! Como teve a audácia de me esperar aqui com uma mesa para dois? – Falava irritada, mas o ruivo mantinha um semblante tranquilo.

— Só estou almoçando, Sakura. – Respondeu como quem não entendia o que ela estava insinuando.

— Sem fingimento, Sasori! Lá na porta já me avisaram que você esperava por mim!

— Eu só falei que se vissem uma mulher com cabelos róseos deviam avisá-la qual era a minha mesa. Que diferença faz você almoçar sozinha ou comigo?

— Nenhuma. Finjo que você não existe das duas formas. – Ao ouvir a resposta da ex, Sasori levantou e puxou a cadeira para que ela se sentasse. Sakura, mesmo olhando feio, acabou cedendo.

— Comeremos em silêncio então.

Sakura fez seu pedido e Sasori continuou seu almoço. De fato, nenhum dos dois trocou qualquer palavra enquanto comiam. Era como se dois estranhos dividissem uma mesa. Sakura sequer olhava para o ruivo, que ficava encarando-a o tempo todo. Era um certo tipo de pressão para que a médica perdesse a paciência de novo com ele.

— O que tanto olha? – Sakura pôs fim no silêncio e Sasori riu.

— Nada.

— Está me incomodando.

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