Capítulo 9 - NAMORADOS?

136 19 11
                                    

Antes de seguirmos para o morro passamos na loja para comprar um boné para esconder o rosto de Nicolas.

Eu o levei até a casa do meu pai que estava vazia. 
Era uma casa muito bonita se comparada com as casas ao seu redor.
De três andares, com acabamento perfeito e pintura recente a casa era bem construída e dispunha de muros altos para uma proteção que digamos no mínimo desnecessária né?
Quem era maluco o suficiente para roubar o chefe do morro?
O interior da casa não era diferente, estilo decoração de novelas a casa dispunha de belos sofás de vários lugares que custavam prováveis entre três a cinco mil.
Uma televisão que ocupava quase uma parede inteira.
Aqueles rádios com aquelas caixas de som gigantes.
Tudo nessa vibe de ostentação.

A cada tinha um cheiro de limpeza recente.
Dona Célia, a empregada do meu pai tinha terminado o trabalho mais cedo para o meu alívio. 
Estávamos sozinhos.

— Deixa eu tirar uma foto sua para mostrar pro Augusto acreditar que está aqui... — disse pegando o celular — Faz uma cara de apavorado.

Nicolas não era lá muito bom em atuar.
Suas expressões de medo estavam mais para caretas que me fizeram rir.
Depois de 100 tentativas consegui uma foto mais ou menos boa.

— Bárbara?

Senti meu coração disparar ao ouvir aquela voz chamar pelo meu nome.
Ela vinha da porta!

Meu pai entrou na sala de estar lentamente.
Eu fiquei desesperada e paralisada.
O que ele estava fazendo em casa?
Era cedo demais. Ele voltaria na madrugada como me avisou!

— Filha?

Os passos do meu pai estavam se aproximando da sala.

— O que o seu pai tá fazendo aqui? Mas que merda é essa? — Nicolas começou a me questionar, aparentemente tão nervoso quanto eu.

Eu olhei para a cozinha, a escada e qualquer lugar que nos levasse para longe da vista do meu pai.
Mas não teríamos tempo. Em segundos ele iria cruzar a sala e encontrar a sua filha conspirando a sua ruína com um filho de um policial da bope.
Ou seja, estaríamos mortos.

— Pensa rápido garota, pensa! — sussurrei para mim mesma.

Eu puxei Nicolas que estava desnorteado e o empurrei no sofá e subi em cima dele.

Ele estava de olhos arregalados me encarando como se dissesse:
Que diabos você está fazendo sua louca?!

— Minha... barriga... — disse ele sem ar.

Ai meu Deus!
Eu tinha me esquecido que ele acabará de receber alta.

— Foi mal — sussurrei

— Mas o que você tá...

Eu o cortei — Me agarra.

— Você enlouqueceu? — questionou Nicolas.

Revirei os olhos e puxei suas mãos e as encaxei no meu quadril.

— Isso não é confortável principalmente para mim, mas se quiser sair vivo dessa casa, me acompanha. — eu me inclinei e o beijei na boca.

Meu pai entrou na sala e parou na porta.

— Passa a mão em mim... — sussurrei.

— O seu pai...

Eu inclinei a cabeça de Nicolas puxando o seu cabelo. — Anda logo! — disse entre os dentes e beijei de novo.

Nicolas apalpou minha bunda e coxas.
Ouvi os passos seguindo lentamente até o segundo andar.
Espiei pelo canto do olho e meu pai já subira a escada.
Eu me levantei e puxei Nicolas pelo braço.

AMIZADE DE RISCO (LIVRO EM HIATUS)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora