Capítulo Quarenta e Um

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Que diabos está acontecendo? — O rosto de Don estava branco como giz. 

— Bom... bom... — ela respondeu, tentando não entrar em pânico — eu ia perguntar a mesma coisa. 

— E o que diabos isso quer dizer? — ele gritou. Ela o encarou em silêncio. 

— Quem diabos esteve aqui na noite passada? — ele perguntou. 

— E por que você haveria de se importar? — ela respondeu. 

— Sou seu marido, caso você tenha se esquecido. 

— Bom, você não tem agido como tal ultimamente. 

— Que diabos está acontecendo, Bella? — ele perguntou novamente. 

— suas calcinhas estão dependuradas na cabeceira da cama. — A sua fúria estava quase saindo do controle, especialmente depois que acabara de ver a pilha de renda e meias no chão ao lado da cama.

 — Bom, comece você, Don. Teve uma boa viagem de reconhecimento com Simone? Simone "você deve estar desesperado por uma boa trepada de adultos" Sewell. 

— Jesus Cristo, Bella. — Por um momento ele parecia quase gargalhar. Ela ficou meio desorientada com isto. 

— Acabei tudo com a Simone quando nos conhecemos, você sabe disso. Mas ela está de volta aqui, trabalha como jornalista, é uma tremenda sedutora e você simplesmente vai ter de conviver com isso. Já deixei bem claro para ela que não estou interessado. 

— Oh. 

— Mas o que, raios, você andou fazendo? — ele disse enfurecido. — Ficou louca? — Bom, e o que diabos você está fazendo aqui de volta? — ela devolveu a pergunta, ainda evitando responder à dele. — Você não telefona durante cinco dias seguidos e depois aparece na porta de casa. 

— Lamento ter estragado a sua diversão. Acabei de ser retirado às pressas de dentro de uma zona de guerra pela ONU. Achei que você ia gostar da surpresa! — ele gritou. 

— Oh. 

Don pôs as mãos na cintura e a enfrentou. Tinha um ar envelhecido to, as calças de algodão preto estavam salpicadas de lama, a camisa verde claro estava manchada e tinha uma barba de alguns dias. Mas ela só viu o homem que mais amava no mundo e, como alguém que acorda de um sonho para a realidade, percebeu que erro monumental tinha acabado de fazer. 

— As suas roupas estão espalhadas pela casa toda, vi o jantar da noite passada, para dois, à luz de velas, na cozinha. Você vai me explicar isso? E não se atreva a mentir para mim. 

— Ela nunca o tinha visto tão zangado. Bella abaixou a cabeça, não conseguia olhar para ele. 

— Chris esteve aqui — ela acabou por dizer. — Nós... as coisas meio que — Isto era mesmo difícil. Lutando contra o nó na garganta, ela disse: — Quase dormi com ele, mas mudei de idéia. 

Don voltou-se para a janela e engoliu em seco. Sentia-se como se lhe tivessem dado um pontapé no saco. 

— O Chris, do trabalho? — ele perguntou. 

— Sim — ela respondeu. 

Don cruzou os braços e manteve o olhar fixo na janela. Houve uma longa pausa. Ela olhou para ele e ficou perturbada ao ver que ele estava tentando não chorar. 

— Foi um tremendo de um erro — ela implorou. — Só que eu me senti sozinha, sem amor, pouco atraente, pensei que você estava dormindo com outra pessoa e ele parecia ser o remédio. Don, sinto mesmo falta de você... — ela parou para engolir um soluço. — Sinto falta de como nós costumávamos ser. 

Uma cama para três Onde as histórias ganham vida. Descobre agora