#08_AntibugVsLadybug_Parte_1

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Antes de tudo, queria desabafar, por que pra ser sincera, após ver o capítulo 15 e 16 da primeira temporada de Flash, percebi mesmo que você volte no passado e tente consertar tudo, o tempo da um jeito de te derrubar, de alguma forma. Por isso, enfrentar a realidade é tão ruim, e as vezes me pego pensando que se eu voltasse para aquela bendita noite, hoje eu não estaria aqui, escrevendo essa Fanfic, ou nem estaria viva. Que noite foi essa? Janeiro, 2016, não sei exatamente o dia, mais eu fiz algo ruim, e perdi meu telefone. Mais seu telefone não é algo importante! Não foi só o telefone que eu perdi, eu perdi minha melhor amiga, as pessoas que se importavam comigo, e eu nem cheguei a dar valor. Esse ano eu não posso mais reconstruir minhas amizades tão fácil, e tenho medo de machucar a pessoa, a única pra falar a verdade, que realmente parece se importar comigo de alguma forma. Eu não sei, já falei demais e... preciso começar o capítulo. Não quero deixar vocês na bad. Estou escrevendo nesse exato momento....

Sexta feira, maio de 2016, às 01:42.

Vamos começar essa aventura. (O Capítulo vai ser maior :D) COMO JÁ CONTEI O QUE ACONTECEU NO ÚLTIMO CAPÍTULO (PRÓLOGO), VOU PULAR LOGO PRA BOATE.

~Lay.


Ladybug

- O que... - Murmurei parada na entrada da boate.

Estava tudo calmo, eu estava vestida em calça larga e uma blusa justa branca, a tinta no rosto e os sapatos. Não especificaram a roupa então... do mesmo jeito, vim no que achei confortável.

- Ladybug... Pensei que não viria. - Falou Chat se aproximando.

- Eu... Vim. - Disse. - E então?

- Ah, claro, estou esperando uma pessoa então... Que tal uma bebida?

- Pessoa? Que pessoa? E não, eu não bebo, mas aceito um suco. - Respondi, sorrindo meio desajeitada.

Ele seguiu até o balcão e se sentou em um dos bancos. Sentei-me ao seu lado.

- Uma pessoa que pode te ajudar, te colocar pra cima, ou talvez pra baixo. Vamos descobrir.

- Não estou gostando disso. – Falei quando recebi meu suco, sorri para o homem no balcão e me virei pra pista de dança. - Aquelas meninas são boas, não?

Quatro meninas dançavam em conjunto, perfeita sincronia. As pessoas em volta tinham de se afastar para os passos extremamente brutais daquelas garotas. A principal tinha cabelos loiros, e as outras três tinham cabelos variados, castanhos claros e negro meio azulado. Acho que era o efeito da luz.

- Quer mostrar pra elas como se faz? - Perguntou, estendendo a mão.

- Claro. - Levantei e segui Chat até a pista de dança, na mesma hora as quatro pararam de dançar, dando espaço para nós dois.

O resto das pessoas ficaram em um silêncio total, como se tivéssemos invadido propriedade privada.

- Pronta? - Perguntou, sorrindo.

- Sempre, acho. - Ele riu, antes de mandar um sinal para o DJ.

Começou a tocar Worth It, da Fifth Harmony.

Ainda bem que eu sabia a coreografia. (Coreografia no final do texto, opcional.)

Enquanto a música tocava, senti meus pés ganharem uma força impressionante, parecia que eu e Chat estávamos ligados de alguma forma, interligados através da música. Eu estava sorrindo enquanto dançava, me sentia livre pela primeira vez, e não desconfortável. Sabia a coreografia de co de tanto ouvir o Chat falar que tenho que aprender a remexer a cintura. Então coloquei algo na minha cabeça: Remexer a cintura na hora certa.

E assim fiz.

Chat parou de dançar minutos depois, rindo, e eu continuei, remexendo a cintura, as pernas, a perfeita sincronia com a música.

Assim que a música acabou, só deu tempo de me virar e dar de cara com Chat Noir, bem próximo a mim, com a mão na minha cintura e a outra de forma esticada ao lado do corpo. Nem percebi que ele estava dançando comigo.

- Você foi simplesmente incrível. – Murmurou com um sorriso bobo no rosto.

- Eu só faço quando eu quero. - Disse rindo.

- Dance assim nas nacionais, nos campeonatos e nos desafios que você com certeza você vai ganhar. - Ele fala se afastando. Pude perceber que ele não quis se afastar. Seus olhos diziam uma coisa que sua boca não podia falar.

Sei exatamente o que é isso, mais não pensei na forma correta de dizer. E nem de olhar, por que você não pode controlar seu olhar.

Virei-me e saí da pista de dança ao lado de Chat, que ria de algo que ele próprio havia falado.

- Então, My Lady. - Disse, virando-se pra mim.

- "My Lady"? Que apelido cafona é esse?

- Não se preocupa, My Lady, uma hora vai colar.

- Uhum. - Respondi irônica.

- E então, onde está ela? Tenho que chegar em casa a tempo da manicure... - Falou uma voz estranhamente conhecida e melosa.

Antibug.

Virei-me e cruzei os braços.

- O que você está fazendo aqui?

- Ué, Chat não te contou?

- Aparentemente não. - Me virei e encarei o Chat, que estava literalmente "Tremendo".

- Calma Ladybug, só me deixa explicar... Eu pedi um favor a Antibug.

- Que favor? - Perguntei enquanto encarava seus grandes olhos verdes.

- Que ela te ensinasse o básico de como remexer a cintura, pra ser específico. - Murmurou fechando um dos olhos em defesa.

- É, deve ser por que você é péssima nisso. - Retrucou Antibug rindo. Sua voz me dava ânsia de vômito e sua risada me dava nojo. Metida. Mimada.

- Não acredito que você... - Comecei, mas logo desisti.

Não valia o esforço.

Não estava com raiva, só chateada, por que mesmo depois que eu mostrei a ele do que era capaz, ele não desistiu da ideia de me ver como uma garota que não sabe dançar. Eu tentei, foi essa a questão. Eu tentei, me esforcei ao máximo para ele sentir orgulho e ele manda para me ensinar a minha rival e inimiga?

Ele me vê assim? Como uma garota que não sabe fazer nada? Como uma garota que não é capaz? Que precisa da ajuda dos outros para conseguir fazer algo? Parar conseguir se superar?

A questão é: Eu conseguia sozinha.

Virei-me e saí pela porta, sem dar mais nenhuma palavra.


Cinderela De Pernas Pro ArOnde as histórias ganham vida. Descobre agora