Tchau...

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Janeiro. O mês do desespero, literalmente. Eu e Nathan nos víamos todos os dias, mas as coisas tinham mudado um pouco. Ao invés de querer transar a gente só queria ficar junto, se abraçar, conversar e falar sobre as coisas legais que aconteceriam com a gente logo mais.

Não seríamos mais dois adolescentes na escola... seríamos dois universitários, dois estudantes de medicina, prontos para nos dedicar ao máximo e salvar vidas. Nós nos orgulhávamos de tudo isso e estávamos felizes, mas não seria fácil ficar longe um do outro, por nada mais, nada menos, que seis longos anos. Seis anos de faculdade e quatro de residência. Dez anos longe um do outro e com a vida diferente a ponto de quando nos reencontrarmos provavelmente não nos reconheceremos em nossa essência.

As minhas lágrimas já tinham secado. Nem forças eu tinha mais pra chorar. Nathan estava mais sério, mais centrado e as vezes do nada, dizia que tinha que ir pra casa e me deixava no quarto sozinha. Eu até imaginava o que ele ia fazer, mas era difícil acreditar que um garoto de dezessete anos ia pra casa chorar por mim.

Bom, quanto ao John... ele estava ansioso, mas também feliz. A gente dava um jeito de se ver todos os dias apenas para jogar conversa fora. Eu estava me preparando para perder meu namorado e o meu melhor amigo. Até o Peter estava sofrendo, mas ele eu iria ver, afinal, estudaríamos em um campus um do lado do outro.

(...)

Minhas malas estavam prontas, meus pais estavam chorosos e meu coração despedaçado. Um dia antes da minha viagem para Manhattan eu fui até a casa do Nathan.

- oi senhora Ledger! - falei

- Amie...

Ela me deu um abraço tão apertado que eu tive vontade de morrer de chorar, mas como eu já disse, eu não tinha mais lágrimas.

- Nathan está lá no quarto...

- obrigada...

Quando eu ia subir as escadas, ela falou:

- não conte a ele que eu lhe disse, mas ele chora todos os dias...

Fiquei sem chão e sem fala. Assenti com a cabeça e subi as escadas com dificuldade.

- Nate?

Ele estava colocando umas peças de roupa na mala e sorriu ao me ver.

Ele estava colocando umas peças de roupa na mala e sorriu ao me ver

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- oi! tudo bem? - ele disse vindo ao meu encontro e me beijou

- tudo bem... fazendo as malas hein... - falei

- pois é... eu deixo mesmo tudo para a última hora... - bufou

- está ansioso? - perguntei

- não... - ele respondeu sério e eu gelei

- que horas você vai amanhã? - perguntei tentando parecer contente

- o vôo é às nove da noite... - respondeu triste

A EscolhaWhere stories live. Discover now