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Sábado, 26 de Setembro de 2015, 11:45

A luz do céu que atravessava a persiana da sala fazia suas retinas doerem, mesmo que ainda estivesse com os olhos fechados. O apito constante em seu ouvido fazia sua cabeça doer ainda mais na medida que ia despertando, mesmo sem se atrever a mover qualquer parte do corpo. O cheiro amadeirado, que bem conhecia e normalmente amava, se fazia presente e ajudou ainda mais seu estômago a se contorcer.
- Psiu - precisou apenas abrir os olhos e ter Nicholas a encarando de cima, para que tudo entalado na sua garganta fosse para a boca.
Num pulo, saiu do sofá e correu até a pia da cozinha, despejando toda a sua noite anterior ali. Sentiu o toque de Nick em seu pescoço, e depois ele segurando suas madeixas, enquanto continuava a vomitar.
Quando sentiu que tinha acabado, jogou água na pia e lavou a boca, voltando pro sofá em seguida. Se jogou, e da maneira que caiu, ficou. Nicholas fez um carinho em sua testa, e sentou na borda do sofá.
Piscou os olhos duas vezes, focando melhor na imagem do amigo. Estava arrumado, e muito perfumado.
- Cece, você tá bem?
- Eu estou bem... Bem desempregada. - voltou a fechar olhos e os abriu quando percebeu que Nick não tinha o que falar - Aonde você vai com esse pesticida humano chamado perfume e todo arrumado?
- Primeiro, eu passei pouco perfume. Segundo, eu vou almoçar.
- Com quem? - olhou, com o pouco que seus olhos eram capazes de fazer no momento, fixamente dentro dos de Nick, que desviou e fez uma careta para a pergunta - Ah, é a Melanie, não é?
- Cece...
- Eu vou vomitar de novo.
- Para.
- E o Enrico?
- Eu vou levar junto.
- Não deixa ela tocar nele, vai que é contagioso.
- Tá, já vi que você está ótima. - se levantou do sofá e pegou rumo a porta da entrada.
- Tenha um péssimo encontro!

Quinta feira, 01 de Outubro de 2015, 12:15

Têm dias que parecem terem sido programados para acabar com seu humor, e aquela quinta feira definitivamente era um deles.
Como se não bastasse ter acordado com uma ressaca inexplicável , ter dado de cara com o lixo da cozinha espalhado pela casa e Tequila dormindo tranquilamente sobre a destruição que tinha feito, ter tomado chuva ao ir de bicicleta até o galpão de René, naquele exato momento, Melanie atravessava a porta de René, gritando numa ligação cheia de apelidos que ela já sabia serem para Nicholas.
O seu Nicholas.
Sua vontade nos últimos dias se resumia basicamente em transformar o relacionamento dos dois em algo tangível, jogar na privada e dar descarga. Ou talvez atacar fogo. Nicholas nunca tinha mantido um relacionamento com ninguém, mas logo com ela, ele tinha resolvido manter. E como se não bastasse ter que ouvir sobre o Nicholas em seu local de trabalho, e sobre a Melanie nas reuniões com os amigos, tinha que aguentar as inúmeras piadas infames que Timothy e Daya faziam sobre ela estar com ciúme.
E odiava mais ainda admitir que cinquenta por cento era raiva, e os outro cinquenta ciúmes.
Queria socar alguém!
Sem perceber, jogou um dos pratos que lavava dentro da pia, atraindo a atenção de todo o estúdio para si. René parou de olhar para a tela verde, e lentamente, virou-se na sua direção.
Mais um ponto alto de sua quinta feira estava prestes a começar.
- Cece, lá atrás. Agora.
Dentro do próprio quarto, René coçou a cabeça e ficou a olhando. Estava com o cabelo preso num coque, e parecia bastante irritado, mas Cece conseguia se concentrar apenas no fato de que o cabelo dele era maravilhoso.
- Nas últimas duas semanas você: vem de ressaca, vem cheia de olheiras, você não produz. Você não tem tido serventia, Cece. Acho bom você acertar sua vida, melhorar e aí sim você pode voltar. Até lá, não precisa vir.
Parou de prestar atenção no cabelo do chefe e praticamente berrou em seguida.
- René! Você está me demitindo?
- Não, eu estou te afastando. Agora vai pra casa, a gente precisa trabalhar.
- Mas...
- Tchau!

Quando chegou na rua da sua casa, tinha certeza que parecia um trem soltando fumaça.
Ainda queria socar alguém!
Nicholas estava na porta da casa fumando, e sorriu para Cece quando a viu. Já ela, sentiu raiva só de olhar pra cara dele. Praticamente arrebentou a porta da entrada, fechou correndo e passou o pino, porque tinha certeza de que Nicholas iria lá questionar o porquê de ter sido ignorado.
Estava com raiva dele, por finalmente estar engatado em um relacionamento sério, com uma pessoa que Cece odiava.
Mas não sabia a quem queria enganar, estava com ciúmes, e com raiva por Nick não ter se afastado quando ela pediu para que ele não ficasse com Melanie. Mas mais ciúmes. Era mais estúpida do que parecia. Simplesmente não aceitava que ele agora preferia passar o tempo dele com Melanie, ao invés dela.
E agora que já tinha batido a porta na cara dele, não podia ir até lá e fingir que nada tinha acontecido, tinha um orgulho a zelar.
Mal conversava com ele há mais de uma semana, porque agora eles mal se cruzavam, e quando faziam, ela estava de ressaca ou saindo para... Bom, para beber. Não entendia muito a situação, porém, agora Nicholas a dizia para tomar um rumo e ir procurar outro emprego ao invés de se afogar em bebidas e xingar a boate do qual tinha sido demitida, e ela mandava Nicholas relaxar porque tinha tudo sob controle.
Mesmo que não tivesse nada sob controle, inclusive financeiramente, uma vez que gastou quase tudo que tinha em poupança na viagem para o casamento da irmã.
Bufando, irritada consigo mesma, com o dia bonito, irritada por estar irritada, irritada por se sentir inútil, por estar mal com a aparente felicidade do amigo, e com tudo, colocou a comida da Tequila, se jogou no sofá e discou o número que vinha ligando com muita frequência.
- Lina? É a Cece. Então, pra hoje, temos o que?

Já sentia seu corpo anestesiado àquela altura na noite. Estava suada, o local estava abafado, cheio de fumaça, o trap conseguia deixá-la ainda mais desacelerada do que toda a mocinha que tinha fumado. Prendeu o cabelo num rabo de cavalo, na intenção de amenizar o calor na região do pescoço. A casa estava com uma iluminação azul, e sentia que tudo aquilo estava um entendo sua brisa. Puxou a fumaça só bong novamente, soltando a fumaça no alto. Não tinha percebido quando, mas sabia que em algum momento da noite o calor foi tanto, que retirou a camiseta que vestia, e agora estava apenas de short e o sutiã azul. Só lembrou do seu acompanhante quando a mão grande e nada macia encontrou os cabelos de sua nuca, puxando a cabeça da garota para o encontro da sua, e Cece automaticamente abriu a boca, sedenta por contato físico.
No meio do beijo, o beijo lento, calmo e cheio de contato, sentiu outra mão em suas costas.
- Sua amiga voltou... - o rapaz falou com a boca grudada na sua.
Olhou pra trás, e encontrou a moça cujo os crespos caíam até o ombro, com um piercing no lábio e também estava só de sutiã, a olhava com um sorriso pra lá de comum na boca. Ela apoiou uma mão na bunda de Cecilia, uma no peitoral do rapaz e se agachou, encontrando as outras duas bocas.

Sexta feira, 09 de Outubro de 2015, 16:30

Os cabelos negros caíam sobre seu rosto, enquanto a moça, com uma certa delicadeza, rebolava sobre seu quadril, as mãos espalmadas em seu peito. Girou no sofá, colocando-a sob si, enquanto voltavam a se beijar. Lentamente, foi puxando o vestido azul que cobria o corpo de Melanie, o arremessando em qualquer lugar da sala. Sua mãos sedentas por contato, tocavam todas as partes possíveis do corpo da moça, que continuava o puxando para mais perto com as pernas ao redor de seu quadril. Subia a mão pela coxa macia dela, com rumo aos seios já descobertos, quando tomou o maior susto com o grito de Enrico que saiu, tanto da babá eletrônica quanto do quarto a poucos passos dali, fazendo com que rolasse de cima da garota e caísse no chão.
Na queda, bateu o joelho em um dos brinquedos de Enrico, sentido a dor aguda atingir um nervo no mesmo momento, enquanto ia rolando pelo chão sentindo a dor. Antes que Melanie pudesse perguntar se estava tudo bem, a dor imediata tinha passado e ele já estava de pé, indo até o quarto do filho. Zeus dormia completamente espalhado pelo chão do quarto verde, bem na frente do berço. O afastou com um assobio, e pegou o filho no colo. Já sabia que era fome só pelo choro e pelo movimento da língua dele.
Quando voltou para a sala, Melanie já estava dentro do vestido novamente, e recolhia os brinquedos espalhados pelo chão da sala.
- Mil desculpas, Mel.
- Imagina. - sorriu docilmente, e voltou a se sentar no sofá, enquanto Nick ia esquentar uma mamadeira.
- Sua casa tá ficando pequena pra um cachorro, um bebê e você.
- E está mesmo. Antes era espaçosa até demais...
Testou o leite na mão e quando viu que estava bom, foi até o sofá para dar a mamadeira. Melanie estava parada na janela, espiando por entre a persiana clara.
- É normal a Cece chegar esse horário, descalça e com a perna suja? - perguntou, e imediatamente Nick se levantou para ver.
Cecilia se arrastava pela calçada, com o par de tênis nas mãos e completamente suja. Tinha mais de uma semana que ela não falava com ele, e na semana anterior, tinha desfilado um olhar tão raivoso em sua direção, que tinha ficado até confuso. Não se lembrava de ter feito alguma - qualquer - coisa pra ela, e estava sendo completamente ignorado. Sabia que ela sempre ia ver Enrico na parte da manhã, quando ele estava no serviço. A babá sempre contava sobre como ela tinha dado comida, saído e se divertido com o bebê. E na parte da tarde sempre a via saindo arrumada. Talvez ela não estivesse o ignorando, apenas estava sempre ocupada quando ele estava livre. Ou talvez ela estivesse livre quando ele estava com Melanie.
- Faz tempo que ela não vai pro René... - Melanie voltou a falar, e Nick voltou para o sofá.
- Ela não está... Bem. Tudo desandou desde a viagem dela pra Cali. A boate... Aí ela reage fazendo o que faz de melhor: festa.
- Bom... Ela é grandinha, sabe se virar, você não precisa se preocupar tanto com ela. - deu um selinho em Nick, que mal retribuiu. O descaso na voz dela ao falar de Cece deixou realmente claro que elas se odiavam - Me deixa em casa?
- Claro...

O sol ia se pondo, dando espaço para um céu nublado e uma noite fria. Enrico ia observando o céu, com os cabelos loiros que cresciam cada vez mais, balançando. Melanie morava, literalmente, do outro lado da cidade, fazendo com que Nick passasse por uma área de casas... Bem, muito caras. Foi uma daquelas que solicitou quando se mudou para as Baleares, mas sua mãe negou.
Sem pensar muito bem, virou o carro na rua errada, e entrou numa que já sabia ser particular, porque logo na entrada da rua tinha uma placa informando que haviam corretores ali.

Domingo, 11 de Outubro de 2015, 14:00

O estado em que Cecilia abriu a porta o fez rir por um momento, mas logo ficou sério. Ela ficou o olhando com os olhos cerrados, cheios de maquiagem, esperando que ele entrasse.
- Vai ficar aí parado na porta, Nicholas?
Perguntou de forma tão irritadiça, que Nick soube no momento que ela não estava brava com ele, por nenhum motivo.
- Tá, eu entro e você vai tomar banho.
Foi falando enquanto entrava na casa, e ia fechando a porta. Cece pegou Rico no colo e o encheu de beijos no pescoço.
- Tomar banho pra fazer o que?
- Só toma banho, vai, vai...
Pegou o filho dos braços de Cece e foi a empurrando na direção do banheiro.
- Mas, Nick...
- Vai.

Apesar de ter reclamado mil vezes de dor de cabeça, Cece ia cantando junto com a música que estava em um volume considerável, balançando a cabeça, achando que estava em um show.
- YOOOU, YOUR SEX IS ON FIRE. CONSUUUUUMED, WITH WHAT'S TO TRASNSPIREEEE.
Não demorou muito para Nicholas virar na pequena rua íngreme, e ver de longe a casa de vidro. Quando alcançou a entrada, pegou o filho inquieto da cadeirinha e fez Cece descer do carro.
- Uma casa?
Ela tirou os óculos escuros do rosto, apenas pra interrogar Nick com os olhos.
- Uma casa. Vem.
Entraram na casa branca com paredes de janelas de vidros. Nicholas colocou Enrico no carrinho, enquanto levava Cece para dentro da casa.
A casa tinha o piso de madeira escura, as paredes eram brancas. Tinha uma sala dois ambientes, vários cômodos no andar de baixo, uma escada que levava para o andar dos quartos. Todos eram suítes. No andar de baixo e algumas paredes do andar de cima eram de janelas de vidro. Andou até se aproximar de uma delas do andar de baixo, e quando encostou na janela, perdeu o fôlego. Estavam no topo de uma montanha, e a vista era para o mar. Em outra parede, uma porta de vidro levava para a área externa da casa, que tinha um deck de madeira, com uma banheiro de hidromassagem. Quando o deck terminava, se deparou com uma piscina de borda infinita, ainda com vista para o mar. Ao olhar para cima, podia ver a sacada da suíte principal.
- O que você achou? - Nick perguntou quando terminaram o tour.
- Amei. Vai me dar de aniversário? - Cece brincou.
- Hm, não. Mas quando você quiser usar, é sua.
Levantou um par de chaves no dedo, e viu a cara de Cece ficar séria. Ela puxou a chave e ficou olhando por um tempo.
- Tá de brincadeira né?
- Não. - fazia tempo que Nicholas não tinha um sorriso tão presunçoso na boca.
- Você comprou essa casa COMO?
- Na verdade, foi meu pai.
- Que? E quando?
- Na sexta feira eu estava lá em casa com a Mel e... - viu a cara de Cece e parou - Enfim, tava uma bagunça, apertado. Aí eu vim trazer ela em casa e sem querer entrei aqui. E liguei pro meu pai.
- E seu pai simplesmente te deu uma mansão?
- Na verdade, não. Ele deu pro Enrico. Vai ficar no nome dele, eu só cuidarei pelos próximos 18 anos.
- Nossa, como assim? E a outra casa?
- Eu vou alugar.
Cece passou rapidamente de um largo sorriso, para uma cara entristecida.
- Que foi?
- Eu não vou ver vocês dois todo dia...
- Ah... É.
Cece notou que tinha acabado com a euforia do amigo, e voltou a colocar o sorriso na boca, mesmo que estivesse realmente chateada.
- Bom, eu vou ter problemas pra subir essa ladeira de bicicleta. O resto a gente tira de letra. - deu um empurrão de leve na cabeça de Nick, que voltou a sorrir. - Quando você pretende se mudar?
- Ah, tem que comprar os móveis, colocar o sistema de segurança. Vai demorar um pouquinho ainda.
- Ótimo. Onde é que está seu celular?
- Tá na mochila, no carro. Por que?
- Vai ser o primeiro a entrar na sua piscina.
Antes que Nick sequer entendesse o que ela tinha dito, sentiu sua queda na água. Água extremamente gelada.
Quando emergiu, Cece ria e tirava a camiseta.
Ele parou de pensar por um momento, não conseguia olhar para outro lado ou fingir que não estava olhando pra ela, era simplesmente impossível desviar o olhar. Afundou na água até ficar só com os olhos do lado de fora da água, acompanhando enquanto ela tirava o chinelo e o short, ficando apenas com a lingerie preta.
No segundo seguinte, ela mergulhou na água e parou de frente pra ele.
Nick ficou um tempo a olhando, enquanto ela continuava a sorrir.
Se tinha alguma coisa na sua vida que não tinha dúvidas, é de quanto a amava.
- Você vai sair hoje?
- Eu pretendo, por que?
- Eu ia pedir pra você ficar aqui. A gente pode comprar comida, e cerveja, o notebook tá no carro e aqui já tem...
- Tá bom, Nick. Eu fico. Você não precisa ficar explicando, é só você pedir que eu fico.
Ela sorriu abertamente, e ele tinha certeza de que naquele momento parecia um babaca.
O silêncio que se instalou entre os dois foi quebrado por um grito agudo vindo do carrinho, que estava virado para a casa e de costas para a piscina.
Os dois se entreolharam, e Cece foi a primeira a sair da piscina, Nick veio logo atrás. Pararam de frente para o carrinho de bebê, que tinha uns dedos dentro da boca e sorria para os dois. Os pegando de surpresa, deu um outro grito, e terminou rindo.
- Ah MEU DEUS! - Cece berrou e o tirou do carrinho - Você viu isso?
Nick sorria e pegou o filho no colo.
- Ele gritou, cara.
- Ele nunca tinha feito isso antes?
- Não. Você tá ficando muito grande - balançou o bebê no colo, o molhando inteiro.
Quando os dois ficaram em silêncio, Rico olhou de um para outro, olhou para trás, olhou para Cece e gritou de novo, finalizando com uma risada.

Segunda feira, 12 de Outubro de 2015, 08:10

Deveria estar no serviço dez minutos atrás, mas ainda estava preso em casa. A babá? Nenhuma notícia. O filho parecia impaciente de ter que ficar dentro do berço, porém Nicholas estava muito ocupado andando pelo quarto sem resolver seu problema.
Como num estalo, pensou na única solução plausível no momento. Deixou o filho no berço e saiu correndo até a casa do outro lado da rua. Para a sua sorte, já tinha movimentação e podia ver Cece pela janela, balançando a cabeça e dançando.
Bateu na porta até que ela abrisse, e o fez com uma cara assustada.
- Meu Deus, que foi? Você não devia estar no hotel?
Ela abriu a porta com um biquíni azul, e uma saída de praia na mão.
- Sim. - deu um passo pra frente e entrou na casa - Devia. Nossa, que bom que você não tá de ressaca. - soltou sem querer, e sentiu apenas o estalo do tapa na sua cabeça - Aí, desculpa.
- Fala logo, Nick.
-Você vai sair?
- Eu marquei com a Angie e o menino dela na praia. Fala logo, caralho.
- A babá não chegou, eu preciso ir voando pro serviço. Você pode, por favor, ficar com ele?
- Não, Nicholas. Vou deixar o Enrico ficar sozinho em casa com fome. Que pergunta idiota, vai logo trabalhar.
- Ah, te amo. - a segurou pelas duas bochechas e estalou um beijo em uma delas, e saiu correndo.

Segunda feira, 12 de Outubro de 2015, 16:20

Quando abriu a porta da casa, se deparou com Cece ainda no mesmo biquíni, os cabelos caindo ondulados pelas costas, e ela se balançava pra lá e pra cá com seu filho no colo, cantando baixinho pra ele que parecia já estar no sono. Quando o viu, abriu um sorriso e veio se balançando até alcançá-lo. Deu um beijo na bochecha de Nick e foi se balançando para o quarto de Enrico.
Quando voltou, agora sem Enrico, Nicholas estava jogado no sofá de barriga para baixo. Cece deu a volta no sofá e sentou-se sobre a bunda do amigo, que resmungou.
- Ta morto, Baker?
- Eu odeio isso. - resmungou com a boca colada no sofá.
- Isso o que?
- Trabalhar.
- Eu também odeio. Mas no momento só sinto falta. O ócio é terrível.
- Ah, você podia... Nada.
- Nossa, como eu ODEIO quando você faz isso. Se você não quer falar, não inicie a frase. Agora que começou, termina.
- Tá, eu ia falar que você podia cuidar do Enrico, até eu conseguir outra babá...
- Você vai demitir a Maria?
- Se você disser que sim... - ficou piscando os olhos verdes, até Cece ceder e rir.
- O que você pede que eu não faço, Baker?   

Uma Mãe Para O Meu Bebê - EM REVISÃOOnde as histórias ganham vida. Descobre agora