Capitulo 3

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  Hoje é meu primeiro dia de aula, estava muito feliz em não ter que ir a escola.

  Escola é sempre um lugar mortal, onde pessoas idiotas colocam sua idiotice em pratica.

  E para piorar, ainda tem esse uniforme ridiculo. Quem ainda vai de meia 3/4 para a escola?

  Estava tão feliz antes, na antiga escola, onde eu só precisava da blusa branca com o brasão e o nome da escola.

  Depois de vestir aquele uniforme eu vesti um tênis de cano longo, não vou usar esses sapatos estranhos nem a pau.

  Vesti o casaco que também fazia parte do uniforme e peguei minha mochila.

  Saí despreocupada, sei onde é a escola e não estou atrasada.

  Depois de três noites seguidas aquele babaca parou de tocar bateria a noite, pelo menos eu acho, fazem apenas uma noite que não o vejo ou melhor, que não o ouço.

  Estava ficando aguniada com tantos barulhos feitos por ele no decorrer do dia.

  Parei frente aos portões da escola e respirei fundo, me preparando para o primeiro dia, junto a toda a escola.

  Entrei e andei até o pátio, estava lotado, pessoas amontoadas em grupos conversando, me senti tensa. Na antiga escola eramos todos "iguais", os únicos grupos que dividiam a escola eram os populares.

  Nerds eram em minoria, esportistas já eram os populares.

  Continuei andando sem rumo até que vi alguns bancos vazios em um local aberto e quase vazio. Poucas pessoas estavam lá mais pareciam perdidas como eu.

  Me sentei em um banco e observei em volta, era um local verde. Com algumas arvores, flores, grama. Nem parecia ser parte da escola e sim um parque.

  Nunca vi uma escola com verde, raramente nas escolas que estudei tinham flores.

  Então vi o grupo dos "bad boys", aquelas fusões de populares mais os valentões.

  Vi apenas três em circulo, e encostado na parede estava o idiota alfa. O babaca do meu visinho barulhento.

  Ele até que estava bonitinho, com o cabelo bagunçado mais o jeitinho descontraido que ele aparenta ter constantememte. Quantos anos esse idiota deve ter pra tanta tatuagem???

  É cada uma que tenho que aturar. Espero cair em uma sala com alienigenas, que sabe eles me entendem.

  De repente senti cutucadas em meu ombro.

  Me virei e vi uma maluca movida a pilha, animada e aparentemente muito exagerada.

- Oi! Qual seu nome? Você é nova aqui?-ela disse rapidamente.

- Meu nome é Clara e sou nova sim.

- Me chamo Naomi! Você parece estar sozinha, não fez amigos?

- Acabei de chegar, não conheço ninguem ainda.

- Ah mais percebi que estava de olho no grupinho dos rebeldes.

- Rebeldes?

- Sim, eles pulam o muro para escapar, matam aula, são lindos demais, pegadores e quebram 80% das regras da escola.

- Por que não 100%?

- Porque eles nunca mataram ninguem e nunca agrediram nenhum funcionário aqui então é apenas 80%!

- Interessante.

- Sim, qual a sua sala? Logo o sinal vai bater!

- N-Não sei.

- Vamos descubrir!-disse me fazendo levantar e me puxando pela mão em direção a um mural.

Ela se aproximou e arrastou o dedo pelas folhas, acho que procurando meu nome.

- Achei, você é d aminha sala qie legal!-disse animada mais logo fez uma cara descepsionada.

- O que foi?

- Duas coisas ruins.

- Quais?

- Primeira, a Aline esta na nossa sala, segundo, nenhum dos rebeldes esta na nossa sala.-disse desanimada.

- Quem é Aline?

- Aquela ali.-ela apontou com a cabeça.

- A do cabelo escuro?

- Sim, cabelos lisos, longos e lindos olhos azuis e sem esquecer de um corpo perfeito. Ela é a super daqui.

- Hm.. a popular mesquinha.

- Isso.

- Hm.. melhor irmos para a sala.

[...]

Depois de horas de baderna na sala de aula finalmente era hora do recreio.

Todos sairam apressados, como se a escola fosse desmoronar se eles não fossem embora logo.

Saí calmamente e despreocupada, tenho tempo para chegar em casa sem correr desse jeito.

Andei pela rua indo em direção a minha casa, andando pela calçada eu me distraia olhando tudo em volta enquanto cantarolava minhas músicas em pensamento.

Percebi que um grupo de rapazes estavam encostados no muro de uma casa e me olharam estranho. Apenas os ignorei e continuei a andar.

Depois de um certo tempo percebi que estava sendo seguida. Já estava perto de casa e não quero que esses caras saiba onde moro. Passando frente a um beco sneti algum me puxar para ali tampando minha boca em seguida.

- Shiiiu.-era Miguel.

Os dois rapazes passaram reto pelo beco aparentemente confusos com meu sumiço. Depois de alguns segundos Miguel me soltou enquanto olhava a rua vazia.

- Você esta bem?-ele disse me olhando.

- Estou, obrigada.

- Agora confia mais em mim?-disse olhando a rua para se certificar que ninguem iria voltar.

- Um pouco mais.

- Já é um avanço.

- Vem, eu vou com você até a sua casa.

- Obrigada.

Ele me olhou e sorriu fraco, em seguida segurou em minha mão e me puxou para fora do beco.










SorriaWhere stories live. Discover now