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Depois que Teodora provocou o aborto de ísis, ela e o pai tentaram de tudo para colocá-la na cadeia. Mas isso não foi possível pois Teodora forjou resultados de exame para provar que o embrião já estava morto. Ela era muito rica, mas mais que isso, tinha amigos influentes que lhe deviam favores.

O pai de Ísis se divorciou dela e foi viver com a filha longe daquela pessoa má. Teodora ficou sozinha, continuou sendo infeliz. Seu ato maldoso afastou  as duas pessoas que ainda a amavam. Mas seu terrível ato afastou o marido e a filha.

Ísis não a considerava mais mãe. Mas sim sua algoz. 

A maldade que provocou à própria filha não a fez fazer o que ela tanto queria. Ísis nunca deixou de amar Leonardo Magalhães. Seu coração estava destinado àquele homem irremediavelmente.

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Léo colocou uma mecha de cabelo atrás da minha orelha e tocou minha face com carinho.

- Você está tão nervosa, meu amor. Você pode me contar outra hora. - balancei a cabeça negativamente, as lágrimas que desciam agora eram silenciosas.

- Já era pra eu ter te contado há muito tempo. - funguei. - Mas eu não tive coragem. Toda vez que eu lembro disso, meu coração aperta e a dor é insuportável. - ele fez carinho em meu rosto e enxugou as lágrimas que caíam. - Por favor me perdoe. Me perdoe por não ter conseguido proteger o ... - eu não consegui terminar e ele me abraçou.

- Calma, amor. Não fica assim, por favor. Eu sempre vou estar com você. Independente de qualquer coisa eu vou estar ao seu lado.

Olhei pra ele, enxuguei as lágrimas com os punhos e me recompus. Eu precisava tirar aquele peso dos ombros e do coração. Levantei da cama e andei pelo quarto buscando coragem. E se Léo me culpasse pela perda do bebê? O que eu faria? Ele teria razão em me culpar. Eu não protegi o nosso bebê.

- Amor, eu já tô surtando de preocupação. - Léo continuava sentado na cama.

- Eu engravidei. 

- Você tá grávida? - seus olhos se iluminaram e meu coração apertou ainda mais. Ele teria ficado tão feliz no passado da mesma forma que demonstrou agora, tenho certeza.

- Léo, escuta tudo, por favor. - ele assentiu. - No passado, eu engravidei.- sua expressão ficou pesada. - Depois daquilo que aconteceu - ele estreitou os olhos. - e eu fui embora, eu estava grávida. Então eu fugi arrasada. Eu sofri terrivelmente. - a expressão dele era de que não estava entendendo nada. - Eu estava assustada. Eu era muito jovem.

- Você fez um aborto? - ele falou com raiva.

- Claro que não. Eu não sou uma assassina. - falei magoada.Ele abaixou a cabeça e a segurou com as duas mãos ao apoiar os cotovelos nas pernas. - Depois de me acalmar mais, eu decidi voltar e te contar.Você tinha o direito de saber sobre o bebê. Então... - suspirei buscando força e coragem. - Então... - ele levantou a cabeça e me encarou.

- Então? - falou alterado.

- Eu não sei como realmente aconteceu, mas eu acordei no hospital sem saber como tinha ido parar lá. - as lágrimas voltaram a todo vapor. - Minha mãe estava ao meu lado. Eu perguntei por que eu estava lá e ela numa frieza absurda disse que já tinha se livrado do filho do mecânico.

- A sua mãe provocou o aborto? -  a sua voz emitia repugnância e eu assenti em meio as lágrimas.

Ele se levantou da cama e começou a andar de um lado pro outro do quarto. Então ele foi pra frente de uma parede de espelho no quarto e numm acesse de fúria deu um murro. O espelho rachou e sangue escorreu. Fiquei extremamente assustada com aquela reação e comecei a tremer sem conseguir controlar meu corpo.

Eu odeio meu ex-namorado (Finalizado)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora