OITO

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- Oi. – Léo levantou os olhos quando ela chegou, mas voltou a abaixá-los.

- O que você veio fazer aqui de novo?

- Nossa! Como é grosso. – revirou os olhos. – Pensei que tínhamos virado amigos.

- Jura? – ele continuava concertando o amassado do carro que estava na funilaria.

- Pois é. Você ficou comigo ontem no hospital e vi o quanto ficou preocupado. Conheci sua mãe e ela me adorou. Mas também, quem não me adora? Eu sou uma fofa. – Ela brincou e riu, mas ele a olhou sério.

- Eu não adoro você. – os dois ficaram se olhando por um bom tempo sem dizer nada.

- Tudo bem. – ela disse enfim. – Eu não vou mais importunar vossa excelência. Adeus, senhor gelado. – Ísis se virou pra ir embora e o sentiu segurar o seu pulso. Ela se virou pra ele.

- Não vá. – ele disse. – Já que está aqui, me importune. – Ísis ficou sem reação.

Léo a puxou pra mais perto, segurou seu rosto, olhou dentro dos seus olhos.

- Pensei que poderíamos ser mais que amigos.

Não a esperou responder, a beijou. Pediu com leves carícias em seus lábios que ela desse passagem para que sua língua explorasse a boca dela. Ela permitiu. O beijo foi doce, mas arrebatador.

Naquele momento, Léo teve mais uma vez certeza que aquela menina faria parte da sua vida pra sempre.

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Idiota! Eu sou a rainha dos idiotas. De onde surgiu a famigerada frase "Não se apaixone por mim de novo"? Aquele imbecil nunca me amou. Mas eu precisava sair por cima. Quem ele pensa que é? Reaparece na minha vida e quer me fazer de trouxa. Não, meu caro. Não. Ai, que ódio. Eu odeio você, Leonardo Magalhães. Como aquele amorzinho do Caio podia ser filho do maior imbecil de todos?

Fui dormir e no outro dia sou acordada com meu celular tocando. São quase dez da manhã. Não sou de dormir até tão tarde, mas embolei muito na cama até enfim adormecer na noite anterior. Sim, demorei a dormir pensando, inutilmente, no meu ex-namorado.

- Alô? – falei meio sonolenta, não reconheci o número.

- Que voz sexy é essa? – gargalhou e eu reconheci na hora.

- Oi, Fábio.

- Oi, preguiçosa. Tá um dia lindo e você está perdendo. – sorri. – Você me deve um almoço. Lembra?

- Claro que eu lembro.

- Então pula da cama e vem pra praia. O sol tá brilhando, o mar tá perfeito e não aceito não. Tô em Copacabana. Te espero no Posto 4. Corra.

Desligou o telefone. Suspirei. Levantei e fui me arrumar. Coloquei um biquíni, minha saída de praia, minhas sandálias havaianas, óculos de sol e fui. Demorei um tempão tentando achar um lugar pra estacionar.

Demoro poucos instantes procurando o Fábio e quando o vejo, que doce visão, ele é muito gato de roupa e só com sunga, então, é muito gostoso. Me repreendi e quando ele me vê, fico super sem graça como se ele pudesse ler meus pensamentos de tarada.

- Que bom que você veio, dorminhoca. – ele se aproxima e me dá dois beijinhos.

- Não pude recusar sua intimação.

Eu odeio meu ex-namorado (Finalizado)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora