Capitulo 13

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  Estava sentado no sofá enquanto ela fazia curativos em meus poucos machucados.

- Ai... Clara isso dói!

- Deixa de ser frouxo.

- Seja mais delicada Clarinha, daí vai doer menos.

- Estou sendo o mais delicada que posso, você não sabe o que é ser bruta.

  Logo ela terminou e sorriu olhando os curativos.

- Agora esta tudo bem.

- Valeu.

- Miguel, obrigada por me defender, mais não devia ter brigado.

- Eu disse que ia te proteger, e nem bati tanto nele.

- Só deixou ele cuspindo sangue.

- Eu disse para ele não tocar em você, ele me desafiou.

- Que pena, estavamos indo bem.

- Indo bem?

- Sim, acho que você não é mais um estranho.-eu sorri.

- E ainda acha que caras tatuados não prestam?-disse aproximando meu rosto do dela.

- Acho.-diz e eu cruzo os braços me sentando ao lado dela.

- Você tem mau gosto.

- Michel tem agumas tatuagens, acho que é por isso que não sou tão amigavel com pessoas tatuadas, nada contra, só fico com um pé atraz.

- E ainda esta com um pé atraz comigo?-disse voltando a aproximar meu rosto do dela.

- Estou, não sou de confiar nas pessoas tão rapido.-ela sorriu e se levantou.

- Ah mais como assim? Eu sou uma pessoa super confiavel!-Ela foi em direção a escada e eu a segui.-Clarinha como pode não gostar de mim? Todas me disputam.-falei a fazendo rir.

- Então por que não esta com elas?-ela diz parando e se virando ficando a minha frente.

- Porque quero ficar com você!-suas bochechas rosaram.

- Bom, se você é tão admirado não devia estar com alguem que não vai com a sua cara.-ela se deitou de bruços na sua cama e eu me deitei ao seu lado, virei e olhei nos seus olhos.

- Você é chatinha, mais gosto dessa sua marra.-ela corou e virou o rosto pro lado contrario ao meu. Eu sorri.
 
  A virei e olhei nos seus olhos. Suas bochechas estavam rosadas e em seus olhos um olhar confuso.

- Miguel... o que foi?-ela disse confusa ou temendo meus proximos movimentos.

- Clara...-toquei seu rosto, ela sorriu ainda corada e eu aproximei meus labios dos dela.

  Rossei meus lábios nos seus e fechei os olhos. De alguma forma eu queria beija-la, beija-la sem parar.

  Senti ela levar sua mão ao meu ombro, sorri e antes de selar nossos lábios ouvi a voz da mãe dela entrar em casa.

  Ainda sim queria beija-la mais ela me afastou.

- Miguel, minha mãe chegou.-ela se sentou e não olhou para mim. Tirei uma mecha de cabelo da frente dos seus olhos e ela sorriu.

- Sua mãe chegou cedo, ainda não anoiteceu.

- Tem razão.-ela se levantou e saiu do quarto. Ri comigo mesmo e me deitei em sua cama.

  Essa garota.

  Clara 

  Meu coração estava acelerado, sentia um frio na barriga. Ele... ele ia me beijar... e eu estava gostando daquilo.

  Desci as escadas e respirei fundo, meu coração parecia que ia sair pela minha boca.

- Mãe, não devia estar trabalhando?

- Sim filha, é que eu esqueci uma coisa muito muito importante!

- O que é?

- Você viu um envelope amarelo?

- Aqui!-Miguel disse descendo as escadas com o envelope em mãos.

- Muito obrigada Miguel! Tchau querida!-diz e após pegar o envelope ela saiu as pressas. Bom, já estou bem acostumada.

  Depois de ouvir ela sair de carro eu olhei pela janela. Ela sempre faz isso.

  Senti alguem segurar em minha cintura, senti um frio na barriga e em seguida sua respiração calma em meu pescoço.

- Ela saiu.-ele disse e eu me virei de frente para ele.

- O que pretende?-perguntei confusa com a forma que ele vem agindo.

- Te conquistar.-ele diz e sela nossos lábios em seguida. Ele segurou em minha cintura e com a outra mão segurou meu rosto.

  Depois de alguns segundos eu me afastei.

  Ele me olhou sorrindo enquanto eu me sentia paralisada.

- Miguel, por que fez isso?-falei ofegante.

- Porque gosto de você Clarinha, sei que gosta de mim.-ele segurou em meu rosto.

- Miguel...

  Ele selou nossos lábios e me pôs contra a parede.

  Senti ele segurar em minhas coxas e me levantar logo em seguida.

  Levei minhas mãos aos seus ombros sentindo o sabor do seu beijo. Sentia que devia empurrar ele, mais meu desejo era maior que a razão.

- Miguel você tem que ir.-disse ao sentir seus lábios em meu pescoço.

- Clara... sei que me quer também.

- Por favor, vai.-Ele me soltou com cuidado e sorriu.

- Se é o que quer.-ele beijou meus lábios por mais poucos segundos e se afastou.-Mais não pense que acabou.-ele diz malicioso e saí pela porta.

  Eu estava ofegante, ele nunca fez isso antes e nunca pensei que faria.



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