Capítulo 4

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Levanto as 5:00 da matina, pois ainda tenho que arrumar minhas coisas para ir à Londres. Aquele babaca inventa cada pérola do nada! Como eu vou fazer? Não sei falar inglês direito, devia ter escutado a minha mãe quando ela disse para me especializar em algum idioma.

Tomo meu banho, meu café e vou arrumar minhas coisas. E agora? Será que Londres faz muito frio? Pego muitas calças jeans, casacos e blusas de manga comprida. Sempre achei lindo botas com aqueles sobretudo que as mulheres inglesas usam, acho muito chique. Mas como nosso clima e demasiado tropical eu não me dou ao luxo de usar, sou muito calorenta.

Ao todo deu uma mala e meia, pois levo todas as minhas maquiagens, cremes, perfumes e sabonetes. Já são 6:30. Coloco um uma calça jeans escuro, uma blusa de algodão verde, e um sapatênis da adidas.

Chamo o táxi e vou para consultório. Chego exatamente as 7:15, Alessandro já estava me esperando, ele vestia uma calça branca, camisa polo preta, tênis e um óculos de sol com as lentes azuis.

— Você está atrasada, Emília — Ele diz olhando para o relógio — Caiu da cama por um acaso?

Esse homem é um maldito troglodita mesmo. Ele tem a capacidade de me estressar facilmente.

— Não, chefinho. Estava fazendo a porra da minha mala, por que eu fui avisada em cima da hora que eu tinha uma merda de viagem. — Digo cuspindo fogo.

— Não arrume desculpas para a sua irresponsabilidade. — Ele fala, e eu só reviro os olhos. Ainda nem acordei direito, estou com zero condições para brigar agora.

Vejo um carro preto se aproximar e parar na nossa frente, um homem, muito alto por sinal, sair do carro, ele vestia um terno e era careca, o mesmo devia ter uns 40 anos, mas era bem bonito e conservado. Ele pega as malas de Alessandro e depois vem em minha direção.

— Bom dia, senhorita. Se me permite vou guardar suas malas. — Ele fica me olhando... acho que está esperando eu confirmar se pode ou não guardar.

— Ah... claro pode pegar, senhor.

— Por favor, me chame de Pablo, senhorita. — Ele diz em quanto coloca minhas malas no carro.

— Oh, sim. Beleza. E por favor, não me chame de senhorita, me chamo Emília, Pablo. — Brinco dando um tapinha em seu ombro, ele por sua vez rir.

— Escutem, depois vocês marcam um encontro para botar o papo em dia — Diz Alessandro na parte de traz do carro. — Por enquanto eu só quero chegar no aeroporto, pode ser ou tá difícil?

— Claro, desculpe senhor — Pablo fala sério — Emília. — Ele abra a porta do carro para mim, e eu o agradeço.

Vamos o caminho todo em silêncio. Chegamos no aeroporto, as 8:45 da manhã. O vôo estava marcado para as nove. Ainda bem! Se tem uma coisa que eu odeio é esperar. Fizemos o check in, mostramos nossas passagens, e embarcados. Sentei na janela e Alessandro no meio.

Já se passaram 6 horas nesse maldito avião, ainda faltam 5 horas de viagem com algumas paradas. Jogo a cabeça pra traz e suspiro entediada. Alessandro finamente deixa seu livro de lado para dialogar.

— Vamos conversa sobre o nosso... relacionamento? — pergunta Alessandro visivelmente entendido também.

— Certo. Bom como eu devo agir? Posso me fazer de santinha ou uma mulher bem sucedida e séria... — Alessandro fica apenas analisando tudo o que eu falo, como ele sempre faz. — Ou posso fazer a liga "mulher perfeita" — Alessandro levanta uma sobrancelha.

Foi VocêWhere stories live. Discover now